DIREITA? ESQUERDA? MEIA-VOLTA, VOLVER!
A lembrança do período do regime militar ainda é tida como um assunto extremamente melindroso, delicado e polêmico, para alguns.
Existem diversos entendimentos para os que viveram naqueles tempos e as opiniões dependem de fatores como a idade, a profissão (a própria e a dos pais), a localização geográfica, a escola ou a faculdade e existe também uma geração que sequer conheceu um dos generais-presidente, mas também formou uma opinião sobre o tema.
Ao escrever, cônscio da pluralidade cognitiva que advirá, buscarei suscitar justamente o choque das idéias para despertar alguns (pois obviamente nunca tive a pretensão de alcançar a todos) para o fato de que precisamos romper com determinados paradigmas, sob pena de nos tornarmos anacrônicos e obsoletos política e economicamente falando.
Dentre os inúmeros anacronismos que residem no ideário de parcela significativa da sociedade brasileira está o emprego das expressões “direita” e “esquerda”. Sei que não é o caso dos comentaristas aqui do blog, mas muitos brasileiros ouvem tais palavras serem pronunciadas e as repetem sem nem ao menos saberem seu significado político e muito menos sua atualidade, ou, ao contrário, seu anacronismo.
De plano vamos estabelecer que “direita” não tem paralelismo com os militares, pois militares são apartidários.
A seguir vamos desmistificar a “esquerda” como sendo o reduto dos “intelectuais e da classe estudantil”, posto que tanto existem governos militares “de esquerda” , como em Cuba, como existem intelectuais e estudantes “de direita” a exemplo dos EUA.
Portanto os pressupostos de Bobbio baseados na oposição entre o capitalismo e o socialismo não parecem ser mais adequados para os adeptos do maniqueísmo político.
Talvez para estes a discussão deva girar em termos de individualismo X coletivismo, ou entre iniciativa privada X Estado-empresário.
Pois se a democracia tem na sua essência os opostos, o mundo globalizado de hoje tem mais inferências econômicas do que ideológicas.
Recortando a discussão para a nossa realidade poderíamos dizer, face estes parâmetros, que o atual governo é essencialmente “de direita”.
Tal afirmação poderá escandalizar alguns “comunistas de pedra”, assim definidos por Arnaldo Jabor : “os adeptos desta corrente não mudam um milímetro de suas convicções. Acham a tal da realidade objetiva ’volúvel e reacionária’, com sua mania de mudar e ter reviravoltas”, portanto se o liberalismo econômico é axioma de um “menos Estado”, ou “Estado Mínimo”, se preferirem, e o atual governo que se autoproclama como “esquerda” emprega a mesma política econômica de seu antecessor ao qual “imputa a acusação” de ser de “direita”, estamos diante de um paradoxo ou de uma grande farsa?
Como estou convicto da segunda alternativa, entre “direita” e “esquerda” talvez seja melhor darmos “meia-volta”, antes que acabemos na "contra-mão" da História.
Existem diversos entendimentos para os que viveram naqueles tempos e as opiniões dependem de fatores como a idade, a profissão (a própria e a dos pais), a localização geográfica, a escola ou a faculdade e existe também uma geração que sequer conheceu um dos generais-presidente, mas também formou uma opinião sobre o tema.
Ao escrever, cônscio da pluralidade cognitiva que advirá, buscarei suscitar justamente o choque das idéias para despertar alguns (pois obviamente nunca tive a pretensão de alcançar a todos) para o fato de que precisamos romper com determinados paradigmas, sob pena de nos tornarmos anacrônicos e obsoletos política e economicamente falando.
Dentre os inúmeros anacronismos que residem no ideário de parcela significativa da sociedade brasileira está o emprego das expressões “direita” e “esquerda”. Sei que não é o caso dos comentaristas aqui do blog, mas muitos brasileiros ouvem tais palavras serem pronunciadas e as repetem sem nem ao menos saberem seu significado político e muito menos sua atualidade, ou, ao contrário, seu anacronismo.
De plano vamos estabelecer que “direita” não tem paralelismo com os militares, pois militares são apartidários.
A seguir vamos desmistificar a “esquerda” como sendo o reduto dos “intelectuais e da classe estudantil”, posto que tanto existem governos militares “de esquerda” , como em Cuba, como existem intelectuais e estudantes “de direita” a exemplo dos EUA.
Portanto os pressupostos de Bobbio baseados na oposição entre o capitalismo e o socialismo não parecem ser mais adequados para os adeptos do maniqueísmo político.
Talvez para estes a discussão deva girar em termos de individualismo X coletivismo, ou entre iniciativa privada X Estado-empresário.
Pois se a democracia tem na sua essência os opostos, o mundo globalizado de hoje tem mais inferências econômicas do que ideológicas.
Recortando a discussão para a nossa realidade poderíamos dizer, face estes parâmetros, que o atual governo é essencialmente “de direita”.
Tal afirmação poderá escandalizar alguns “comunistas de pedra”, assim definidos por Arnaldo Jabor : “os adeptos desta corrente não mudam um milímetro de suas convicções. Acham a tal da realidade objetiva ’volúvel e reacionária’, com sua mania de mudar e ter reviravoltas”, portanto se o liberalismo econômico é axioma de um “menos Estado”, ou “Estado Mínimo”, se preferirem, e o atual governo que se autoproclama como “esquerda” emprega a mesma política econômica de seu antecessor ao qual “imputa a acusação” de ser de “direita”, estamos diante de um paradoxo ou de uma grande farsa?
Como estou convicto da segunda alternativa, entre “direita” e “esquerda” talvez seja melhor darmos “meia-volta”, antes que acabemos na "contra-mão" da História.
11 Comments:
Eu não sou de esquerda e nem de direita. Sou "de baixo". Ando sempre por baixo...
Alexandre
Muito bom artigo, como sempre.
Esses termos esquerda direita,
a gente só e ainda usa porque tem uma turma que acha que isso define quem pensa nas funções do Estado, de maneiras diferentes.
Qualquer Estado só tem uma função, é esta, normalmente,
é super bem definida em todas as constituições nacionais.
Em todos eles, do leste ao oeste, norte a sul.
abs
Olá Alexandre: Na minha modesta opinião, eu prefiro uma "direita" do que uma "FALSA ESQUERDA", que se diz comunista, mas rouba dos pobres para dar aos ricos. É o que está no poder, meu caro! ;-) Bjs
Alexandre, acho que estamos diante de um Estado - esquizofrênico, "aquele que diz É não É, aquele que É não diz"..
Bjs
Olá, Alexandre, boa tarde.
Concordo com você, claro.
O atual governo é uma grande farsa em todos os sentidos.
Beijos
Caro amigo,
Como sempre você arrebenta naquilo que se propõe a fazer! Ótimo texto! Conteúdo dez.
abraço.
Kafé.
Alexandre,
Quando eu nasci os militares já estavam deixando o poder e o que sei deles vem da escola e faculdade como você escreveu, mas a idéia que fazemos das coisas vem da moral que nos foi dada na tenra infância, é com ela que analisamos as primeiras informações que nos são fornecidas e formamos nossa capacidade de julgamento, parece que a maioria dos brasileiros não tem essa capacidade de filtrar e julgar os acontecimentos, simplismente aceitam como verdades absolutas tudo que lhes é passado pelos professores e pela mídia, formados também por pessoas que não aprenderam a analisar a história e tirar as próprias conclusões, por isso continuam propagando bobagens ouvidas e repetidas exaustivamente, promovendo a ignorância e desinformação.
Ótimo texto como sempre, parabéns!
Um beijo
Os conceitos de direita e esquerda não dão mais conta de uma análise consistente da realidade política. Conceitos descolam-se a realidade e perdem a operacionalidade. Além do quê não são cópias da realidade, já que a realidade não é redutível ao conceito. Este é apenas um construto mental que serve como um facho de luz para que possamos desvelar um recorte apenas da realidade incomensurável do cosmo. Entretanto, esta abordagem que faço na cabe apenas num comentário de blog.
Seu texto está é procedente e tem importância porque traz à discussão um tema da filosofia política que é sempre relevante.
Abs
Aluízio Amorim
http://oquepensaaluizio.zip.net
P.S.: Vejo que vc gosta de teorizar. Eu também. Assim sendo, informo-lhe que postei dois artigos de viés mais acadêmico no meu blog, versando sobre as teorias de Weber. De repente lhe interessarão.
Alexandre,
Já estamos na contra mão da justiça, na contra mão da moral, na contra mão da verdade...
Como a Saramar já comentou tudo é uma grande farsa.
Beijo
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