31 janeiro 2006

TEMPORAL NO RJ



Um temporal com uma hora de duração desabou sobre o Rio de Janeiro no final da tarde deste 31 de Janeiro.
Trânsito caótico, deslizamentos de terra, desabamento de uma escola, acidente com um caminhão de gás, outro na Ponte Rio-Niterói envolvendo um micro-ônibus e 2 mortes, além de 4 pessoas desaparecidas, são as notícias que temos até agora.

A imagem acima não é de um afluente do Rio Paraíba do Sul, mas da rua onde moro às 17:00 horas.

O COMBATE À CORRUPÇÃO COMO POLÍTICA PÚBLICA

O Brasil é o país do “jeitinho”.
A validação desse pensamento amplamente difundido em todos os rincões do nosso país ; quer na sua origem histórica, quer na sua evolução social desde o colonialismo, passando pela escravização, às diversas formas de dominação imposta pelos governos, fossem ou não democraticamente eleitos, quer na hierarquização de nossa sociedade; tem uma norma, eternizada numa célebre frase propagandística, que a exterioriza e foi proferida pelo jogador de futebol tri-campeão mundial em 1970 – Gerson: “... porque eu gosto de levar vantagem em tudo, certo?”
O chamado “jeitinho brasileiro”, considerado ainda por significativa parcela da população como “culturalmente positivo”, ou como “malandragem”, não passa de uma forma heterodoxa de legitimar aquilo que é ilegal. Tantos anos de "jeitinhos" fizeram muito mal à nossa sociedade, e a "doença" tornou-se crônica, ou não?

A corrupção é um comportamento considerado desviante pela sociedade, não só no seu aspecto jurídico-legal, mas também na visão moral. Tem característica peculiar pois sua ocorrência, como fato social objeto de estudo, recai não sobre um indivíduo isolado, mas sobre muitos, ou pelo menos, dois indivíduos: um ativo que requer um benefício ou vantagem ao qual não tem direito e um passivo, responsável pela preservação dos valores requeridos pelo ativo que sucumbe a uma oferta considerada vantajosa feita por aquele.
É um comportamento que se fortalece mais em regimes autoritários ou em sociedades hierarquizadas e holísticas como a brasileira, onde as desigualdades sociais alimentam-no, do que nos regimes democráticos plenos ou em sociedades igualitárias e individualistas onde sua visibilidade torna-se maior, conseqüentemente aumentando seu controle e reduzindo seu alcance.
Há que se observar, contudo, que o combate à corrupção não é tarefa fácil. Tampouco se pode associar seu controle simplesmente à redução de uma visão moralista, ou seja, combater a corrupção combatendo o corrupto – a “teoria de eliminação das maçãs podres”.
É uma visão canhestra e pouco abrangente do problema pois considera a corrupção um comportamento desviante praticado apenas pelo seu sujeito passivo e prega a “eliminação” deste como medida saneadora. Desconsidera portanto, além do sujeito ativo, todo um sistema que propiciou sua ocorrência, alheiando-se, assim, de uma abordagem organizacional – um grande “esquema” engendrado para propiciar a corrupção, como por exemplo o atual sistema tributário e legal do país ou a burocracia das normatizações.

O primeiro tratamento exigido pela sociedade diante da exposição da corrupção praticada por agentes públicos é o da imediata punição do corrupto, o sujeito passivo. A seguir, em grau decrescente vem o do corruptor, sujeito ativo, para finalmente, mas nem sempre, chegar-se ao cerne, a gênese daquilo que propiciou o cometimento daquelas infrações, o sistema impessoal, um “sujeito sem rosto”. Este último, via de regra, é preservado pela vilania dos que deveriam eliminá-lo – os políticos – pois almejam ocupar o lugar dos que se locupletavam anteriormente.

Enquanto estivermos, de forma apaixonada e superficial, a exigir “cadeia para os corruptos” e não erguermos a cabeça para enxergarmos além deste “mar de lama”, estaremos fadados a busca de uma forma eficaz de “enxugar o gelo”.
Essa questão certamente estará no eixo das discussões neste ano eleitoral, e a “Lei de Gerson” em pauta para “revogação”.

30 janeiro 2006

FILOSOFICES DE UM MOLUSCO

Já completamos três anos com o atual (des)governo do PT. Durante esse período, demasiadamente longo para tamanho sofrimento, tivemos que conviver com as mais inusitadas situações, mormente na segunda metade do ano passado quando assistimos a “queda da máscara” e tristemente constatamos – o rei ficou nu. A empulhação e o embuste são as marcas registradas do “nosso” grande líder operário, que por onde quer que ande deixa seu registro, não se importando com as galhofas que ecoam nos mais variados fóruns por onde passa. É o superlativo da primazia do discurso versus a primazia da ação.
Apenas para não perdermos o foco num ano tão importante para nosso destino e daqueles que nos sucederão, transcrevemos uma compilação comentada, extraída do farto material existente, daquilo que qualifico como “pressupostos excludentes” para o mais elevado cargo da República.

" O governo tenta fazer o simples, porque o difícil é difícil." ( realmente... )
1ª Conferência Nacional do Esporte, em 17 de junho de 2004.
Fonte: Folha de São Paulo, 18/07/2004



"O continente sul-americano e o continente árabe (??) não podem mais, no século XXI, ficar (??) à espera de serem descobertos." ( por quem? pelos Ets?)
Falando na Síria, em 04 de abril de 2004.
Fonte: Diário de Notícias, 04/04/2004



“A cabeça tem este formato para que as idéias circulem melhor”. (se fosse quadrada...)



"Por muitos anos o Brasil não pôde sequer conversar com a Líbia porque os americanos não gostavam dos libaneses". (hein...?)



"Na Amazônia, vivem 20 milhões de cidadãos que têm mulheres e filhos. Mulheres e filhos são apêndices dos cidadãos..." (Lula, o gastroenterologista)



"O futuro será melhor amanhã." (e o de ontem?)



"O Holocausto foi um período obsceno na História da nossa nação (???). Quero dizer na História deste século. Mas todos vivemos neste século. Eu não vivi nesse século." (Ai...)



"A grande maioria de nossas importações vem de fora do país." (Putz...)



"Se não tivermos sucesso, corremos o risco de fracassarmos." (e o risco é mesmo grande !)



"Nós temos um firme compromisso com a OTAN. Nós fazemos parte da OTAN. Nós temos um firme compromisso com a Europa. Nós fazemos parte da Europa." (nós quem, cara-pálida?)



“Não é a poluição que está prejudicando o meio-ambiente. São as impurezas no ar e na água que fazem isso."
Lula, o ambientalista



"Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que possa ocorrer ou não." (filosofia pura)


"O Atlântico é apenas 'um rio caudaloso, de praias de areias brancas', que une os dois países." ( profunda essa!)



"O Brasil não está melhor porque eu não ganhei antes." (se tivesse ganhado antes nós já estaríamos livres)

Lula em declaração dia 30/11/2005 antes da cassação do zé dirceu


“O que o PT fez do ponto de vista eleitoral é o que é feito sistematicamente no Brasil” (mas o que fez depois da eleição é inédito e exclusivo)
Lula, em entrevista dada em Paris, referindo-se ao caixa dois (maio 2005)


“Ninguém neste país tem mais autoridade moral e ética do que eu para fazer o que precisa ser feito.” (depois dessa o Fernandinho Beira-Mar tem que ser solto)
Lula, na abertura de um congresso em Goiás (junho 2005)


“As CPIs têm que funcionarem, têm que apurarem.” (Prof. Pasquale, SOCORRO!)
Lula, “cassando” a gramática (julho 2005)


“Esse foco já foi debelado. Matamos todas as reses. Já fizemos as barreiras nas fronteiras em que era preciso fazer. Eu acho que vamos mostrar ao mundo a eficácia e a ação do governo.” (mas sobraram os muares, pelo visto)
Lula, fazendo propaganda do governo no combate à febre aftosa, horas antes do Ministério da Agricultura confirmar outros três focos da doença em Mato Grosso do Sul (outubro 2005)


"Uma palavra resume provavelmente a responsabilidade de qualquer governante. E essa palavra é 'estar preparado'. ( ...pra fechar com chave de ouro)

Estou de volta, mas em versão “lemmon”, preparem-se CANALHAS do PT!

24 janeiro 2006

COLCHA DE RETALHOS
(OU ELUCUBRAÇÕES LUCIFERINAS DE UM EXCLUÍDO DIGITAL)

A ausência forçada, ao tempo que nos retira do turbilhão que envolve o nosso dia-a-dia nos acontecimentos e nos amordaça, aumenta a abrangência de nossa visão, pois se não podemos falar aguçamos a vista e a audição. Assim aproveito estes momentos para ler, assistir filmes e principalmente ouvir, apesar de minha redução auditiva, muitas pessoas e opiniões.
Perseguindo os assuntos que têm feito parte de nosso cotidiano nos últimos 8 meses, deparei-me com o texto abaixo extraído de um post do site e-agora.org.br:


Augusto,
Fui a umas bodas no fim de semana e vi por lá alguns tucanos. O que eu ouvi, me deixou tão estupefata, chocada e assustada que ainda não consegui analisar bem o assunto.Veja bem, parece que os tucanos estão muito orgulhosos da transição de poder que fizeram, coisa de primeiro mundo. E com a oposição responsável que praticam, também de primeiro mundo. E vão continuar a manter esta postura de primeiro mundo durante a campanha. Eles cultivam a alternância de poder, do primeiro mundo.Augusto, não dá para acreditar, mas eles acham que o PT, se perder, vai montar uma equipe de transição e depois vai tranquïlamente ou o mais tranquïlamente que possam para a oposição.O desespero da população, a execração que o PT sofre, os ataques na Internet, parece que são, para eles, manifestações terceiro mundistas, que não devem ser incentivadas.Augusto, nós não podemos estar no mesmo país, ouvindo os mesmos personagens, assistindo às mesmas CPIs. Alguem tem que estar louco. Nós ou eles.Espero ter entendido tudo errado, porque só me deu vontade de gritar SOCORRO!!!
Enviado por Josiane Alves em 24/01/06 10:20


Surpreendente, não?
E aí começo a juntar aqui e acolá retalhos que vão se montando à minha frente como se uma fiandeira invisível os tecessem. Recorrendo a nossa História, ah... velha e sábia História - quanta sapiência se extrai de seus exemplos, as elucubrações se avolumam ao assistir o filme “ A Queda” de onde algumas frases soaram de forma muito familiar:


“Eu não tenho compaixão deles. O povo escolheu seu destino. Não obrigamos o povo a nada, ele nos deu um mandato e agora terão suas gargantas cortadas.”

Goebbels (Ministro da Propaganda), ao Brigadenfuhrer Stropp (Comandante das Volkssturm) cujas tropas estavam sem munição e sendo massacradas pelos russos que invadiram Berlim em abril de 1945.

Ou senão do próprio Hitler, que solicitado a assinar a rendição e salvar o povo alemão, declarou:


“Se meu próprio povo falhou, não derramarei uma lágrima por ele”.

Goebbels, o Ministro da Propaganda, era uma espécie de Chanceler muito próximo ao Fuhrer, um conselheiro, que ficou com ele até os últimos momentos e inclusive sacrificou a si e toda sua família logo após o suicídio deste. Era daqueles que o Fuhrer levaria de novo ao palanque, caso houvesse uma reeleição.
Por diversas vezes Adolf Hitler, em seu bunker, foi instado por seus Generais e Conselheiros a render-se ou a fugir, o que poderia se assemelhar a uma renúncia, mas representaria a redenção do sofrido povo civil alemão. Contudo a isto ele respondia:


“Eles não merecem mais nada. É o destino deles. Eles são os únicos culpados.”

Referindo-se ao fato de que o povo o havia traído, pois votara nele e no seu projeto de poder e naquela hora deveria defendê-lo até a morte.

Já escrevi aqui sobre um projeto de perpetuação do poder, e, como naquele artigo, de forma clara se evidenciam similaridades com o nacional-socialismo de Adolf Hitler, seja nas suas origens, seja nas suas ações de governo após a ascensão ao poder, inclusive com o assassínio de traidores e opositores, o que obviamente não deve ser descartado, forçoso dizê-lo que o esforço mental associativo foi mínimo.E a “colcha de retalhos” vai sendo fiada, ou serão apenas elucubrações?

Mas devido a intensa canícula que atinge grande parte do país, dispenso a sua cobertura.

20 janeiro 2006

EXPLICAÇÕES

Aos amigos e leitores eventuais ou frequentes deste blog.
Comunico, ao mesmo tempo apresento minhas excusas, pelo lapso temporal que imponho por motivo alheio a minha vontade.
Ocorre que ao regressar de recente viagem deparei-me com um problema na placa de vídeo do meu PC, cuja substituição se impõe.
Assim sendo espero poder voltar a publicar meus artigos na próxima semana e não poderia deixar de comunicar tal situação a todos, pois são muito caros para mim.

Grato pela compreensão e até breve.

18 janeiro 2006

O DESTRO E O SINISTRO

A discussão entre a bipolaridade política, de certa forma já anacrônica e embolorada, não poderia desprezar os fatos históricos. As experiências pessoais e sua transmissão às gerações seguintes são uma forma muito antiga de nortear comportamentos do homem social. O método empírico é, ainda hoje, aceito e amplamente utilizado nas ciências sociais como científico, portanto não devemos descartar o que nos ensina essa sábia conselheira – a História.

O regime socialista da antiga URSS, que derrubou e matou o último czar e vigorou até o final do século XX mostrou-se, após sua derrocada, uma catástrofe política e social: fome e corrupção campearam na Rússia e demais países da Cortina de Ferro, guerras sangrentas pela libertação de seus povos oprimidos surgiram nas antigas colônias, as quais conseguiram a independência as expensas das vidas de milhões de seus filhos. Hoje a Rússia e as ex-colônias, ainda ressentidas por quase um século de socialismo selvagem, dão mostras de uma tímida recuperação através da democracia e do capitalismo.

A seguir tivemos o nazi-fascismo de Hitler, que se auto proclamava “de esquerda” e ascendeu ao poder de forma democrática, para logo a seguir perseguir e matar seus oponentes, e a conseqüente divisão da Alemanha no pós-guerra com a construção do sinistro Muro (aliás a expressão SINISTRO, que dá título ao artigo, quer dizer “esquerdo”) resultando um país civilizado e progressista, o ocidental e um atrasado e bárbaro, o oriental ou “de esquerda”.

Mais um exemplo que a sábia História nos ensina: Coréia do Sul – capitalista, a 8ª economia do mundo, “de direita” e Coréia do Norte – comunista, atrasada e miserável, que surpreendeu o mundo com um “interessante” programa social de dieta alimentar com sopa de grama para o povo faminto, “de esquerda”.

Os adeptos do maniqueísmo político tudo farão na tentativa de defender este ou aquele regime, os “de direita” defendendo suas convicções ultra-nacionalistas e acusando seus opositores de ultrapassados e os “de esquerda” , resumindo a nova versão da Revolução Francesa, acusando seus opostos de elitistas e capitalistas selvagens, contudo nada poderão fazer em contestação a velha e sábia História.

A persistir tal enfrentamento, sem a ultrapassagem deste portal, estaremos em descompasso com o futuro e, ao mesmo tempo, condenados ao atraso.

14 janeiro 2006

EU VI...

Aos amigos do blog
Estradas esburacadas, eu vi.
Acampamentos de plástico preto ao largo das rodovias em ruínas, eu vi.
Povo sofrido, eu vi.
Meninos que vendem aquilo que não têm para comer, eu vi.
Meninas que vendem aquilo que lhes resta para sobreviver, eu vi.
Ao lado de uma tapera miserável onde moram dez pessoas famélicas tem uma placa do Governo Federal gabando-se de haver reduzido a miséria em 8%. Onde? Em qual local? Acesso a Arraial da Ajuda/BA.
Percorrendo esse Brasil real, estou vendo aquilo que o apedeuta-molusco se recusa a enxergar - a crueldade do seu programa de contingenciamento de verbas e a vilania da rapinagem praticada por seus correligionários.
Volto em breve, no entanto minha indignação e revolta só aumentaram com o rumo do nosso país.
Obrigado Saramar!

05 janeiro 2006

A DEMOCRACIA LIBERAL

Muitos falam sobre as formas de governo e suas vantagens, poucos entretanto tem verbalizado seus pensamentos com base no conhecimento científico; parece algo em desuso, “cafona” até, ser um pesquisador neste país. Ainda mais se o assunto for política, pois há muito tempo esta expressão assumiu uma conotação desonrosa e pejorativa para aqueles que dela se valem como profissão.
A democracia, enquanto uma delas, tem suas origens e uma evolução histórica. Conhecê-las nos dá o necessário embasamento para entendermos e discutirmos com nossos pares e até com nossos representantes. Aqueles que preferem o alheamento e optam pela ignorância, não deverão, embora possam enquanto massa ignara, reclamar melhor sorte, quando seu representante não corresponder as suas expectativas.
Segundo nos ensinou um velho mestre: “o conhecimento é o pressuposto da ação”.
Sendo assim busquemos conhecer um pouco, a partir de um resumo do assunto-tema, fazendo uma crítica a obra de Crawford Brought Macpherson – “A democracia liberal – origens e evolução”.


Introdução

O autor classifica, numa evolução histórica que se inicia há 150 anos, as propostas de pensadores e economistas dos séculos XIX e XX sobre as relações entre homem – moral – história através de modelos que permearam o ideário das sociedades durante e após as revoluções sociais havidas na Europa e nos EUA e discute, inicialmente, os conceitos apresentados pelos autores que analisa, com os precursores da democracia ateniense – Platão e Aristóteles, cujo modelo de democracia em nada se assemelha à democracia liberal que Bentham, Mill, John Stuart Mill e Schumpeter viriam a apresentar séculos mais tarde, Atenas não legou herança para estes autores, cuja teorização partia de uma democracia de origem burguesa com pressupostos nas leis do mercado.
O princípio igualitário – cada homem , um voto – mostra-se inexeqüível em virtude das desigualdades sociais impostas desde a Idade Média, onde o sistema feudal de distribuição da terra impunha a conquista pela força e o poder concentrado nas mãos de uma minoria que oprime e domina uma massa de indivíduos despossuídos – material e intelectualmente – pela primazia da imposição de regras e valores, enfim, a busca constante da felicidade de poucos pela imposição do sofrimento a muitos.

A democracia protecionista – O Modelo 1

O marco inicial da democracia moderna remonta aos seus dois primeiros formuladores – Jeremias Bentham e James Mill.
Bentham, um liberal, formulador da teoria do utilitarismo, concebeu que o homem na sociedade buscava sempre a maior quantidade de felicidade e prazer e o menor sofrimento, assim, nessa busca pela felicidade individual, cada indivíduo deveria ser contado como um. Em princípio tais pressupostos são igualitários, mas sua aplicabilidade inexeqüível, razão pela qual sente a necessidade de haver um ordenamento legal que regule tais relações. A explicação para isso está no fato de que, se o pressuposto é a eqüidade, como tornar iguais os proprietários de terras e os homens ricos com os camponeses, analfabetos e despossuídos?
Outro postulado que pressupõe o estabelecimento de regras é o da busca infinita pelo prazer e felicidade. E quando o prazer e felicidade de uns forem antagônicos aos de outros?
Um pressuposto de Bentham, que o autor verificou equivocado, era que todo homem seria impulsionado ao trabalho para não morrer de fome, um estímulo natural como força propulsora de trabalho. Tal pressuposto, numa sociedade em que os meios de produção eram suficientes para garantir o sustento e a acumulação por todos os indivíduos, torna falaciosa sua invocação.
Segundo sua teoria determinados valores individuais poderiam ser mensurados – como o sofrimento da perda e a felicidade do ganho – o que soa como um sofisma, pois sua generalização, para todos os indivíduos de uma sociedade, é pretensiosa e falsa. Pretensiosa quando universaliza tais sentimentos e falsa quando igualam, numa escala, os limites de cada indivíduo em buscar a acumulação de bens e riquezas. Para tanto, a fim de proteger a grande massa da classe trabalhadora contra a predação de uma classe governante de burgueses, necessária se torna a lei, que acima de todos os homens proteja – ao mesmo tempo em que mantém – um equilíbrio entre sofrimento e felicidade, entre proprietários e despossuídos, para que um não venha a aniquilar o outro em defesa ou na busca da maximização da sua própria felicidade ou minimização do seu sofrimento. A fórmula encontrada para a materialização dessa democracia que ao mesmo tempo concentrasse o poder de legislar e governar sem que os homens investidos desse poder espoliassem, em benefício próprio, todo o povo, foi a instituição do sufrágio, que tornaria possível a remoção do governo pela maioria de votos.
James Mill, um discípulo de Bentham, também liberal, estabelece as exclusões do processo de franquias por critérios capitalistas, mas ao mesmo tempo tenta proteger os excluídos (mulheres, homens sem capital e abaixo dos 40 anos) num processo ambígüo, que Macpherson intitula “A gangorra de Mill” (p. 45, 46).

“Em seus discursos e escritos, portanto, em geral vemo-los brincando de gangorra. Ora eles recomendam os interesses da classe governante, ora os interesses do povo.”
...
“A gangorra no artigo sobre Governo fica completa com a garantia de Mill a seus leitores, bem no final do artigo, de que não se devia prever qualquer risco da inclusão nas franquias da classe inferior, porque a grande maioria daquela classe seria sempre orientada pela classe média.”


Comentário

Discutindo esse modelo de democracia protetora fundada no utilitarismo, onde o mercado comanda a política, com outros pensamentos de liberais do século XVII, encontramos em John Locke pressupostos que validam o sufrágio como forma de controle do povo sobre os governos. Para Locke o poder tem que ter limites; nenhum governo dispõe de informações totais da sociedade e sendo assim tem que estabelecer prioridades, entretanto, ao mesmo tempo, qualquer definição de prioridade é arbitrária e pressupõe uma relação de não prioridades, dando margem a questionamentos (“o governo faz isto, mas deveria fazer aquilo...”). Somente a imposição de limites pela lei poderá proteger o povo de seus governos. Para Locke, ainda, o Estado é o funcionário do povo, tem de preservar a vida, a liberdade e os bens da coletividade e se assim não for deve ser deposto, derrotado, até mesmo pela revolução.


A democracia desenvolvimentista – O Modelo 2

Na caracterização do modelo de democracia desenvolvimentista, Macpherson constrói o cenário que se verificaria descortinar no século XIX, o qual não foi objeto de previsão nem por Jeremias Bentham e nem por James Mill, ou seja, o surgimento de uma nova sociedade e de um novo homem nas relações de trabalho e na necessidade de submissão de uns à vontade de outros, gerando as desigualdades que viriam a intervir na política e cuja imposição emerge da 1ª Revolução Industrial.
Duas variáveis surgiram e suscitaram reflexões de pensadores liberais na época: a classe trabalhadora inicia um processo de auto-organização e começa a parecer perigosa à propriedade e as condições de trabalho tornam-se extremamente penosas e desumanas, gerando uma demanda pela adoção de um novo modelo de democracia.
O primeiro pensador a propor tais mudanças através de seus artigos foi John Stuart Mill, que observa o fenômeno do cartismo – movimento democrático surgido a partir de 1845 nas classes trabalhadoras na Inglaterra, pela igualdade nas decisões governamentais – e as revoluções de 1848 na Europa.
As diferenças do modelo de democracia proposto por J. S. Mill e o modelo 1 de Bentham e Mill repousam num modelo de homem que deve ser capaz de se instruir, crescer, desenvolver-se e exercer plenamente suas capacidades, ao invés de tão somente ser um consumidor e apropriador pela força ou poder atual que possua. Contudo não podia deixar de enxergar o paradoxo que se apresentava a obstar sua teoria, qual seja a incompatibilidade entre as reivindicações de igualdade para todos e as existentes desigualdades provocadas pelo poder e riqueza de alguns, embora considerasse isso pontual e remediável. Outra diferença do modelo 1 para a teoria de J.S.Mill surge da mensuração dada por Bentham a felicidade, resumida na acumulação de riqueza material individual, da sociedade que seria tanto maior quanto fosse capaz de maximizar a produtividade, enquanto o modelo 2 escalonava de forma qualitativa os prazeres, contrapondo-se a generalização de Bentham.
Tal generalização não poderia ser aceita, pois na gênese das organizações sociais da Europa a propriedade nunca foi partilhada por critérios de igualdade ou de aquisição pelo trabalho, senão pela vertente da conquista e da violência – uma distribuição oriunda do feudalismo.
Quando no artigo de 1861 (Representative Government) defende os votos plurais e as exclusões por critérios financeiros ou intelectuais para as franquias democráticas, afirma que as exclusões seriam “um ônus que tinha de ser suportado” por uma sociedade que não cumpriu seu papel de proporcionar educação a todos que o desejassem. O viés de tal assertiva repousa na admissibilidade dos governos não investirem em educação para não alterarem o status quo. Sendo assim J.S.Mill não pode ser considerado um igualitário, segundo essa visão de Macpherson.
A proposta legislativa da democracia de J.S.Mill manietava os eleitos por sufrágio para o Parlamento, transferindo a propositura das leis a uma comissão qualificada (em conhecimento) de notáveis, cabendo tão somente a Assembléia aprovar, rejeitar ou restituir para considerações. Essa comissão de notáveis, legitimando a qualificação dada pelo autor a J.S.Mill, obviamente não era eleita pelo povo.
Macpherson, em sua análise, subdivide a democracia proposta por J.S.Mill em dois modelos – 2 A e 2B – sendo a principal inovação do modelo 2B, a partir do início do século XX, o abandono da proposta do voto pluralista, resultado da partição da sociedade em duas classes – a trabalhadora e a empregadora – onde aos menos influentes (a maioria, a classe trabalhadora) era atribuído um voto por indivíduo e aos mais influentes (a minoria empregadora) teria uma pluralidade de votos, de acordo com sua influência – a naturalização da desigualdade (p. 74).


“Esse pluralismo neo-idealista era uma corrente extraviada na teoria liberal-democrática de inícios do século XX. E havia certa excusa, ou pelo menos certa razão, para o descuido dos teóricos quanto à divisão de classes.”




A democracia de equilíbrio – O Modelo 3


Uma escola neo-clássica de economistas oferece, em meados do século XX, uma nova proposta de democracia fundada no utilitarismo.
Uma política de mercado e não com fundamentos no trabalho, um modelo que seria formulado por Joseph Schumpeter a partir da democracia existente nos EUA e na Inglaterra – um mix que associava uma planificação centralizada com o mercado.
Segundo Macpherson, a lógica do modelo 3 proposta por Schumpeter é simplória uma vez que preconiza a existência daqueles indivíduos que se incumbem de organizar e uma massa a qual se atribui a qualidade de cumprir o planejamento. O viés dessa teoria é a não previsibilidade das desigualdades sociais existentes e, a exemplo do utilitarismo de Bentham, presume que o homem político, e também homem econômico, é um consumidor e apropriador e a única forma do governo satisfazer as múltiplas necessidades transformadas em bens políticos é através de um sistema empresarial de mercado, pela concorrência, pela competição no fornecimento de produtos políticos. É um modelo que trata os cidadãos como consumidores políticos e os postulantes (os políticos) como mercadorias políticas expostas para consumo. Muita similaridade com o atual modelo empregado no Brasil.
De tudo que o autor procura exaurir nas suas reflexões sobre as obras dos teóricos liberais da democracia, propugna concluir que em síntese não enxergavam que as transformações sociais e por conseguinte da política, tendo o sufrágio como propulsão desse processo, não representava uma ameaça a propriedade e ao crescimento do homem político. Simplesmente as lutas de classes são os requisitos históricos da construção da democracia, e não a sua via de extinção.


Referências Bibliográficas
Macpherson, C.B. - A Democracia Liberal: Origens e Evolução. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
Manent, Pierre – História Intelectual do Liberalismo – Dez Lições. Rio de Janeiro: IMAGO

03 janeiro 2006

UM PROJETO DE PERPETUAÇÃO NO PODER

Hodiernamente vivemos uma situação a qual pode ser considerada, sem alarmismo, de extremamente grave para a frágil democracia brasileira.
A crise, iniciada em junho do ano passado, já se prolonga por sete meses e não há previsão de um fim, pelo menos não da forma que pretendem aqueles que acreditam no restabelecimento do Estado de Direito e do resgate da credibilidade das instituições republicanas: a Presidência da República, o Parlamento, o Poder Judiciário e seus órgãos administrativos.
Ocorre que o atual estado de coisas foi urdido por mais de 20 anos e está sendo posto em prática pelo menos desde a "abertura política" promovida pelo Gen Figueiredo. Assim sendo, enganam-se aqueles que pensam tratar-se tão somente de uma questão de "encarcerar os ladrões" e o caso estará resolvido.
O atual projeto de "tomada e manutenção" do poder é bem mais abrangente do que podem imaginar o povão e alguns letrados bem intencionados. Ele passa por anos de treinamento em Cuba, realizado por alguns dos atuais protagonistas, a incorporação de ideologias derrotadas e anacrônicas da antiga União Soviética e países do leste europeu, por onde perambularam alguns atores do atual cenário, por uma mídia parcialmente complacente com as idéias dessa "esquerda" que até hoje repete o clichê do Pasquim, como uma forma de se rebelar contra "um regime de poderosos" cujo estereótipo dizem ter se formado na associação das oligarquias com os militares.
E assim chega-se a evidência que, uma vez exposta a crise, por ato individual de um dos aliados do "nefando projeto", não se tem uma forma legítima de evitá-la ou repelí-la simplesmente porque o país só se preparou, nos últimos 20 anos, para fomentar e fortalecer justamente o que aí se vê.
Foram sucessivas ações de degradação das Forças Armadas, da Justiça, dos parlamentares, do ensino, do funcionalismo público, enfim, uma redução a tabula rasa de nossos valores institucionais e morais para a atual submissão à impotência. Uma tentativa de sublevar o atual quadro com a mesma estratégia dessa chamada “esquerda” desembocará no que poderemos considerar a "nossa venezuelização".
Aqueles que, como nós, tentam se insurgir como vislumbradores de tal situação e tentam protagonizar campanhas de esclarecimento da população são tratados como “conspiradores” e fortemente atacados e desmoralizados; isso num primeiro momento, para a seguir serem ferozmente perseguidos pelo regime implantado - uma reedição da realpolitik marxista-leninista, como exemplos citamos os jornalistas Diogo Mainardi e Boris Casoy.
Portanto, aos que tem consciência e entendem como grave essa situação, vamos parar de simplificar a questão para um maniqueísmo entre "situação" e "oposição", as quais na verdade não existem. Da mesma forma não devemos mais cair no engodo das expressões "esquerda" e "direita", toda e qualquer manifestação maniqueísta nesse momento deve ser encarada como um viés de foco, uma "cortina de fumaça" para encobrir o principal.
E qual o escopo de tudo isso?
Vamos encarar assim: pelo lado econômico.
Qual lugar, neste planeta, se pode reunir os mais valiosos bens para sobrevivência e manutenção da vida?
Água, terra fecunda, espaço geográfico terrestre, litoral farto, riquezas vegetais e minerais abundantes, ausência de cataclismos graves, e aí por diante.
Onde?
Se a resposta que lhe vêm à cabeça é Brasil, então você pode começar a entender por quê é tão importante dominar (a palavra é esta mesmo) este país. Por quê se levou tanto tempo para urdir um projeto dessa natureza e envergadura. É porque no final desse arco-íris tem um pote de ouro, e se nós brasileiros nunca o enxergamos como tal, alguém já viu e há muito tempo, e não está mais disposto a esperar, pois o planeta está se escasseando. É o que nos ensina Thomas Hobbes, o homem como o lobo do homem, não importando para isso que tenha de sacrificar outro ser humano.
Assim ergue-se o “Leviatã”, posto que o homem no seu estado de natureza primitiva não teria limites para afastar de si a dor e o sofrimento e buscar sempre o prazer.
Podemos, e devemos, continuar a defender nossas idéias através de nossos espaços, mas com a mesma intensidade temos que partir para a elocução, pois estamos defasados pelo retardo da ação e em minoria, pelo menos em esclarecimento, e reverter este quadro é preciso.

TROVA DO MOITA

Abaixo transcrevo uma trova do amigo e blogueiro MOITA, que nos brindou, em um comentário aqui no blog, com os versos abaixo:

Eu já notei em Marisa

que tudo lhe faltará.
Senso de oportunidade,
senso pra participar.

Quem não tem senso nenhum,
a saída é copiar
A moda, agora em São Paulo,
da pessoa que é vã,
é dupla nacionalidade
Pros descendentes amanhã.

Se for pra ir exilada,
melhor como cidadã.
Vai pra Itália todo mundo.
Vai o Zé e o irmão Vavá.

Vai também Dona Marisa,
mas espero que Mãe Diná
preveja com precisão
se vai pra lá ou pra prisão
o Lulinha Telemar.

By MOITA

02 janeiro 2006

PAPO PRÁ BEBUM

A entrevista do Presidente Lula ao jornalista Pedro Bial exibida no Fantástico no primeiro dia de 2006 não mostrou nada além do que já se conhecesse e soubesse que o supremo mandatário falaria, contudo restou positiva não pelas respostas, mas pelas perguntas do entrevistador. As perguntas que representaram aquilo que o povo brasileiro gostaria que fosse respondido de forma clara e sincera, por alguém que foi alçado ao cargo com mais de 53 milhões de votos e em razão disso não deveria dar a demonstração de desfaçatez a que todos assistimos.
O jornalista Pedro Bial foi até o limite de suas funções como entrevistador, entretanto muito se comentou sobre uma postura pouco incisiva dele. Ora, o Bial não é um inquiridor da Polícia Federal, ou do Ministério Público ou de uma CPI. Ele fez o que poderia ser feito, e vimos apenas o que não foi cortado pela edição da entrevista, e sendo assim nada mais poderia fazer diante do embuste e da empulhação do entrevistado.
Alguns aspectos devem ser destacados para aqueles que talvez não tenham assistido ou percebido nas entrelinhas a falta de objetividade das respostas e o discurso palanqueiro de Lula. Logo na primeira pergunta ele empacou, pois questionado sobre onde teria errado diz ser difícil dizer onde errou, mas “num país do tamanho do Brasil” podem ocorrer um erro aqui, outro ali e que jamais teria havido governo que mais tenha investigado do que o seu em toda a história da República. Primeiramente há que se tentar entender o que o “tamanho geográfico” do país tem a ver com o cometimento de erros, a seguir, e esta já está se tornando lugar comum nos seus improvisos, a afirmação falaciosa de que nenhum outro governo republicano teria investigado tanto.
Ato contínuo escorrega mais uma vez e, ele sim, dá uma “facada nas costas” do PT, quando diz que o partido cometeu “erros incomensuráveis” e que se meteu numa “encalacrada” de difícil recuperação, quando todos sabem que ele e o PT são siameses. E prossegue desfiando seu rol de bravatas dizendo querer que a CPI apure tudo, apesar do entrevistador questioná-lo dizendo das manobras para evitar a instalação e sua prorrogação, e neste momento se contradiz, pois havia acabado de falar para a seguir desdizer “é lógico que quem está na oposição quer mais e mais CPIs e quem está na situação não as quer”.
E segue mentindo nas perguntas sobre o caixa 2, a antecipação dos pagamentos do VISANET, em dado momento afirma: “A Polícia Federal trabalhou nesses 36 meses o que não trabalhou em 20 anos”. Esta sem dúvida reduz a tabula rasa todos os servidores daquela instituição, os quais deveriam responder administrativa e criminalmente por sua incompetência ou incapacidade para o cargo, quiçá prevaricação. Em outro momento tenta metaforizar a política com o futebol: “Não se pode dizer que a pessoa vai ser melhor ou pior em campo antes do jogo começar.” Que jogo, presidente? Se compararmos seu mandato a um jogo de futebol, cronometrando o tempo de forma proporcional, já estaríamos aos 23’ do segundo tempo, ou seja, um bom técnico já teria feito as substituições necessárias na tentativa de reverter o placar adverso. Nesse mister Lula se revelou um tremendo “perna de pau”.
E prossegue enojando a todos com seus ataques grosseiros a nossa língua: “As coisas vão ser muito melhor em 2006” , “Estamos construindo a refinaria do nordeste brasileira...”, “O Brasil deve pensar em ser exportador de inteligência (referindo-se a construção de Universidade no Nordeste) e não apenas de produtos in natura ou manufaturados” (estaria falando de Educação ou de Agricultura?), “O Brasil consolidou a política de estabilidade” (???), “Eu não estou preocupado com reeleição, tenho até lá pro meio do ano para decidir” (esquecendo-se do prazo para nomeação do candidato previsto na Lei Eleitoral em vigor).
Do conjunto da obra, expressão que ele adora, restou a imagem daquele olho direito avermelhado e quase saltando da órbita, o que poderia deixar dúvidas, em razão do período festivo, do estado etílico que se encontrava Sua Excelência.

01 janeiro 2006

OS PIORES DE 2005

O ano de 2005 se foi, mas as tristes e patéticas lembranças da comédia pastelão proporcionada pelos políticos entrarão para a História do país e, por conseguinte, jamais serão esquecidas. Alguns episódios, pela inusitada e surpreendente ocorrência, inspiraram um brasileiro a instituir “premiações” para seus agentes. Citando a origem, permitimo-nos reproduzir aqui este texto.

Troféu Pinóquio

Santo André nos proteja para entregar o prêmio a Sérgio “Sombra” & amigos do PT. Crocodilo chorou menos a morte do prefeito Celso Daniel.

Troféu Peppino Di Capri
Ganham os Palocci, d. Marisa da Silva e filhos, pelo passaporte italiano. Como Buratti, Poleto e dom Corleone enfrentarão a pizza sem medo.

Medalhão Boca de siri
Para a ministra Dilma Rousseff, que se trancou em copas depois de dar uma de José Alencar.

Troféu Boca de Trombone
Este vai para o vice José Alencar que, ao contrário de Dilma Rousseff, continuou com as broncas contra a política econômica.

Troféu Ataulfo Alves
O presidente Lula também merece este troféu, autor do samba que diz: “Eu era feliz... e não sabia”. Não sabia de nada.

Prêmio Urucubaca de ouro

Parece presidente, parece que trabalha, parece que não bebe, parece que não sabe. É uma ave de mau agouro? Um Air Force 51? Não, é Lula, que só aparece para dizer besteira. O “otimista” vai pegar o prêmio e dar descarga.

Troféu Pegadinha 2005
Quem mandou aquele funcionário dos Correios pegar R$ 3 mil? Pegou mal para ele, que ficou sem o resto, perdeu o emprego e ainda apareceu no Fantástico sem cachê. Ganha um DVD pirata como brinde.

Zorba, o Genoíno
Vai para o ex-presidente do PT José Genoíno e seu presente de grego ao contribuinte: US$ 100 mil na cueca do assessor do irmão. Foi falso o rol de mentiras plantado na nossa horta. Leva também um pepino de consolação.

Prêmio Fome Zero
Para o bispo que fez campanha contra a transposição do rio São Francisco. Será entregue na hora do lanche do ministro Ciro “Bolacha” Gomes.

Troféu Maguila
Saco de pancada, Marcos Valério hoje paga por tudo que o PT pagou antes. O governo sabia por que batia e ele por que apanhava.

Troféu Al-Jazeera
É do homem-bomba do ano: Roberto Jefferson. Com dinamite na boca, explodiu os pratos gêmeos do Congresso. Antes, mandou o Zé sair, rápido.

Prêmio Vaca Louca
Como babou, baby. Delúbio Soares leva o troféu por não tugir nem mugir na CPI para salvar o PT. O ruminante ficou na moita e morrerá pastando.

Troféu King Kong
Ganha o Congresso pelo conjunto da obra, no sentido malcheiroso do termo, pelo gigantesco mico de obrar sem trabalhar e cobrar sem obrar.

Prêmio Óleo de Peroba
Faltou “esse” e sobrou mentira nos depoimentos da turma do mensalão, dos Correios e dos Bingos. Até rimos muito, mas adivinhem quem era o palhaço?

Troféu Galo da Madrugada
Duda Mendonça leva o prêmio por abrir o bico na rinha da CPI. Bom baiano, botou a multidão atrás do “trio elétrico” do PT: Valério, Gurshiken e Delúbio.

By Anonymous (extraído de http://alertabrasil.blogspot.com)