15 julho 2011

A CRISE BRASILEIRA

Prólogo: o autor do blog, pela vivência, experiência e conhecimento histórico, RATIFICA o texto abaixo.




“QUEM SE DESCULPA SE ACUSA”
AUGUSTUS, Imperador Romano, (63 a.C – 14 d.C)



Já lá se vão anos e o tempo correndo e vozeia-se, fala-se e grita-se que estamos em crise. Os cegos políticos vão alardeando que é uma CRISE política. Os economistas baralham os números e afirmam que ELA é econômica e os sociólogos, jornalistas e outras especialidades enxergam o viés social, levando até para a luta de classe, pregando democracia e igualdade, quando já foi democracia e liberdade.
Estas crises (política, econômica ou social, militar não mais) podem sofrer tratamentos diversos. No primeiro caso, há pelo mundo afora e aplica-se o fechamento do Congresso, substituição de presidente, reformas constitucionais etc. No segundo caso fecha-se o câmbio, aumenta-seimpostos ou emissão de moeda, aumenta-se a dívida etc. Já no campo social vai se aumentando as promessas como plano de construção de casa, bolsas de ajuda de diversos tipos, distribuição de leite. Aplica-se o grande remédio usado pelos romanos: PÃO E CIRCO.
Todos os remédios empregados acima já foram ou estão sendo aplicados no Brasil. O importante é que a CRISE continua e cada dia mais grave. Os doutos esquecem que há em curso uma CRISE muito mais grave. Há no Brasil uma CRISE GRAVÍSSIMA, que a CRISE ÉTICA E MORAL. Tudo é válido por um apartamento de seis milhões, por um BMW e por uma mulher, nova bonita e cheirosa como canta a canção popular: “que é o que faz um homem chorar”.
A história está aí para ser lembrada. ROMA dominava o mundo e a Crise Moral a destruiu. A mulher romana, as mães dos filhos que constituíam as Legiões, deixou de ser a coluna que sustentava a sociedade romana, para se deleitar nos banhos públicos e a Águia Romana sendo conduzidas pelos soldados pagos de outras culturas. Continuemos na história. Vem a Revolução Francesa. A sociedade apodrecendo e o brilho das madames Pompadour ou das Du Barry satisfaziam aos corruptos e pervertidos da época (casa da luz vermelha). Disse o Barão de Turgot, seu ministro da fazenda, ao rei LUIS XVI: “temos que evitar inadimplência, evitar aumento de impostos, evitar empréstimos”. A corte foi contra Turgot e o Rei perdeu a cabeça na
guilhotina. O sangue correu nas sarjetas das ruas de Paris. Sangue de inocentes e culpados, inclusive a cabeça da Du Barry rolou. Passemos à Revolução Russa. Quem conhece a história da Rússia sabe que o sistema implantado a ferro e fogo por Ivan o Terrível, foi se deteriorando. A
sociedade cheia de vaidades e pompas pisava no povo. Ainda algumas medidas foram tentadas. Explodiu face as derrotas em 1910 e 1917 e a franqueza e a podridão que moravam nos PALÁCIOS, onde RASPUTIN era o símbolo da degradação moral.. PAZ, TERRA E PÃO eram as novas promessas. Quem conhece o livro - "STALIN – A corte do TZAR Vermelho” - pode compreender o sofrimento de um povo. Os Gulags, os milhões mortos pela fome, pela guerra e pela estatização da terra pode entender a desgraça da CRISE MORAL E ÉTICA numa
sociedade. Um outro exemplo é Hitler com a promessa da purificação da raça e a Alemanha dona do mundo. Stalin e Hitler são os maiores assassinos do século XX e tudo prometeram. Chega de história, pois temos aí CUBA e outras promessas de liberdade, vida fácil e os pelotões de fuzilamento matando em nome da liberdade.
Voltemos ao Brasil. Vamos para a “ilha da Fantasia” – Brasília – onde as casas suntuosas, os desfiles de mulheres bonitas, as festas disputadas pelos que procuram o brilho do dinheiro fácil. Risos vulgares, amizades conquistadas pela hipocrisia do fausto. É o mundo deslumbrante dos Palácios, onde os decotes mostram os seios que não amamentam os filhos da Pátria (Legiões) e sim, o brilho dos olhos decrépitos carcomidos pela ganância do PODER.
As CRISES PALOCCI, MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, CAMPINAS, E OUTRAS E OUTRAS são apenas a continuação da degenerescência da SOCIEDADE BRASILEIRA. Vão ao SENADO e falam mentiras, lorotas, gabolice, tentando enganar, fraudar, falsear a VERDADE e há senadores que batem palmas falsas.
A última crise ou a próxima confirmam o que disse AUGUSTUS: “QUEM SE DESCULPA SE ACUSA”. Até o ex-presidente correu à capital para se desculpar e colocar em forma os corruptos e defender o indefensável. A autoridade da Presidente foi pisada e ELA, também, brigada, como LUIS XVI, ficou com a corte e pode perder a cabeça amanhã.
Diz um ditado chinês: “podemos escolher o que queremos plantar, mas colhemos o que plantamos”. Estão plantando MENTIRAS e não irão colher VERDADES.

FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO
GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO
(publicado no blog do Grupo Guararapes)