27 abril 2008

IANOMÂMI ! QUEM ?


















(foto: cinta-larga/Rondônia)


'Nos tempos da infância e da adolescência que passei em Manaus, minha cidade natal, nunca ouvi a mais leve referência ao grupamento indígena denominado "IANOMÂMI", nem mesmo nas excursões que fiz ao território, acompanhando o meu avô materno, botânico de formação, na sua incessante busca por novas espécies de orquídeas. Tinha eu absoluta convicção sobre a inexistência desse grupo indígena, principalmente depois que aprendi que a palavra "ianomâmi" era um nome genérico aplicado ao "ser humano".
Recentemente, caiu-me nas mãos o livro "A FARSA IANOMÂMI", escrito por um oficial de Exército brasileiro, de família ilustre, o Coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto.
Credenciava o autor do livro a experiência adquirida em duas passagens demoradas por Roraima, a primeira, entre 69 e 71, como Comandante da Fronteira de Roraima/2º Batalhão Especial de Fronteira, a segunda, quatorze anos depois, como Secretário de Segurança do antigo Território Federal.
Menna Barreto procurou provar que os "ianomâmis" haviam sido criados por alienígenas, com o intuito claro de configurar a existência de uma "nação" indígena espalhada ao longo da fronteira com a Venezuela. Para tanto citou trechos de obras publicadas por cientistas estrangeiros que pesquisaram a região na década iniciada em 1910, notadamente o alemão Theodor Koch-Grünberg, autor do livro "Von Roraima zum Orinoco, reisen in Nord Brazilien und Venezuelain den jahren 1911-1913".
Embora convencido pelos argumentos apresentados no livro, ainda assim continuei minha busca atrás de uma personalidade brasileira que tivesse cruzado a região, em missão oficial do nosso governo, e que tivesse deixado documentos arquivados na repartição pública de origem. Aí, então, não haveria mais motivo para dúvidas.Definido o que deveria procurar, foi muito fácil selecionar o nome de umdos "Gigantes da Nacionalidade", embora pouco conhecido pelos compatriotas de curta memória: Almirante Braz Dias de Aguiar, o "Bandeirante das Fronteiras Remotas" . Braz de Aguiar, falecido em 17 de setembro de 1947, ainda no cargo de “Chefe da Comissão Demarcadora de Limites - Primeira Divisão", prestou serviços relevantes ao país durante 40 anos corridos, sendo que destes, 30 anos dedicados à Amazônia, por ele demarcada por inteiro.
Se, nos dias correntes, o Brasil já solucionou todas as pendências que recaiam sobre os 10.948 quilômetros que separam a nossa maior região natural dos países vizinhos, tudo se deve ao trabalho incansável e competente de Braz de Aguiar, pois de suas observações astronômicas e da precisão dos seus cálculos resultaram mais de 500 pontos astronômicos que definem, juntamente com acidentes naturais, essa longa divisória.
Todas as campanhas de Braz de Aguiar foram registradas em detalhados relatórios despachados para o Ministério das Relações Exteriores, a quem a Comissão Demarcadora era subordinada. Além desses relatórios específicos, Braz de Aguiar ainda fez publicar trabalhos detalhados sobre determinadas áreas, que muito contribuíram para desvendaros segredos da Amazônia.Um desses trabalhos denominado "O VALE DO RIO NEGRO", classificado peloChefe da "Comissão Demarcadora de Limites - Primeira Divisão" como um subsídio para "a geografia física e humana da Amazônia", foi encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores no mês de janeiro de 1944, trazendo no seu bojo a resposta definitiva à indagação "IANOMÂMI! QUEM?
No tocante às tribos indígenas do Vale do Rio Negro, incluindo as do tributário Rio Branco, afirma o trabalho que "são todas pertencentes às famílias ARUAQUE e CARIBE, sem aludir à existência de alguns povos cujas línguas se diferenciamprofundamente das faladas pelas duas coletividades citadas". Prossegue o autor: "Tais povos formam as chamadas tribos independentes, que devem serconsideradas como restos de antigas populações cuja liberdade foi grandementeprejudicada pela ação opressora de vizinhos poderosos".
Também os índios "TUCANOS" constituem uma família a parte, complementa o trabalho.Dito isto, a obra cita os nomes e as localizações das tribos aruaques noVale do Rio Negro, em número de treze, sem que da relação conste a pretensa tribo "IANOMÂMI".
Em seguida, foram listadas as tribos caribes, bem como a sua localização:ao todo são sete as tribos, também ausente da relação o nome "IANOMÂMI".
Dentre as chamadas tribos independentes do Rio Negro, em número de cinco, também não aparece qualquer citação aos "IANOMÂMIS". Para completar o quadro, a obra elaborada por Braz de Aguiar ainda faz menção especial ao grupo "TUCANO", pelo simples fato de compreender quinze famílias,divididas em três ramos: o oriental, que abrange as bacias dos rios UAUPÉS e CURICURIARI; a ocidental, ocupando as bacias do NAPO, PUTUMAIO e alto CAQUETÁ, e o setentrional, localizado nas nascentes do rio MAMACAUA.
Os "IANOMÂMIS" também não apareceram entre os "TUCANOS".
Para completar a listagem dos povos da bacia do RIO NEGRO, a obra aindafazmenção a uma publicação de 1926, composta pelas "MISSÕES INDÍGENAS SALESIANAS DO AMAZONAS", que descreve todas as tribos da bacia do RIO NEGRO sem mencionara existência dos "IANOMÂMIS".
Assim sendo, pode-se afirmar, sem medo de errar, que esse povo "não existiu e não existe" senão nas mentes ardilosas dos inimigos do Brasil.
Menna Barreto e outras fontes fidedignas afirmam que coube a uma jornalistaromena, CLAUDIA ANDUJAR, mencionar, pela primeira vez, em 1973, a existênciado grupo indígena por ela denominado "IANOMÂMI", localizado em prolongada faixa vizinha à fronteira com a VENEZUELA.
Interessante ressaltar que a jornalista que "inventou" os "IANOMÂMIS" não agiu por conta própria, mas inspirada pela organização denominada "CHRISTIAN CHURCH WORLD COUNCIL" sediada na SUIÇA, que, por seu turno, é dirigida porum Conselho Coordenador instruído por seis entidades internacionais: "ComitêInternational de la Defense de l?Amazon"; "Inter-American Indian Institute";"The International Ethnical Survival"; "The International Cultural Survival";"Workgroup for Indigenous Affairs" e "The Berna-Geneve Ethnical Institute".
Releva, ainda, destacar o texto integral do item I, das "Diretrizes" da organização referentes ao BRASIL: "É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígines, para o seu desfrute pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico".
Ficam assim bem caracterizadas as intenções colonialistas dos membros do"CHRISTIAN CHURCH WORLD COUNCIL", ao incentivarem a "invenção" dos ianomâmis e a sua localização ao longo da faixa de fronteiras.
Trata-se de iniciativa de fé púnica, como soe ser a artificiosa invenção de um grupo étnico para permitir que estrangeiros venham a se apropriar de vasta região do Escudo das Guianas, pertencente ao Brasil e, provavelmente, rica em minérios. O ato se reveste de ilegitimidade passiva e de impossibilidade jurídica. Sendo, pois, um ato criminoso, a criação de "Reserva Ianomâmi" deve ser anulada e, em seguida, novo estudo da área deverá ser conduzido para o possível estabelecimento de novas reservas, agora descontínuas, para abrigar os grupos indígenas instalados na mesma zona, todos eles afastados entre si, por força do tradicional estado de beligerância entre os grupos étnicos "aruaques" e 'caribes'.
Outras providências legais devem ser adotadas, todavia, para enquadrar os"zelosos" funcionários da FUNAI que se deixaram enganar e os "competentes" servidores do Ministério da Justiça que "induziram" o Ministro da Pasta e o próprio Presidente da República a aprovarem a decretação de reserva para um grupo indígena inexistente. Sobre estes últimos poderia ser aplicadaa"Lei de Segurança Nacional", artigos 9 e 11, por terem eles contribuído para um futuro seccionamento do território nacional e um possível desmembramento do mesmo para entrega a outro ou outros Estados.'
LIBERTAS QUAE SERA TAMEN!

Roberto Gama e Silva
Almirante Reformado
(recebido por e-mail)
OBS: expropriação de bens brasileiros em outros países nós já "aceitamos"; mas a expropriação do nosso território é um ultraje que não se deve admitir. Estão roubando as riquezas e terras do BRASIL!

17 abril 2008

NUNCA DUVIDAMOS, MINISTRA !



Em ato falho, Dilma chama evento de 'comício'


Em discurso, a ministra Dilma Rousseff, potencial pré-candidata à sucessão do presidente Lula, cometeu um ato falho. Ela chamou de 'comício' o evento de vistoria de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Belo Horizonte (MG).

"Eu queria desejar e dirigir um especial cumprimento às mulheres aqui da frente que hoje animam, sem dúvida, esse comício", disse a ministra em seu discurso..


(Terra Notícias)



Nunca duvidamos disso... pode ter certeza.

15 abril 2008

Uma Democracia Liberal - Por quê mesmo?

Muitos falam sobre as formas de governo e suas vantagens, poucos entretanto tem verbalizado seus pensamentos com base no conhecimento científico; parece algo em desuso, “cafona” até, ser um pesquisador neste país.
A democracia, enquanto uma delas, tem uma origem e uma evolução histórica. Conhecê-las nos dá o necessário escopo para entendermos e discutirmos com nossos pares e até com nossos representantes. Aqueles que preferem o alheamento e optam pela ignorância, não deverão, embora possam enquanto massa ignara, reclamar melhor sorte, quando seu representante não corresponder as suas expectativas.

Conforme nos ensinou um velho mestre: “o conhecimento é o pressuposto da ação”.

Desta feita vamos nos arrimar, a partir de um resumo do tema, numa crítica a obra de Crawford Brough Macpherson – “A democracia liberal – origens e evolução”.


Introdução

Numa evolução histórica que se inicia há 150 anos, há propostas de pensadores e economistas dos séculos XIX e XX sobre as relações entre homem – moral – história através de modelos que permearam o ideário das sociedades durante e após as revoluções sociais havidas na Europa e nos EUA e discute, inicialmente, os conceitos apresentados pelos autores que analisa, com os precursores da democracia ateniense – Platão e Aristóteles, cujo modelo de democracia em nada se assemelha à democracia liberal que Bentham, Mill, John Stuart Mill e Schumpeter viriam a apresentar séculos mais tarde, Atenas não legou herança para estes autores, cuja teorização partia de uma democracia de origem burguesa com pressupostos nas leis do mercado.


O princípio igualitário – cada homem , um voto – mostra-se inexeqüível em virtude das desigualdades sociais impostas desde a Idade Média, onde o sistema feudal de distribuição da terra impunha a conquista pela força e o poder concentrado nas mãos de uma minoria que oprime e domina uma massa de indivíduos despossuídos – material e intelectualmente – pela primazia da imposição de regras e valores, enfim, a busca constante da felicidade de poucos pela imposição do sofrimento a muitos.



A democracia protecionista – O Modelo 1



O marco inicial da democracia moderna remonta aos seus dois primeiros formuladores – Jeremy Bentham e James Mill.

Bentham, um liberal, formulador da teoria do utilitarismo, concebeu que o homem na sociedade buscava sempre a maior quantidade de felicidade e prazer e o menor sofrimento, assim, nessa busca pela felicidade individual, cada indivíduo deveria ser contado como um. Em princípio tais pressupostos são igualitários, mas sua aplicabilidade inexeqüível, razão pela qual sente a necessidade de haver um ordenamento legal que regule tais relações. A explicação para isso está no fato de que, se o pressuposto é a eqüidade, como tornar iguais os proprietários de terras e os homens ricos com os camponeses, analfabetos e despossuídos?
Outro postulado que pressupõe o estabelecimento de regras é o da busca infinita pelo prazer e felicidade.

E quando o prazer e felicidade de uns forem antagônicos aos de outros?
Um pressuposto de Bentham, que o autor verificou equivocado, era que todo homem seria impulsionado ao trabalho para não morrer de fome, um estímulo natural como força propulsora de trabalho.

Tal pressuposto, numa sociedade em que os meios de produção eram suficientes para garantir o sustento e a acumulação por todos os indivíduos, torna falaciosa sua invocação.
Segundo sua teoria determinados valores individuais poderiam ser mensurados – como o sofrimento da perda e a felicidade do ganho – o que soa como um sofisma, pois sua generalização, para todos os indivíduos de uma sociedade, é pretensiosa e falsa. Pretensiosa quando universaliza tais sentimentos e falsa quando igualam, numa escala, os limites de cada indivíduo em buscar a acumulação de bens e riquezas. Para tanto, a fim de proteger a grande massa da classe trabalhadora contra a predação de uma classe governante de burgueses, necessária se torna a lei, que acima de todos os homens proteja – ao mesmo tempo em que mantém – um equilíbrio entre sofrimento e felicidade, entre proprietários e despossuídos, para que um não venha a aniquilar o outro em defesa ou na busca da maximização da sua própria felicidade ou minimização do seu sofrimento. A fórmula encontrada para a materialização dessa democracia que ao mesmo tempo concentrasse o poder de legislar e governar sem que os homens investidos desse poder espoliassem, em benefício próprio, todo o povo, foi a instituição do sufrágio, que tornaria possível a remoção do governo pela maioria de votos.
James Mill, um discípulo de Bentham, também liberal, estabelece as exclusões do processo de franquias por critérios capitalistas, mas ao mesmo tempo tenta proteger os excluídos (mulheres, homens sem capital e abaixo dos 40 anos) num processo ambígüo, que Macpherson intitula “a gangorra de Mill” (p. 45, 46).



“Em seus discursos e escritos, portanto, em geral vemo-los brincando de gangorra. Ora eles recomendam os interesses da classe governante, ora os interesses do povo.”
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“A gangorra no artigo sobre Governo fica completa com a garantia de Mill a seus leitores, bem no final do artigo, de que não se devia prever qualquer risco da inclusão nas franquias da classe inferior, porque a grande maioria daquela classe seria sempre orientada pela classe média.”



Comentário

Discutindo esse modelo de democracia protetora fundada no utilitarismo, onde o mercado comanda a política, com outros pensamentos de liberais do século XVII, encontramos em John Locke pressupostos que validam o sufrágio como forma de controle do povo sobre os governos. Para Locke o poder tem que ter limites; nenhum governo dispõe de informações totais da sociedade e sendo assim tem que estabelecer prioridades, entretanto, ao mesmo tempo, qualquer definição de prioridade é arbitrária e pressupõe uma relação de não prioridades, dando margem a questionamentos (“o governo faz isto, mas deveria fazer aquilo...”).

Somente a imposição de limites pela lei poderá proteger o povo de seus governos. Para Locke, ainda, o Estado é o funcionário do povo, tem de preservar a vida, a liberdade e os bens da coletividade e se assim não for deve ser deposto, derrotado, até mesmo pela revolução.


A democracia desenvolvimentista – O Modelo 2

Na caracterização do modelo de democracia desenvolvimentista, Macpherson constrói o cenário que se verificaria descortinar no século XIX, o qual não foi objeto de previsão nem por Jeremy Bentham e nem por James Mill, ou seja, o surgimento de uma nova sociedade e de um novo homem nas relações de trabalho e na necessidade de submissão de uns à vontade de outros, gerando as desigualdades que viriam a intervir na política e cuja imposição emerge da 1ª Revolução Industrial.
Duas variáveis surgiram e suscitaram reflexões de pensadores liberais na época: a classe trabalhadora inicia um processo de auto-organização e começa a parecer perigosa à propriedade e as condições de trabalho tornam-se extremamente penosas e desumanas, gerando uma demanda pela adoção de um novo modelo de democracia.
O primeiro pensador a propor tais mudanças através de seus artigos foi John Stuart Mill, que observa o fenômeno do cartismo – movimento democrático surgido a partir de 1845 nas classes trabalhadoras na Inglaterra, pela igualdade nas decisões governamentais – e as revoluções de 1848 na Europa.
As diferenças do modelo de democracia proposto por J. S. Mill e o modelo 1 de Bentham e Mill repousam num modelo de homem que deve ser capaz de se instruir, crescer, desenvolver-se e exercer plenamente suas capacidades, ao invés de tão somente ser um consumidor e apropriador pela força ou poder atual que possua. Contudo não podia deixar de enxergar o paradoxo que se apresentava a obstar sua teoria, qual seja a incompatibilidade entre as reivindicações de igualdade para todos e as existentes desigualdades provocadas pelo poder e riqueza de alguns, embora considerasse isso pontual e remediável. Outra diferença do modelo 1 para a teoria de J.S.Mill surge da mensuração dada por Bentham a felicidade, resumida na acumulação de riqueza material individual, da sociedade que seria tanto maior quanto fosse capaz de maximizar a produtividade, enquanto o modelo 2 escalonava de forma qualitativa os prazeres, contrapondo-se a generalização de Bentham.

Tal generalização não poderia ser aceita, pois na gênese das organizações sociais da Europa a propriedade nunca foi partilhada por critérios de igualdade ou de aquisição pelo trabalho, senão pela vertente da conquista e da violência – uma distribuição oriunda do feudalismo.
Quando no artigo de 1861 (Representative Government) defende os votos plurais e as exclusões por critérios financeiros ou intelectuais para as franquias democráticas, afirma que as exclusões seriam “um ônus que tinha de ser suportado” por uma sociedade que não cumpriu seu papel de proporcionar educação a todos que o desejassem.

O viés de tal assertiva repousa na admissibilidade dos governos não investirem em educação para não alterarem o status quo. Sendo assim J.S.Mill não pode ser considerado um igualitário, segundo essa visão de Macpherson.
A proposta legislativa da democracia de J.S.Mill manietava os eleitos por sufrágio para o Parlamento, transferindo a propositura das leis a uma comissão qualificada (em conhecimento) de notáveis, cabendo tão somente a Assembléia aprovar, rejeitar ou restituir para considerações. Essa comissão de notáveis, legitimando a qualificação dada pelo autor a J.S.Mill, obviamente não era eleita pelo povo.
Macpherson, em sua análise, subdivide a democracia proposta por J.S.Mill em dois modelos – 2 A e 2B – sendo a principal inovação do modelo 2B, a partir do início do século XX, o abandono da proposta do voto pluralista, resultado da partição da sociedade em duas classes – a trabalhadora e a empregadora – onde aos menos influentes (a maioria, a classe trabalhadora) era atribuído um voto por indivíduo e aos mais influentes (a minoria empregadora) teria uma pluralidade de votos, de acordo com sua influência – a naturalização da desigualdade (p. 74).


“Esse pluralismo neo-idealista era uma corrente extraviada na teoria liberal-democrática de inícios do século XX. E havia certa excusa, ou pelo menos certa razão, para o descuido dos teóricos quanto à divisão de classes.”




A democracia de equilíbrio – O Modelo 3


Uma escola neo-clássica de economistas oferece, em meados do século XX, uma nova proposta de democracia fundada no utilitarismo.
Uma política de mercado e não com fundamentos no trabalho, um modelo que seria formulado por Joseph Schumpeter a partir da democracia existente nos EUA e na Inglaterra – um mix que associava uma planificação centralizada com o mercado.
Segundo Macpherson, a lógica do modelo 3 proposta por Schumpeter é simplória uma vez que preconiza a existência daqueles indivíduos que se incumbem de organizar e uma massa a qual se atribui a qualidade de cumprir o planejamento. O viés dessa teoria é a não previsibilidade das desigualdades sociais existentes e, a exemplo do utilitarismo de Bentham, presume que o homem político, e também homem econômico, é um consumidor e apropriador e a única forma do governo satisfazer as múltiplas necessidades transformadas em bens políticos é através de um sistema empresarial de mercado, pela concorrência, pela competição no fornecimento de produtos políticos. É um modelo que trata os cidadãos como consumidores políticos e os postulantes (os políticos) como mercadorias políticas expostas para consumo. Muita similaridade com o atual modelo empregado no Brasil.

De tudo que o autor procura exaurir nas suas reflexões sobre as obras dos teóricos liberais da democracia, propugna concluir que em síntese não enxergavam que as transformações sociais e por conseguinte da política, tendo o sufrágio como propulsão desse processo, não representava uma ameaça a propriedade e ao crescimento do homem político.



Simplesmente as lutas de classes são os pressupostos históricos da construção da democracia, e nunca a sua via de extinção.


Referências Bibliográficas
Macpherson, C.B. - A Democracia Liberal: Origens e Evolução. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
Manent, Pierre – História Intelectual do Liberalismo – Dez Lições. Rio de Janeiro: IMAGO

05 abril 2008

MENSAGEM PARA UMA SOCIEDADE DOMINADA POR SERES SÓRDIDOS



O fim...

Se você não tem discernimento para saber o que está acontecendo no seu país, e nem lutar pela sua salvação das mãos dos comuno-fascistas , você merece continuar vivendo vestido de palhaço e imbecil, ser explorado, e ficar mergulhado neste pântano fétido, dominado por um sapo barbudo que foi beijado pela princesa democracia para ascender ao poder, mas, vergonhosamente, traiu todos os princípios que dizia defender, demonstrando que não passa de um sórdido filhote do ovo da serpente do fascismo corrupto, sócio dos donos do capital que exploram e escravizam os excluídos, massa de ignorantes “educados” para aceitarem sempre serem subalternos de elites dirigentes genocidas, que praticam um tipo de capitalismo de preservação do Estado como instrumento de covarde exploração da absoluta maioria de seus súditos otários e palhaços do Circo do Retirante PiTóquio.

Os motivos...

Imaginem uma sociedade que aceita trocar o desenvolvimento auto-sustentado que gera empregos e aumenta a renda, por um programa assistencialista preservador da pobreza e aliciador de eleitores, que mantém mais de 50 milhões de cidadãos excluídos reféns do Estado corrupto e corporativista-meliante.

Imaginem um país em que o Estado se encontra controlado por mais de cinqüenta mil militantes do poder político fascista dominante, que estão enriquecendo com o fruto da manipulação espúria do poder público em benefício próprio.

Imaginem um país que tem um presidente que se comportou ao longo do seu mandato à semelhança de uma absoluta fraude como ser humano e como político.

Imaginem um país que tem um presidente pseudo-estadista que se declarou um deficiente físico mental-auditivo-percetivo pelo fato de que em nenhum momento diz ter tomado conhecimento, ter visto, ou ter ouvido falar, de grotescos e sistemáticos escândalos de corrupção gestados, acompanhados e controlados, pelos seus melhores amigos e companheiros de partido, que se reuniam em frente sua "sala de descanso" (pois é um presidente-apedeuta que não trabalha), e foram denunciados formalmente como pertencentes a uma organização criminosa, mas que nunca serão presos.

Imaginem um país que tem um presidente estelionatário, o “mago da política prostituída”, que passou todo o seu mandato mentindo e se colocando como cúmplice omisso da corrupção e do corporativismo meliante, esquecendo do governo e se dedicando apenas em tentar uma re-reeleição e conseguir manter seu projeto de poder perpétuo.

Imagine um país em que o poder público declara que a Previdência está falida e permite que os cidadãos morram na fila de espera dos hospitais públicos, mas que somente com os impostos criados para pagar esta previdência, se usados para a sua finalidade legal, e não desviados, resultariam em um superávit de mais de 70 bilhões de reais.

Imagine um país que não tem dinheiro para investir em educação, segurança pública, saneamento e na capacidade produtiva do país para fomentar o crescimento auto-sustentado, mas paga acima de 160 bilhões de reais de juros por ano aos banqueiros e aplicadores dos títulos públicos.

Imaginem um país que é controlado por um Estado absolutamente dominado pelo corporativismo mais sórdido entre os poderes da República, que determina que um corrupto da corte do Ali-Babá-Botox somente pode ser preso se os paradoxais princípios corruptos dos canalhas, prestadores de serviços da prostituição da política, forem atendidos; “não é permitido condenar um réu culpado confesso que não pode ser condenado” porque o próprio Estado não permite que o mesmo seja corretamente investigado, sendo as obviedades e as evidências dos seus crimes simplesmente desconsiderados.

Imaginem um país no qual algumas ratazanas dos porões do fascismo, representantes da classe dos artistas, acadêmicos, etc. ao perceberem o barco da democracia ser afundado pelos corruptos, saem de suas tocas imundas dizendo que os fins justificam os meios e fazem apologia pública da falta de ética, da imoralidade e do mau-caratismo nas relações políticas, apenas pelo fato de que “seu homem” tem grandes chances de ser reeleito.

Imaginem um país onde um juiz manda soltar ladrões de melancia tendo uma de suas motivações o fato de que os líderes dos bilionários ladrões da máfia corrupta que assalta os contribuintes são protegidos pela própria Justiça.

Imaginem um país em que empresários têm medo de não comparecer às reuniões promovidas pelo Ali-Babá-Botox para não serem perseguidos pelos fiscais do Estado assinando em baixo de que todos têm receio de verem descobertas suas falcatruas.

Imaginem um país em que seu Parlamento não passa de um covil de ladrões e prostitutos da política que recebem salários e mordomias milionários e que ainda pagam putas de zona para fazerem festa de distribuição do dinheiro roubado dos otários e imbecis contribuintes.

Imaginem um país em que o próprio presidente é descaradamente o líder da revolução que depôs todos os valores morais e éticos que deveriam ser base de sustentação da ação dos poderes públicos, colocando em seu lugar a meritocracia da meliância em que o mais valoroso dos homens é aquele que consegue roubar mais o contribuinte e mentir mais para os eleitores, ele próprio dando sistemáticos exemplos de obviedades e evidências do que significa ser um mau-caráter, hipócrita e leviano.

Imaginem um país onde os chefes das Forças Armadas e das forças civis aceitam ser subordinados à influência de uma organização criminosa mafiosa (Fôro de SP), e concordam pela cumplicidade da omissão em entregar sua pátria pacificamente nas mãos de um Estado Comunista de Direito.

Imaginem um país em que sua maior rede de televisão sempre se comporta como sócia dos poderes constituídos e como um instrumento sistemático de tele-alienação coletiva, devedora refém do poder público, produtora de novelas de horário nobre que fomentam a destruição da instituição familiar e de todos os valores morais e éticos da sociedade, em nome de uma liberdade de expressão corrompida e de um modernismo mundano que agride frontalmente crianças e adolescentes em fase de formação de caráter e personalidade.

Imaginem um país em que torcedores têm a “coragem” da covardia de agredir por motivos banais e matar outros torcedores de futebol, mas não tem a mesma coragem para salvar seu país, enfrentando os fascistas que os farão escravos de um Estado Comunista de Direito ditatorial, autocrático e autoritário.

Imaginem um país em que a sociedade fica apática ao perceber uma bandeira vermelha de estrela única sendo colocada no lugar de sua bandeira nacional.

Para não esquecer...

Se você não tem discernimento para saber que país é este e nem lutar pela sua salvação das mãos dos comuno-fascistas, depois de um outubro qualquer você merece continuar vivendo vestido de palhaço e imbecil, ser explorado, e ficar mergulhado nesse pântano fétido dominado por um sapo barbudo que foi beijado pela princesa democracia para ascender ao poder, mas vergonhosamente traiu os princípios que dizia defender, demonstrando que não passa de um sórdido filhote do ovo da serpente do fascismo corrupto, sócio dos donos do capital que exploram e escravizam os excluídos, massa de ignorantes “educados” para aceitarem sempre serem subalternos de elites dirigentes genocidas que praticam um tipo de capitalismo de preservação do Estado como instrumento de exploração da absoluta maioria de seus súditos otários, palhaços do Circo do Retirante PiTóquio.

"Uma nação pode sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos. Mas não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesma” (Cícero), fruto da covardia e omissão de seu próprio povo e provocada pela liderança carismática-corrupta de canalhas.

Geraldo Almendra