25 setembro 2006

COMO FUNCIONA ?

A URNA ELETRÔNICA

As coisas (não) funcionam assim:
1) O mesário recebe o eleitor, com o título na mão;
2) O mesário digita o número do título do eleitor em um terminal LIGADO à urna eletrônica, que serve para liberar o aparelho para a próxima votação;
3) O eleitor digita o seu voto na urna eletrônica, e CONFIRMA;
4) Encerra-se a votação daquele eleitor.
Daí, fica meridianamente claro que estando o terminal liberador da votação ligado à urna eletrônica, e sendo digitado o número do título do eleitor, há uma VINCULAÇÃO entre o número do título e o voto digitado naquela operação.
O TSE diz que o programa da urna "embaralha" os votos. Mas se o programa embaralha, ele pode "desembaralhar", com a mesma facilidade.
Com a liberação da urna com o número do título (que não tem foto) e MAIS as impressões digitais, não há escapatória: o voto FICA identificado, inexoravelmente.
Agora, quanto a inauditabilidade das urnas eletrônicas.
Segundo cientistas, professores de grandes universidades (USP - Politécnica de São Carlos - , Federal de São Carlos, Federal de Santa Catarina, Federal do Rio Grande do Sul, Federal da Bahia, Federal do Rio de Janeiro, UniCamp, Federal da Paraíba, Federal de Pernambuco, Universidade Federal de Brasília- UnB -, Stanford, University of California - CallTech -, Harvard, Institute Politechnique - França -, Universität München, Universität Düsseldorf, e outras menos 'votadas') técnicos do mais alto gabarito, os programas(softwares) são facilmente passíveis de alteração, e a urna é passível de ataque externo SEM que o lacre seja rompido (pode ser aberta a urna e o lacre não rompe !!!).
O sistema operacional é um Windows mitigado.
O programa de coleta de votos e apuração tem 2 milhões e 420 mil linhas de programação, sendo que a inserção de APENAS 2 (duas !) linhazinhas pode ALTERAR O RESULTADO de uma eleição.
Digamos, por exemplo, que o programa seja alterado para que desvie somente 1 voto em branco (ou nulo) por urna, para um determinado candidato, ou legenda partidária. Só no Estado de São Paulo poderiam ser 85 mil votos "remanejados". Se os votos brancos e nulos forem 10%, como indicam séries históricas, seriam cerca de 16 milhões de votos nessa condição. Se o programa "quiser" apropriar-se de 10% dos votos brancos e nulos (e ninguém vai perceber isso, porque eles cairiam para 9%, dentro da margem de erro estatístico), então "apareceriam" 1 milhão e 100 mil votos para alguém, ou para algum partido.
Dá para eleger uns 20 deputados, com esse mar de votos. Quando a urna é ligada, o juiz eleitoral inocula nela o programa devotação, e a urna imprime uma lista, chamada de "zerésima". Essa lista indica que não há voto algum na urna. Ou, pelo nome, que existe 'zero' votos nela. Mas esse disquete pode conter o programa adulterado, que vai rodar durante o período do pleito. Desligada a urna, os votos são gravados no disco rígido dela, mas o programa APAGA-SE da memória. Ele só funcionou enquanto a máquina estava ligada. Pode, o programa, também auto-apagar as trilhas criminosas em um determinado horário. Por exemplo, dá-se um comando: "às 17:00h, delete linha 320", ou algo semelhante. A linha será apagada naquele horário (por exemplo, 1 minuto antes de terminar o período de votação), e não deixará pistas.
O grupo de discussão do voto seguro sugeriu que houvesse uma impressora acoplada a cada urna eletrônica. O eleitor digitaria o seu voto, que sairiaem uma fita na impressora. Conferindo se seria aquele mesmo, então o eleitor confirmaria na urna, e o voto impresso iria para uma urna de lona, para possível conferência, ou auditoria. O grupo sugeriu que 2% das urnas fossem auditadas. O TSE, a princípio, concordou, a lei eleitoral foi alterada para que os equipamentos tivessem esse acessório, e algumas urnas eletrônicas foram equipadas com esse tipo de impressora. Mas Nelson Jobim (porque sempre êle, hein?)acabou com a auditoria, alterando, novamente, a lei eleitoral, para remover as impressoras das urnas eletrônicas.
A "justificativa", ou desculpa, era contenção de custos dos equipamentos. Mas as urnas têm uma impressora, para emitir a "zerésima", de maneira que não se justifica a afirmativa de Jobim, 'o Inefável'.
Há uma curiosa constante em andamento: ninguém que conheça votará em Lula, nem conhece alguém que sequer conheça quem votaria em Lula...
Onde, então, os cidadãos reais que - segundo 'pesquisas' - tencionam dar a ”NoveDedos” 51% dos votos disponíveis? Inconsistência?
A única forma de garantir a honestidade das urnas é o acoplamento de uma impressora, que, aliás, já existe no aparelho mas que, por proibição de Nelson Jobim não deverá ser usada para imprimir votos. Você entendeu?
Jobim anulou a única maneira de garantir resultados honestos.
Por que?
Não haveria custos porque a impressora já está na máquina.
Se os resultados a favor da quadrilha podem ser garantidos por manipulação das urnas, por que não ir preparando os otários(todos nós) com pesquisas também manipuladas?
E se a vitória já tá garantida, por que se preocupar?
Começa a fazer sentido o descaramento com que se comportam?
Explica-se a confiança exuberante manifesta pelos comuno-petistas, não obstante a farta publicidade dada à sua canalhice?
Ou a alegria cínica que exibem, não obstante a geral repugnância que inspiram?
Vc também não acha uma desgraça que já não existam testículos sob o verde-oliva?
Que a mídia se mantenha quietinha, quietinha...?
Portanto, desligadas as urnas, o programa eleitoral, que é "volátil"(desligada a máquina, ele se apaga da memória) não mais serve para coisa alguma. Os votos gravados na memória serão aqueles que o programa (esse mesmo, que pode "afanar" votos) mandou gravar.
Assim, o que vai para o TSE(ou TRE) são os votos em disquete, tirados da memória volátil da máquina, e que serão os mesmos do disco rígido. Se foram "afanados", afanados ficarão.
Não dá para recontar, ou auditar, ou verificar, porque o 'programa eleitoral'(não o gratuito, da TV, mas o da urna) não funciona mais. Foi desligado.
Se houvesse o voto impresso, poder-se-ia fazer recontagem por amostragem, e a fraude, se existente, apareceria.
Os partidos políticos têm direito a verificar os programas das urnas eletrônicas, e o TSE marca, em todo pleito, uma sessão de conferência.
Assim, os partidos políticos, SEM equipamento algum, nem compilador (é um programa de checagem) de espécie alguma (que são proibidos pelo TSE), têm uma tarde inteira (veja só !) para verificar ... 2 milhões e 420 mil linhasde programação.
Ou seja: NÃO VERIFICAM coisa alguma, porque é ABSOLUTAMENTE INVIÁVEL, impossível !
Há alguns casos de fraudes detectadas, e o site do voto seguro(http://www.votoseguro.org) mostra para quem o visitar.
Para se ter uma idéia da possibilidade de fraude, Mário Covas foi ao segundo turno com Paulo Maluf, na eleição para governador, superando Martha Suplicy, que sempre esteve na frente dele nas pesquisas, por meros 78 mil votos. São Paulo tinha, naquela eleição, cerca de 85 mil urnas eletrônicas funcionando.
Não se está afirmando que houve fraude, mas isso não significa que deva ser descartado de plano.
Se houvesse o desvio de 1 voto por urna, naquela ocasião, seria o suficiente para tirar Martha do segundo turno, subindo o terceiro classificado.
Em uma campanha apertada, onde 2% de votos fazem a diferença (como em Santos, para prefeito em 2004, onde o atual prefeito venceu o PT por diferença de 1,8% .), e essa margem é a mesma da precisão estatística, as urnas podem mudar o panorama da eleição sem que ninguém perceba.
No Rio Grande do Sul, na última eleição para governador, Germano Rigotto estava em 5º lugar, com 20 dias para o pleito. Sagrou-se vencedor. Não se diga que houve fraude , mas a urna seria capaz de desviar votos para isso, sem sombra de dúvida.
Em Santana do Parnaíba, teve um candidato que votou com mais 6 parentes(inclusive a filha, a mãe e a mulher) na mesma sessão eleitoral.
Não teve voto algum.
Nem o seu !
Nem o de sua mãe !
O da mulher poderia não ter sido dado a ele, sabe como é !
Peça recontagem, e o TRE vai gravar novo disquete, do disco rígido da urna.
O resultado vai ser o mesmo, é óbvio !
Isso SE o tribunal deferir o (inútil) pedido de recontagem !Além de improvável deferimento, CASO aconteça, será totalmente inútil, pelos motivos expostos. Então, não há como se recontar os votos. Nem auditar as urnas. Nem verificar fraudes. Bush foi eleito, na primeira vez, com 1% de diferença, e nos Estados Unidos qualquer eleição com diferenças menores do que 2,5% (intervalo de precisão estatística) são, OBRIGATORIAMENTE, recontados, auditados.
É claro que no caso da primeira eleição do Bush tudo foi esquecido com o "atentado" de
11/09.
No nosso caso, NÃO É POSSÍVEL fazer qualquer tipo de auditoria.
Talvez porque aqui não haja roubo de votos, como naqueles locais atrasados do hemisfério norte, né?
Espero ter ajudado.

Ah, sim, uma última perguntinha: vc já tem passaporte?

6 Comments:

Blogger Unknown said...

Alexandre,

Vou passar seu post por e-mail, mesmo sabendo que de nada adianta, porque tenho recebido centenas de e-mails com esse tema, todos já sabem que estamos sendo roubados em todas as frentes, mas juízes, os outros partidos, as forças armadas, se venderão ao demônio e parecem estar contentes com isso.

Para nós só resta esperar para ver onde vai dar, ou aceitar a sua indicação e irmos para o aeroporto mais próximo.

6:40 PM  
Anonymous Anônimo said...

Isso é muito sério.
Fraudaram as urnas no RJ em 92 quando Brizola concorria a prefeitura.

Estou repassando

Se isso for mesmo possível faremos papel de palhaços indo votar no domingo.

Os números das pesquisas em favor do candidato-presidente é uma espécie de preparação psicossocial para coonestar o futuro resultado das urnas eletrônicas que certamente serão fraudadas pelos "delinqüentes meninos aloprados do Lula".

Por que Nelson Jobim proibiu o acoplamento da impressora dentro da urna, que imprimiria os votos?

A Lei 10.740/03 que torna nossas eleições inauditáveis foi aprovada em 1º de outubro de 2003 na Câmara, na calada da noite, sem qualquer discussão técnica, tal como o TSE recomendou, e foi sancionada minutos depois pelo presidente, que parece estava de plantão, Luiz Inácio Lula da Silva e Márcio Thomaz Bastos.
As urnas da fraude
Brizola

25.09.2003 Há anos venho lutando - e muitas vezes de forma solitária - contra um sistema eleitoral que é absolutamente inconfiável e vulnerável a fraudes. Muitas pessoas, por desinformação - e algimas por interesses escusos - procuram transformar minhas críticas à urna eletrônica numa falsa recusa à modernização e ao uso do computador no processo eleitoral. Tenho enfrentado as maiores resistências do TSE e a oposição obstinada do ministro Nelson Jobim, que vem agindo junto ao Congresso num desbordamento estranho de suas funções, para que se revogue a Lei de autoria do então senador Roberto Requião que obriga a urna eletrônica a imprimir um voto, que o eleitor pode conferir e que é depositado, de forma inviolável, dentro do próprio equipamento para permitir auditar e recontar os resultados, única forma de garantir que não possa haver fraude nos programas que fornecem apenas o total da urna e "desaparecem" com o voto individual.

Pois bem, os inimigos da verdade eleitoral preparam-se para revogar esta garantia. Estranhamente, membros do PT e da base do governo Lula, antes favoráveis, agora tornaram-se adversários do voto de segurança impresso e preparam-se para aprovar um projeto do tucano Eduardo Azeredo, que suprime aquela exigência da lei.

Surgiu, nos últimos dias, um documento impressionante, subscrito por alguns dos maiores especialistas brasileiros em informática, professores titulares das maiores universidades do país. Gente que conhece como ninguém sistemas de informática e sua vulnerabilidade afirmam, perante a nação, que nossas urnas eletrônicas são totalmente inseguras e que, abolida a impressão do voto, estaremos diante do perigo de produzirmos a maior fraude eleitoral de todos os tempos.

Dizem eles: "A nação, anestesiada pela propaganda oficial, lamentavelmente desconhece o perigo que corre. Os meios de comunicação, com honrosas exceções, omitem-se inexplicavelmente como se o assunto não fosse merecedor de nossa preocupação. A finalidade deste alerta é a denúncia da falta de confiabilidade de um sistema eleitoral informatizado que utiliza programas de computador fechados, baseia-se em urnas eletrônicas sem fiscalização do voto, não propicia meios eficazes de fiscalização (...). Surpreende-nos (...) que autoridades respeitáveis da Justiça Eleitoral possam anunciar, com toda a convicção, que o sistema eleitoral informatizado é "100% seguro" (...), externando inverdades em áreas que não dominam, alheias ao seu campo de conhecimento específico. Para o eleitor, a urna é 100% insegura, pois pode ser programada para "eleger" desde vereadores até o próprio Presidente".

A íntegra do manifesto está na Internet (www.brunazo.eng.br/voto-e/alertaprofessores/index.htm). Se a imprensa não quis dar ouvidos ao que venho dizendo há anos, deixar de considerar o que afirmam, com tanta ênfase, os maiores especialistas no assunto no Brasil já não será apenas preconceito e falta de compromisso com a verdade. Será, isto sim, cumplicidade com os que, usando este sistema eletrônico, vierem a fraudar o voto do povo brasileiro.

Leonel Brizola Presidente Nacional do PDT

Texto publicado nos jornais Folha de São Paulo, O Globo, Extra, Correio Braziliense, Zero Hora e Correio do Povo
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Quem pode garantir que os "aloprados" não estejam agindo nesse sentido?
Podemos fazer alguma coisa para impedir?

Abs

8:42 PM  
Blogger Nat said...

Alexandre,

Deveras preocupante este seu texto. Será possível?

Mas o pior: meu passaporte está vencido!!! Just in case, vou renová-lo já!!!

Bjs

9:52 PM  
Blogger Kafé Roceiro said...

Meu irmão,
tudo é possível. É rezar para não acontecer...
abração do Kafé.

11:00 PM  
Blogger Kaka da Motta said...

olha não duvido de mais nada nesta vida, mas por outro lado eles são bem trapalhões esta é minha esperança nada do que façam fica escondido...
ichi num tenho passaporte!!! será que vou precisar?
bjoka

4:11 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olha Alexandre gostei de ver e de ler. Muito esclarecedor este artigo. Fui convocado para trabalhar nas eleições e quando do treinamento na Justiça Eleitoral fiz o questionamento sobre a possibilidade de identificação dos votos, devido a vinculação do número do título, o juiz eleitoral me deu a resposta que está no seu post. Não levei muito a sério. Fazer o quê, as coisas sempre funcionam às escuras nesse nosso país!

Bola pra frente

www.blogdopatrick.blogspot.com

5:03 PM  

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