19 abril 2012

O SÁBIO E O BRASILEIRO



Um viajante brasileiro percorria o deserto em longa peregrinação. Estava cansado, sedento , com fome e calor. Ao redor apenas dunas de areia e escorpiões.

De repente ele avista uma tenda no meio do nada, aí pensa: “Estou salvo! Ali vou conseguir comida e água.”

Ao se aproximar da mesma avista um cartaz na entrada que diz:

“Aqui é o refúgio de um velho sábio, rico em cultura e em ouro. Ele busca um herdeiro para sua fortuna, e será bem aventurado aquele que conseguir se comunicar com ele apenas pela força do pensamento, pois as palavras são efêmeras e, como as areias do deserto, o vento as leva.”

Na entrada da tenda ele vê um pão (uma bisnaga) e aí, malandramente, olha para um lado e para o outro e passa a mão na mesma, pensando consigo: “se eu não conseguir arrancar uma grana deste sábio, pelo menos ganhei um lanche”. E a coloca no bolso de trás da calça.

Ao entrar avista um velho de longas barbas brancas, sentado sobre um monte de almofadas. Este ao avistá-lo, abre os braços esboçando um leve sorriso.

O brasileiro vê aquilo e fica puto da vida, aí abre bem os braços com força e estufa o peito para o sábio.

Este ao ver este gesto, abre um largo sorriso e, com o indicador em riste, interpela o brasileiro.

O brasileiro, mais puto ainda, rangendo dentes, mostra 2 dedos unidos para o sábio.

Os olhos do velho se iluminam: ele está radiante com aquilo. Aí mostra 3 dedos para o brasileiro. Este mostra ao sábio os mesmos 3 dedos e ainda faz um movimento giratório circular com eles.

O sábio se encanta: pega uma maçã e mostra ao brasileiro.

O brasileiro, puto da vida, babando, olha para os lados e não tendo mais nada para se socorrer, lembra da bisnaga: incontinenti passa a mão no bolso de trás e sai brandindo a bisnaga na direção do sábio. Este se levanta, o abraça e finalmente diz: “Meu filho, após tantos anos de procura consegui encontrar um Homem tão sábio ou mais que eu. Voce acabar de herdar toda a minha fortuna!”

O brasileiro, ainda com muita raiva, ao ouvir essas palavras fica calado e pensa: “Pô, me dei bem!”

Ao voltar para sua cidade natal, já pobre e feliz, o sábio é interpelado por seus parentes e amigos sobre quem seria a pessoa que teria merecido toda sua fortuna, e ele conta:

“Imaginem vcs, todo mundo pensa mal do brasileiro, não é mesmo? Mas este é especial: entrou na tenda e eu gesticulei pra ele que a casa é sua. Ele num gesto mais abrangente disse que a casa era nossa. Eu perguntei pra ele se acreditava na existência de 1 Deus, ele me disse que havia 2 Deuses; aí eu lhe perguntei se haveriam por acaso 3 Deuses e ele com toda sua sabedoria gesticulou que haviam 3 Deuses num só – a Santíssima Trindade. Aí eu lhe mostrei uma maçã – símbolo do AMOR; no que ele me mostrou o pão – símbolo da vida. Este Homem é um grande sábio e mereceu toda minha fortuna.”

Todos concordaram com ele.

No Brasil, o ganhador deu uma tremenda festa, churrasco, cerveja, pagode, mulatas, etc... e aí seus amigos lhe perguntaram: “Pô cara, como é que vc conseguiu ganhar esta grana toda?”

O brasileiro ainda resfolegante da golada que havia dado no chopp respondeu: “Puta que o pariu! Vcs nem imaginam o que eu tive que aturar. Sábio filho da puta! Vejam só: eu tava na merda, um calor do caralho, aí vi a tenda e o cartaz, pensei – vou me dar bem, sem falar nada. Na porta tinha uma bisnaga, passei a mão nela pq não tinha ninguém olhando – deram mole, sacou?

Aí quando entrei o velho filho da puta me perguntou: - que é que tu quer aqui?

Aí eu respondi: - que que eu quero é o caralho! Fala direito comigo!

Aí ele falou que ia enfiar 1 dedo no meu cú; eu virei pra ele e falei que se ele fizesse isso eu enfiava 2 dedos no cú dele; aí ele falou que enfiava 3 dedos no meu, aí eu disse que enfiava 3 e ainda rodava lá dentro do dele.

O sacana aí pegou uma maçã e disse que ia enfiar no meu rabo; eu peguei a bisnaga e falei que se ele fizesse aquilo eu ia enfiá-la todinha no rabo dele. Aí foi engraçado, pois ele se levantou, me abraçou e falou que eu tinha ganho a fortuna. Na verdade eu quero mesmo é meter-lhe a porrada, aquele velho filho da puta!”.

05 abril 2012

...AINDA SOBRE O DIA 29 DE MARÇO DE 2012...


A imagem ilustra de forma inquestionável duas gerações, e duas situações distintas. Ela jorra abundante luz sobre dois personagens que representam a situação como um todo.

Personagem da esquerda (literalmente)
Nome: Desconhecido
Histórico: Desconhecido
Linguagem corporal: Inseguro, fala de longe e com olhar baixo, como se estivesse ensaiando um "mantra". Artificial. A flexão curta do dedo indicador também indica insegurança ou dificuldade para conciliar a gesticulação, falseada com as frases decoradas. A incapacidade de realizar as duas tarefas simultâneas denota uma doutrinação precoce.


Personagem da direita (literalmente)
Nome: Coronel da arma de Artilharia do Exército Brasileiro Amerino Raposo Filho
Idade: 90 anos
Histórico: Comandante da Linha de Fogo da 2a. Bateria do III GO 105, do Cap Walmicki Ericksen, que cumpriu a derradeira missão de combate da Artilharia Divisionária da Força Expedicionária Brasileira - FEB, disparando o último tiro na Itália, em apoio de fogo na região de Collechio/Fornovo ao cerco e rendição da 148ª Divisão de Infantaria alemã e da Divisão Bersagliere "Italia", evento este até hoje comemorado no atual aquartelamento do Grupo Bandeirante de Barueri-SP, a cada 29 de abril.
Atual VP do CEBRES, o Cel Amerino, da Turma de 1943 da Escola Militar do Realengo, foi voluntário para a FEB, possuindo 16 condecorações, inclusive a Cruz de Combate, e na FEB tirou o curso de Esquiador e Alpinista junto a Mountain School - 10th Mountain Division/Vth USA Army.

O Coronel Amerino Raposo Filho, então Capitão de Artilharia do Exército na Força Expedicionária Brasileira (FEB), é protagonista de uma página gloriosa do Exército Brasileiro E DA HISTÓRIA MILITAR DA HUMANIDADE, quando rendeu, com apenas 600 homens, cerca de 16.000 nazi-fascistas comandados por três generais de divisão.

Expressão corporal: Sereno como todo ser humano que um dia já atravessou chuvas de chumbo e barragens de aço fervente. Calmo, como um gigante seguindo a sua senda. E, certamente muito triste por ver o estato de uma juventude que ele não exitaria em dar a sua vida para salvá-la.

Resumo: O ato mais digno que o citado militante poderia fazer, seria procurar o coronel e de joelhos pedir desculpas a um dos maiores heróis de nossas terras. Irá se surpreender, pois certamente o coronel irá levantá-lo e dar-lhe um abraço. Não há rancor entre os militares, somos todos brasileiros e o perdão é algo que praticamos com freqüência.

REFLITAM SOBRE ISSO: QUAL O FUTURO DA NOSSA SOCIEDADE?