A ESQUERDA E A DIREITA, O ALTO E O BAIXO, O GORDO E O MAGRO...
Existem as mais variadas opiniões sobre uma tendência que tem se verificado na América latina denominada de “esquerdização”. Sob essa alcunha são reunidos, num mesmo invólucro, regimes totalmente díspares como o chileno, o boliviano, o brasileiro e ainda o venezuelano, porém alguns de seus líderes vestem o manto esquerdista como se encarnassem o mito bolivariano, tão propalado por Chavez. Ocorre que nada têm em comum, exceto algumas tendências populistas no caso do Brasil e da Venezuela, onde Lula e Chavez se afinam na geração de uma população de “dependentes sociais” de seus governos com a implantação de políticas públicas como o “Bolsa-Família” e o “Mercado do Povo”.
Estranhamente buscam um ideal que tem como ícone Guevara, cujo sonho se realizou em Cuba, país que se caracteriza por um regime autoritário; ditatorial até, e portanto totalmente canhestro aos ideais de nossa sociedade que depois de 25 anos de uma ditadura militar, obviamente não fez sua opção por outra, só pelo fato de ser, digamos assim, “de esquerda”.
O “paraíso” cubano não admite opositores ao “regime”, aqueles que ousam tal empreitada são fuzilados, como o são aqueles descontentes ou insatisfeitos que porventura tentem deixar o país-ilha (ou ilha-prisão?).
Por outro lado o caso boliviano em nada se assemelha com o chileno, por exemplo. Evo Morales, um líder de origem indígena como a maioria da população, mistura um comunismo primitivo com velhas teses da esquerda autoritária de Chavez e Fidel. Um mito latino-americano, o líder popular, “raiz da terra”, como se os problemas da Bolívia pudessem ser resolvidos por essa retórica esquerdista. O “Estado” para Morales deve ser o “grande provedor” de bens e serviços para o povo. Uma forma de governo anacrônica e obsoleta derivada da teoria do utilitarismo de J. Bentham, um “mais-Estado”, com a conseqüente precarização do trabalho assalariado como forma de inclusão social. Já com Michelle Bachelet, no Chile, observa-se uma tendência para um liberalismo econômico, mais adequado a teoria de Locke ou “neoliberal”, como preferem nominar os integrantes do MST.
Acontece que o Chile, há alguns anos, vem crescendo a taxas de 6% enquanto os demais países ditos “de esquerda”, mas populistas, derrapam nas falas enganosas e eleitoreiras de seus governantes e vêm nesta última década enganando seu povo e obtendo taxas de crescimento pífias, quando não negativas.
O regime chileno seria uma liberal-democracia, de cunho socialista pelos matizes sociais que expõe, mas essencialmente um liberalismo de mercado, que permite a livre iniciativa e o crescimento da produção. Bastante parecido portanto com o modelo francês, apenas para citar um exemplo europeu de regime esquerdista que deu certo. No Brasil, para fazermos uma comparação, assemelhar-se-ia a uma aliança entre o PSDB e o PFL.
Na Venezuela, por exemplo, nem pensar em livre iniciativa, lucro e crescimento da produção, pois aqueles empresários que assim agirem tornam-se, por lei, “inimigos do povo” tendo seus bens e empresas confiscados pelo governo.
Morales ainda não teve tempo de agir assim, mas já demonstra sua “visão de governo” quando encampa empresas estrangeiras que exploram riquezas minerais em solo boliviano.
Assim sendo não devemos legar à vala-comum o chamado “processo de esquerdização” da América latina, pois nuanças e divergências existem entre cada país e cada governante.
Aliás, como já declarei anteriormente, não me apego a estas expressões dicotômicas para adjetivar governos, tão somente pelo “ranço” que elas contém.
Mas, forçoso dizê-lo, tudo neste mundo tem, pelo menos, dois lados: a direita e a esquerda; o alto e o baixo; o dia e a noite; o gordo e o magro; a mentira e a verdade...
Estranhamente buscam um ideal que tem como ícone Guevara, cujo sonho se realizou em Cuba, país que se caracteriza por um regime autoritário; ditatorial até, e portanto totalmente canhestro aos ideais de nossa sociedade que depois de 25 anos de uma ditadura militar, obviamente não fez sua opção por outra, só pelo fato de ser, digamos assim, “de esquerda”.
O “paraíso” cubano não admite opositores ao “regime”, aqueles que ousam tal empreitada são fuzilados, como o são aqueles descontentes ou insatisfeitos que porventura tentem deixar o país-ilha (ou ilha-prisão?).
Por outro lado o caso boliviano em nada se assemelha com o chileno, por exemplo. Evo Morales, um líder de origem indígena como a maioria da população, mistura um comunismo primitivo com velhas teses da esquerda autoritária de Chavez e Fidel. Um mito latino-americano, o líder popular, “raiz da terra”, como se os problemas da Bolívia pudessem ser resolvidos por essa retórica esquerdista. O “Estado” para Morales deve ser o “grande provedor” de bens e serviços para o povo. Uma forma de governo anacrônica e obsoleta derivada da teoria do utilitarismo de J. Bentham, um “mais-Estado”, com a conseqüente precarização do trabalho assalariado como forma de inclusão social. Já com Michelle Bachelet, no Chile, observa-se uma tendência para um liberalismo econômico, mais adequado a teoria de Locke ou “neoliberal”, como preferem nominar os integrantes do MST.
Acontece que o Chile, há alguns anos, vem crescendo a taxas de 6% enquanto os demais países ditos “de esquerda”, mas populistas, derrapam nas falas enganosas e eleitoreiras de seus governantes e vêm nesta última década enganando seu povo e obtendo taxas de crescimento pífias, quando não negativas.
O regime chileno seria uma liberal-democracia, de cunho socialista pelos matizes sociais que expõe, mas essencialmente um liberalismo de mercado, que permite a livre iniciativa e o crescimento da produção. Bastante parecido portanto com o modelo francês, apenas para citar um exemplo europeu de regime esquerdista que deu certo. No Brasil, para fazermos uma comparação, assemelhar-se-ia a uma aliança entre o PSDB e o PFL.
Na Venezuela, por exemplo, nem pensar em livre iniciativa, lucro e crescimento da produção, pois aqueles empresários que assim agirem tornam-se, por lei, “inimigos do povo” tendo seus bens e empresas confiscados pelo governo.
Morales ainda não teve tempo de agir assim, mas já demonstra sua “visão de governo” quando encampa empresas estrangeiras que exploram riquezas minerais em solo boliviano.
Assim sendo não devemos legar à vala-comum o chamado “processo de esquerdização” da América latina, pois nuanças e divergências existem entre cada país e cada governante.
Aliás, como já declarei anteriormente, não me apego a estas expressões dicotômicas para adjetivar governos, tão somente pelo “ranço” que elas contém.
Mas, forçoso dizê-lo, tudo neste mundo tem, pelo menos, dois lados: a direita e a esquerda; o alto e o baixo; o dia e a noite; o gordo e o magro; a mentira e a verdade...
6 Comments:
Alexandre,
Desculpe discordar, mas, à excessão do Chile, coloco sim todos na mesma vala-comum. Mesmo que alguns não sejam governos claramente de esquerda (como é o caso de Lulinha travestido de neoliberal), todos "vendem-se" como de esquerda, abusam do populismo e admiram o gran comandante (não teria tanta certeza sobre Kushner neste quesito, pois creio que admira apenas a si mesmo).
Também não gosto das tais expressões dicotômicas, mas há mais semelhanças que diferenças nos apedeutas in chief que governam a AL...
Grande abraço!
Alexandre, és o pensador de todos nós.
Eu fiz uma singela homenagem aos ex-petistas, e uma mau cheirosa constatação lá no meu blog.
Alexandre
Seu texto é irrepreensível. Oportuno e pedagógico, até.
O regime de Cuba, tão admirado pelas esquerdas sul americanas, só teria o meu apreço se eu visse norte americanos, mexicanos e até brasileiros do norte, improvisando balsas na tentativa de fugir pra ilha prisão.
parabéns
e abraços
Sobre seu comentário lá em casa; Vc tem razão. É a soma de todos os medos. e não a sombra. O pior é que eu sei. Nem imagino por que saiu a sombra.
Sobre seu post: Em termos gerais a principal ameaça da esquerad na latino américa é com Lopes Obrador no México por ser uma país perto dos EUA e que uma experiênia canhota deixaria o continente em estado de desequilíbrio pois não se imagina como os Americanos vão reagir. Um abraço
Alexandre, creio que a insistência desses governantes no esquerdismo prova que são ou inconsequentes ou desleais com seu povo. Sabem bem que não funciona e nem funcionará, no mundo atual, que não irão fazer nada daquilo que pregam, porém sempre usam a mesma bandeira do assistencialismo travestido de esmola (como aqui) para chegar ao poder e nele se manter, enquanto der, levando os respectivos países ao desastre, ou como acontecia aqui, à ditadura.
São criminosos.
Beijos
Caro Alexandre,
A dicotomia é natural, caro amigo. As folhas das árvores crescem numa dicotomia mais antiga que o nascimento do primeiro homem, e os homens apenas seguem os ditames da "mãe Natureza".
Certas "leis" não serão revogadas, nem mesmo os deputados mais hábeis as revogarão, movidos sempre por corrupção não alcaçarão meios de revogá-las. A dicotomia é uma delas a gravitação universal é outra.
Apenas podemos constatar que elas existem. rsrs
"Alguns" podem achar essas leis inconvenientes, mas elas estão aí.
Postar um comentário
<< Home