02 janeiro 2006

PAPO PRÁ BEBUM

A entrevista do Presidente Lula ao jornalista Pedro Bial exibida no Fantástico no primeiro dia de 2006 não mostrou nada além do que já se conhecesse e soubesse que o supremo mandatário falaria, contudo restou positiva não pelas respostas, mas pelas perguntas do entrevistador. As perguntas que representaram aquilo que o povo brasileiro gostaria que fosse respondido de forma clara e sincera, por alguém que foi alçado ao cargo com mais de 53 milhões de votos e em razão disso não deveria dar a demonstração de desfaçatez a que todos assistimos.
O jornalista Pedro Bial foi até o limite de suas funções como entrevistador, entretanto muito se comentou sobre uma postura pouco incisiva dele. Ora, o Bial não é um inquiridor da Polícia Federal, ou do Ministério Público ou de uma CPI. Ele fez o que poderia ser feito, e vimos apenas o que não foi cortado pela edição da entrevista, e sendo assim nada mais poderia fazer diante do embuste e da empulhação do entrevistado.
Alguns aspectos devem ser destacados para aqueles que talvez não tenham assistido ou percebido nas entrelinhas a falta de objetividade das respostas e o discurso palanqueiro de Lula. Logo na primeira pergunta ele empacou, pois questionado sobre onde teria errado diz ser difícil dizer onde errou, mas “num país do tamanho do Brasil” podem ocorrer um erro aqui, outro ali e que jamais teria havido governo que mais tenha investigado do que o seu em toda a história da República. Primeiramente há que se tentar entender o que o “tamanho geográfico” do país tem a ver com o cometimento de erros, a seguir, e esta já está se tornando lugar comum nos seus improvisos, a afirmação falaciosa de que nenhum outro governo republicano teria investigado tanto.
Ato contínuo escorrega mais uma vez e, ele sim, dá uma “facada nas costas” do PT, quando diz que o partido cometeu “erros incomensuráveis” e que se meteu numa “encalacrada” de difícil recuperação, quando todos sabem que ele e o PT são siameses. E prossegue desfiando seu rol de bravatas dizendo querer que a CPI apure tudo, apesar do entrevistador questioná-lo dizendo das manobras para evitar a instalação e sua prorrogação, e neste momento se contradiz, pois havia acabado de falar para a seguir desdizer “é lógico que quem está na oposição quer mais e mais CPIs e quem está na situação não as quer”.
E segue mentindo nas perguntas sobre o caixa 2, a antecipação dos pagamentos do VISANET, em dado momento afirma: “A Polícia Federal trabalhou nesses 36 meses o que não trabalhou em 20 anos”. Esta sem dúvida reduz a tabula rasa todos os servidores daquela instituição, os quais deveriam responder administrativa e criminalmente por sua incompetência ou incapacidade para o cargo, quiçá prevaricação. Em outro momento tenta metaforizar a política com o futebol: “Não se pode dizer que a pessoa vai ser melhor ou pior em campo antes do jogo começar.” Que jogo, presidente? Se compararmos seu mandato a um jogo de futebol, cronometrando o tempo de forma proporcional, já estaríamos aos 23’ do segundo tempo, ou seja, um bom técnico já teria feito as substituições necessárias na tentativa de reverter o placar adverso. Nesse mister Lula se revelou um tremendo “perna de pau”.
E prossegue enojando a todos com seus ataques grosseiros a nossa língua: “As coisas vão ser muito melhor em 2006” , “Estamos construindo a refinaria do nordeste brasileira...”, “O Brasil deve pensar em ser exportador de inteligência (referindo-se a construção de Universidade no Nordeste) e não apenas de produtos in natura ou manufaturados” (estaria falando de Educação ou de Agricultura?), “O Brasil consolidou a política de estabilidade” (???), “Eu não estou preocupado com reeleição, tenho até lá pro meio do ano para decidir” (esquecendo-se do prazo para nomeação do candidato previsto na Lei Eleitoral em vigor).
Do conjunto da obra, expressão que ele adora, restou a imagem daquele olho direito avermelhado e quase saltando da órbita, o que poderia deixar dúvidas, em razão do período festivo, do estado etílico que se encontrava Sua Excelência.

5 Comments:

Blogger Moita said...

Alexandre

respondendo sua pergunta:

Vocês têm toda liberdade de publicar meus comentários, caso queiram

5:39 PM  
Anonymous Anônimo said...

Alexandre, boa noite
Postei lá no Escrevinhações sobre isso que eles chamaram de entrevista.
Não sou jornalista, mas, colocar o Bial (argh) para entrevistar o presidente da república é demais.
A Globo poderia ter disfarçado um pouco para fingir que essa entrevista foi séria.
Concordo com você no que se refere à PF. Se ela tivesse sérios dirigentes e não fosse subordinada a ele, o Jobim, tenho certeza que a reação seria imediata.

Beijos

12:25 AM  
Anonymous Anônimo said...

Oi Alexandre!

Vim conhecer o "Outras Letras" e agradecer sua visita ao "Tudo Azul". Gostei muito, vai para a minha lista de favoritos.

Realmente, a entrevista do Lula no Fantástico, parecia mais um quadro num programa de variedades. Ficou como sempre, em cima do muro, nada acrescentou. Lamentável!

Abraço e parabéns pelo Blog.

12:23 PM  
Anonymous Anônimo said...

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11:24 AM  
Anonymous Anônimo said...

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