IANOMÂMI ! QUEM ?
(foto: cinta-larga/Rondônia)
'Nos tempos da infância e da adolescência que passei em Manaus, minha cidade natal, nunca ouvi a mais leve referência ao grupamento indígena denominado "IANOMÂMI", nem mesmo nas excursões que fiz ao território, acompanhando o meu avô materno, botânico de formação, na sua incessante busca por novas espécies de orquídeas. Tinha eu absoluta convicção sobre a inexistência desse grupo indígena, principalmente depois que aprendi que a palavra "ianomâmi" era um nome genérico aplicado ao "ser humano".
Recentemente, caiu-me nas mãos o livro "A FARSA IANOMÂMI", escrito por um oficial de Exército brasileiro, de família ilustre, o Coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto.
Credenciava o autor do livro a experiência adquirida em duas passagens demoradas por Roraima, a primeira, entre 69 e 71, como Comandante da Fronteira de Roraima/2º Batalhão Especial de Fronteira, a segunda, quatorze anos depois, como Secretário de Segurança do antigo Território Federal.
Menna Barreto procurou provar que os "ianomâmis" haviam sido criados por alienígenas, com o intuito claro de configurar a existência de uma "nação" indígena espalhada ao longo da fronteira com a Venezuela. Para tanto citou trechos de obras publicadas por cientistas estrangeiros que pesquisaram a região na década iniciada em 1910, notadamente o alemão Theodor Koch-Grünberg, autor do livro "Von Roraima zum Orinoco, reisen in Nord Brazilien und Venezuelain den jahren 1911-1913".
Embora convencido pelos argumentos apresentados no livro, ainda assim continuei minha busca atrás de uma personalidade brasileira que tivesse cruzado a região, em missão oficial do nosso governo, e que tivesse deixado documentos arquivados na repartição pública de origem. Aí, então, não haveria mais motivo para dúvidas.Definido o que deveria procurar, foi muito fácil selecionar o nome de umdos "Gigantes da Nacionalidade", embora pouco conhecido pelos compatriotas de curta memória: Almirante Braz Dias de Aguiar, o "Bandeirante das Fronteiras Remotas" . Braz de Aguiar, falecido em 17 de setembro de 1947, ainda no cargo de “Chefe da Comissão Demarcadora de Limites - Primeira Divisão", prestou serviços relevantes ao país durante 40 anos corridos, sendo que destes, 30 anos dedicados à Amazônia, por ele demarcada por inteiro.
Se, nos dias correntes, o Brasil já solucionou todas as pendências que recaiam sobre os 10.948 quilômetros que separam a nossa maior região natural dos países vizinhos, tudo se deve ao trabalho incansável e competente de Braz de Aguiar, pois de suas observações astronômicas e da precisão dos seus cálculos resultaram mais de 500 pontos astronômicos que definem, juntamente com acidentes naturais, essa longa divisória.
Todas as campanhas de Braz de Aguiar foram registradas em detalhados relatórios despachados para o Ministério das Relações Exteriores, a quem a Comissão Demarcadora era subordinada. Além desses relatórios específicos, Braz de Aguiar ainda fez publicar trabalhos detalhados sobre determinadas áreas, que muito contribuíram para desvendaros segredos da Amazônia.Um desses trabalhos denominado "O VALE DO RIO NEGRO", classificado peloChefe da "Comissão Demarcadora de Limites - Primeira Divisão" como um subsídio para "a geografia física e humana da Amazônia", foi encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores no mês de janeiro de 1944, trazendo no seu bojo a resposta definitiva à indagação "IANOMÂMI! QUEM?
No tocante às tribos indígenas do Vale do Rio Negro, incluindo as do tributário Rio Branco, afirma o trabalho que "são todas pertencentes às famílias ARUAQUE e CARIBE, sem aludir à existência de alguns povos cujas línguas se diferenciamprofundamente das faladas pelas duas coletividades citadas". Prossegue o autor: "Tais povos formam as chamadas tribos independentes, que devem serconsideradas como restos de antigas populações cuja liberdade foi grandementeprejudicada pela ação opressora de vizinhos poderosos".
Também os índios "TUCANOS" constituem uma família a parte, complementa o trabalho.Dito isto, a obra cita os nomes e as localizações das tribos aruaques noVale do Rio Negro, em número de treze, sem que da relação conste a pretensa tribo "IANOMÂMI".
Em seguida, foram listadas as tribos caribes, bem como a sua localização:ao todo são sete as tribos, também ausente da relação o nome "IANOMÂMI".
Dentre as chamadas tribos independentes do Rio Negro, em número de cinco, também não aparece qualquer citação aos "IANOMÂMIS". Para completar o quadro, a obra elaborada por Braz de Aguiar ainda faz menção especial ao grupo "TUCANO", pelo simples fato de compreender quinze famílias,divididas em três ramos: o oriental, que abrange as bacias dos rios UAUPÉS e CURICURIARI; a ocidental, ocupando as bacias do NAPO, PUTUMAIO e alto CAQUETÁ, e o setentrional, localizado nas nascentes do rio MAMACAUA.
Os "IANOMÂMIS" também não apareceram entre os "TUCANOS".
Para completar a listagem dos povos da bacia do RIO NEGRO, a obra aindafazmenção a uma publicação de 1926, composta pelas "MISSÕES INDÍGENAS SALESIANAS DO AMAZONAS", que descreve todas as tribos da bacia do RIO NEGRO sem mencionara existência dos "IANOMÂMIS".
Assim sendo, pode-se afirmar, sem medo de errar, que esse povo "não existiu e não existe" senão nas mentes ardilosas dos inimigos do Brasil.
Menna Barreto e outras fontes fidedignas afirmam que coube a uma jornalistaromena, CLAUDIA ANDUJAR, mencionar, pela primeira vez, em 1973, a existênciado grupo indígena por ela denominado "IANOMÂMI", localizado em prolongada faixa vizinha à fronteira com a VENEZUELA.
Interessante ressaltar que a jornalista que "inventou" os "IANOMÂMIS" não agiu por conta própria, mas inspirada pela organização denominada "CHRISTIAN CHURCH WORLD COUNCIL" sediada na SUIÇA, que, por seu turno, é dirigida porum Conselho Coordenador instruído por seis entidades internacionais: "ComitêInternational de la Defense de l?Amazon"; "Inter-American Indian Institute";"The International Ethnical Survival"; "The International Cultural Survival";"Workgroup for Indigenous Affairs" e "The Berna-Geneve Ethnical Institute".
Releva, ainda, destacar o texto integral do item I, das "Diretrizes" da organização referentes ao BRASIL: "É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígines, para o seu desfrute pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico".
Ficam assim bem caracterizadas as intenções colonialistas dos membros do"CHRISTIAN CHURCH WORLD COUNCIL", ao incentivarem a "invenção" dos ianomâmis e a sua localização ao longo da faixa de fronteiras.
Trata-se de iniciativa de fé púnica, como soe ser a artificiosa invenção de um grupo étnico para permitir que estrangeiros venham a se apropriar de vasta região do Escudo das Guianas, pertencente ao Brasil e, provavelmente, rica em minérios. O ato se reveste de ilegitimidade passiva e de impossibilidade jurídica. Sendo, pois, um ato criminoso, a criação de "Reserva Ianomâmi" deve ser anulada e, em seguida, novo estudo da área deverá ser conduzido para o possível estabelecimento de novas reservas, agora descontínuas, para abrigar os grupos indígenas instalados na mesma zona, todos eles afastados entre si, por força do tradicional estado de beligerância entre os grupos étnicos "aruaques" e 'caribes'.
Outras providências legais devem ser adotadas, todavia, para enquadrar os"zelosos" funcionários da FUNAI que se deixaram enganar e os "competentes" servidores do Ministério da Justiça que "induziram" o Ministro da Pasta e o próprio Presidente da República a aprovarem a decretação de reserva para um grupo indígena inexistente. Sobre estes últimos poderia ser aplicadaa"Lei de Segurança Nacional", artigos 9 e 11, por terem eles contribuído para um futuro seccionamento do território nacional e um possível desmembramento do mesmo para entrega a outro ou outros Estados.'
LIBERTAS QUAE SERA TAMEN!
Roberto Gama e Silva
Roberto Gama e Silva
Almirante Reformado
(recebido por e-mail)
OBS: expropriação de bens brasileiros em outros países nós já "aceitamos"; mas a expropriação do nosso território é um ultraje que não se deve admitir. Estão roubando as riquezas e terras do BRASIL!
8 Comments:
Tô com saudade, viu, Alex? Você me abandonou de novo... Beijinho
Interessante esta abordagem. Abraço do Aluízio Amorim. Link já está lá.
Alexandre, meu amigo, hehehe...há que enquadrar ainda os caciques com rolex que a tudo miram de seus palácios em brasilia.....
Ah, espero sua visita num blog meio marginal que o Roça e eu fizemos, hahaha...o nome é direto do abismo...
Abração
Suzy
Alexandre, esqueci de deixar o link lá do abismo:
http://darkabysses.blogspot.com
Alexandre, não sei como agradecer sua visita lá no abismo...hehehe
Você pode ainda não ter se dado conta, mas já estamos todos lá (e é claro que você sabe disso)
Abração
Suzy
Parabens Alexandre pelo texto, não sei onde conseguiu mas o almirante Gama e Silva é um Brasileiro de grande valor.
Miguel Magaldi
Conforme nota do rodapé, o texto foi recebido por e-mail, Miguel.
Concordo integralmente com sua percepção sobre o Almte Gama e Silva, razão pela qual reproduzi o texto deste honrado brasileiro.
Por oportuno, agradeço sua visita e seu comentário. Volte sempre!
Infelizmente essa falsa reserva Raposa Serra do Sol foi criada, e agora os ingleses devem estar morrendo de rir dos brasileiros burros, antinacionalistas, entreguistas. Não entendo porque isso foi permitido! Onde estavam os nossos intelectuais, os nossos cientistas, os nossos antropólogos, os nossos artistas, que não fizeram nada, que não disseram nada? Tentei postar artigos no site da Survival International falando sobre a grande mentira que eles estavam patrocinando, mas logicamente eles não postaram nenhum deles. Eu estou revoltada com isso tudo! Os ingleses (e sabe lá quem mais) estão se apossando de áreas contíguas às que já haviam se apossado do Brasil em 1901. Quem quiser, leia a respeito da "Questão do Pirara" aqui:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quest%C3%A3o_do_Pirara
Bando de bandidos! Que ódio!
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