29 setembro 2007

A ERA DO CONHECIMENTO




"(...) No fundo, somos todos aprendizes. Não é preciso ensinar uma criança a aprender. Elas são intrinsecamente curiosas, excelentes aprendizes, que aprendem a andar, falar e viver por conta própria. (...) Aprender não só faz parte da natureza humana (...) - nós adoramos aprender. (..)"
Peter Senge





Estamos vivendo um momento de transição e de profundas mudanças e transformações que operam a mais radical das revoluções já experimentadas. O ambiente e as formas das organizações vêm sendo completamente modificados em decorrência da transformação e das mudanças tecnológicas e demográficas ocorridas nos últimos anos.
Com o crescimento da “sociedade do conhecimento” novas formas de pensar e tendências significativamente diferentes daqueles valores emergentes da época da 1ª Revolução Industrial estão surgindo, pois as máquinas que antes apenas substituíam a força física, agora competem com a capacidade mental do ser humano, ou seja, o modo de produção de bens vem sendo substituído pelo modo de produção do conhecimento.


Na busca pela resposta, torna-se claro que os princípios de administração das primeiras “horas” do século XX, representados pela 2ª Revolução Industrial, já não são mais adequados aos novos paradigmas da “Nova Era”.

O real desafio das organizações não é identificar a mudança à qual se adaptar, e sim avaliar corretamente o escopo dessas mudanças para que possam também planejar, pois afinal de contas, as organizações além de serem produtos do meio em que existem, também são suscetíveis de mudanças decorrentes da dinâmica social.

O produto do futuro é portanto, a informação, e o elemento fundamental do trabalho é o caminho para seu correto emprego. Para utilizar esse produto é preciso que as pessoas saibam pensar e discernir os fatos sociais e compreendê-los sistemicamente. São necessárias organizações que trabalhem com inteligência e estejam comprometidas com o aprendizado preconizado por Peter Senge, seja individual ou organizacional, uma vez que o sucesso estratégico dependerá do uso inteligente da informação e na exploração efetiva das possibilidades inerentes a espectral era da informação.


Um exemplo claro disso estamos experimentando neste momento, quando buscamos informação e conhecimento pelo lócus mais visível da Era da Informação – a Internet.


Assim temos que na política, a monopolização dos espaços deixada pelas forças de pensamento liberais e conservadoras foi ocupada pelas forças ditas "sociais", defensoras da servidão coletivista, do autoritarismo e do estatismo paquidérmico.

A esquerda jamais abandonou a luta ideológica através dos instrumentos tradicionais da política. Ao contrário dos conservadores, a esquerda passou a combinar o uso desses instrumentos tradicionais com os modernos meios de mediação simbólica.


Dessa forma, a comunicação interpessoal desenvolvida de forma organizada, sistemática e orientada por direções políticas encasteladas em partidos, sindicatos, ONGs, escolas, igrejas e redações de imprensa, difundindo discurso ideológico de forma explícita ou subliminar por todo o tecido social, amealhou-se ao uso inteligente e bem articulado da mídia eletrônica e das pesquisas de opinião, para produzir ferramentas poderosas de luta política a serviço de idéias anacrônicas, retrógradas e ameaçadoras para o futuro da liberdade e dos direitos individuais em sociedades como a brasileira, por exemplo; na qual o pt se converteu num dos mais bem sucedidos projetos de poder da esquerda mundial após a falência do socialismo soviético.



Entretanto a sua desastrada execução de “projeto de poder” levou aquilo que alguns cientistas políticos intitulam “a segunda queda do Muro”, numa alusão à derrocada do modelo comunista de Berlim Oriental.
Assim temos que nos valer de Peter Senge, e enxergarmos que já deixamos lá atrás a 1ª Revolução Industrial (do carvão e da máquina a vapor), já ultrapassamos também a 2ª Revolução Industrial (do petróleo e do aço) e alcançamos a 3ª Revolução (da sociedade da informação e da Internet) e, como ele mesmo o disse:

"A verdadeira aprendizagem chega ao coração do que significa ser humano. Através da aprendizagem, nos recriamos. Através da aprendizagem tornamo-nos capazes de fazer algo que nunca fomos capazes de fazer. Através da aprendizagem percebemos novamente o mundo e nossa relação com ele. Através da aprendizagem ampliamos nossa capacidade de criar, de fazer parte do processo gerativo da vida. Existe dentro de nós uma intensa sede para este tipo de aprendizagem. É, nas palavras de Bill O'Brien, da Hanover Insurance, 'tão fundamental para o ser humano quanto o desejo sexual'."

Senge, Peter em “A Quinta Disciplina” (Best Seller, 10a. edição, págs. 38 e 47)





Ao estacionarmos diante deste portal, o da Era do Conhecimento, empacados feito muares, estamos nos condenando ao atraso e ao subdesenvolvimento, por muitas gerações porvir.