29 abril 2006

UM "NOVO" CONCEITO DE DEMOCRACIA

SP: petistas expulsam a socos militantes do PSDB


Sindicalistas do ABC paulista e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) expulsaram com socos, tapas e chutes, cerca de 20 militantes do PSDB que tentavam protestar contra o governo petista, nesta sexta-feira, perto do depósito das Casas Bahia, inaugurado por Lula, em São Bernardo do Campo (SP), informa o jornal Folha de S.Paulo.
Os tucanos distribuíram folhetos e colocaram cartazes contrários ao PT em postes de iluminação próximos ao depósito. O confronto ocorreu quando os militantes petistas viram os cartazes. Eles desceram de um ônibus, arrancaram os cartazes e rasgaram os panfletos.
Policiais militares foram chamados para conter os ânimos. Alguns tucanos foram escoltados, diz a Folha. O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), um dos organizadores do protesto, disse que dois manifestantes de seu partido ficaram feridos levemente.



Redação Terra




Impressionante o apoio à “liberdade de expressão”, na ótica enviesada dos petistas.
Seria esta a “democracia” que nos reservaria um segundo mandato do PT?
Mais do que isso só o “excesso de democracia” da Venezuela.

27 abril 2006

O DIA QUE O SARGENTO GARCIA PRENDEU O ZORRO

A ascensão do operário ao poder seria a concretização do maior sonho dos oprimidos, “vítimas eternas” das elites conservadoras e reacionárias.

Finalmente um cidadão comum, “gente como a gente” chegava “lá”, o fenômeno da transferência freudiana estava evidente naquele momento – Lula lá, é o mesmo que eu lá – acreditara a massa liberta dos “grilhões” do coronelismo retrógrado e escravizante.

Eram os defensores da dignidade seduzindo os bons brasileiros na refrega que mantinham com os degenerados da pátria. E como isso rendeu votos de reboque para o Parlamento, assim como nos estados e municípios. A bancada petista no Congresso cresceu de forma geométrica nos últimos doze anos.

Formou-se a "consciência da dicotomia": o certo e o errado, o bem e o mal, o moral e o imoral, o PT e o resto.

Como afirmou Dom Hélio Adelar Rubert – Bispo Diocesano de Santa Maria-RS:


“...(Eu)Emitia opiniões num tempo em que não ser petista já constituía pecado grave e combater o PT era caso de excomunhão. Enfrentava apenas idéias, mas me tornei objeto da velha tática stalinista da difamação e das agressões pessoais. A carteirinha do PT era o oitavo e o mais efetivo dos sacramentos e negar que assim fosse constituía insuportável sacrilégio.”


Com a eleição de Lula esperava-se pelas “rigorosas investigações” que não mais dependiam de CPIs, as quais sempre acusaram de serem “abafadas” ou terem “engavetados” seus requerimentos, tipo privatizações, “teles”, “Vale”, “pasta rosa”.

O PT naquele momento detinha o comando de todos os organismos institucionais necessários e suficientes para fazer a mais completa varredura do entulho sórdido que, à torto e a direito, imputava aos seus adversários quando na oposição: Ministério da Justiça , ABIN, Polícia Federal, Corregedoria Geral da União, Banco Central, Ministério da Fazenda, mas ao contrário, e "estranhamente", jogava mais sujeira prá debaixo do tapete .

Chegara a hora de o Zorro trancafiar o sargento Garcia para o resto da vida. E então? O que se viu?
Nada!
A principal evidência de que todas as bravatas eram pura balela foi dada quando se montou um tal “gabinete de transição”, entre outubro e dezembro de 2002.

Ali já se mostrou evidente que nada antes denunciado de forma tão raivosa seria doravante esclarecido. A seguir outra “pista” foi dada em fevereiro de 2005, quando Lula, “viajando na maionese”, confessou ter mandado calar a boca um “alto companheiro” que lhe falou de irregularidades ocorridas no BNDES durante a gestão anterior.
Quem se lembra?
Pois é. Ficou tudo por isso mesmo, como se fora um discurso feito em mesa de bar, entre cervejas, pinga e tira-gostos, jogando lama de modo irresponsável sobre a honra alheia e com toda a prosopopéia dos descompromissados e inconseqüentes, que não vieram para explicar, apenas para confundir (aproveitando um bordão do saudoso Abelardo Barbosa – o Chacrinha).

Por outro lado, no exercício do governo, o PT acumulou tal soma de delitos que o Procurador Geral da República identificou a existência de verdadeira “organização criminosa”, tal e qual a MÁFIA, para qual deu a denominação formal de quadrilha, segundo o Código Penal em vigor.

Ainda assim, as lideranças petistas continuaram a desfilar a velha arrogância, pretendendo fazer parecer que a oposição, ao recolher fragmentos de informações que o presidente tem ou deveria ter inteiras sobre a mesa, produz tempestade em copo d'água. Falam como se nos defrontássemos com trivialidades, sem sentido maior, sob o comando autista de um presidente que nada sabe, ainda que, por dever de ofício, esteja rodeado de informantes e que quando informado, como um “marido traído”, ou como ele mesmo adjetivou – um “esfaqueado pelas costas” - reúne os “pecadores” e messiânicamente os “perdoa”.

Entretanto o que se percebe quando parcela significativa da sociedade, mesmo diante de tais evidências e relativamente esclarecida sobre fatos como “mensalão”, “caixa 2”, “recursos não contabilizados”, “dólares na cueca”, “malas de dinheiro viajando”, “caixas de rum e uísque com dólares de Cuba”, “cartões corporativos”, “quebra de sigilo” e se mostra convencida de que é assim mesmo, ou que este é o paradigma da “nova ordem social”, resulta evidente que definitivamente não existe, nunca existiu e jamais existirá um “salvador da pátria”, pois de forma eficaz, eficiente e efetiva, o Sargento Garcia prendeu o Zorro.

24 abril 2006

VELHOS, ANACRÔNICOS OU OBSOLETOS?




Toda sociedade evolui e se transforma.

Isto tanto é verdade quanto uma equação matemática.

No início da civilização, durante a formação dos primeiros agrupamentos humanos, nos sistemas sociais tribais dos primórdios da civilização, o homem sempre buscou um ordenamento jurídico para a convivência comum. Aqueles indivíduos que violavam as regras do grupo eram banidos.

Esses renegados, condenados a perambular pelo mundo, sem identidade familiar, sem tribo, mas ainda seres sociais, não raro encontravam-se e associavam-se, o Homem é gregário.

Suas vicissitudes os aproximavam, ao mesmo tempo os embruteciam. Revolta, indignação e vingança são sentimentos que os unem e os organizam – constituem verdadeiros “exércitos de rejeitados sociais”.

Antigas lendas dão conta das invasões de aldeias pelas hordas constituídas pelos filhos renegados, que ao voltarem praticavam o parricídio, o rapto e o estupro e, na ausência do ordenamento jurídico, imperava a lei do mais forte, a dominação pela força física, pela brutalidade, a submissão dos mais fracos, a escravização, enfim, o império da barbárie.

Toda a História nos apresenta, sobejamente, exemplos de dominação e subversão – revoltas, guerras, conflitos sociais, golpes de estado, tudo a reboque da dominação histórica do homem pelo homem.

O que se vê hoje no Brasil é um golpe de estado bem mais desonesto e, pior, totalmente descompromissado de qualquer perspectiva de reconstrução institucional, é um golpe predatório e inconsequente, cujo fim está em si mesmo – a perpetuação do poder – como uma profecia auto-realizável.

Ele tenta se escudar na blindagem da bandalheira, e pretende tornar inimputáveis pelos seus atos, mesmo em traição ao juramento Constitucional, os ocupantes das mais elevadas funções do Estado. E, na esteira dessa impunidade, oferece em perspectiva, como se fora uma fatalidade promíscua, a sagração do absurdo e a garantia da corrupção no paradigma de uma governança factóide.

O maior risco hoje no Brasil, é a dificuldade crescente de distinguir-se o bom senso daquilo que lhe é absolutamente incompatível. Risco que aumenta e se radicaliza pela dificuldade de identificar-se, de baixo até em cima, dentre os cidadãos e a classe dirigente, em que ponto se encontram no ‘continuum’ que vai da lucidez à insanidade, do erro pelo apedeutismo ao cinismo pela amoralidade. É sabido que, nestes últimos extremos, se conjuga o legado mais trágico da história ainda recente:


“O súdito ideal do governo totalitário é aquele para quem já não exista diferença entre o fato e a ficção (isto é, a realidade da experiência) e a diferença entre o verdadeiro e o falso (isto é, os critérios do pensamento).” [ARENDT, Hannah - Origens do Totalitarismo. São Paulo, Companhia das Letras, 3ª ed., 1998]



Senão vejamos o artigo escrito por Dom Hélio Adelar Rubert – Bispo Diocesano de Santa Maria-RS:



"A Grande Semana Santa
Muitos artigos escrevi e muitas palestras fiz ao longo dos últimos quinze anos combatendo certas frentes: as ideologias utópicas, a influência marxista na Igreja através da tal Teologia da Libertação, o apoio de muitos bispos e padres aos métodos revolucionários do MST e ao próprio PT, e as estratégias de ação desse partido.

Reconheço que fui um chato de galocha, cumprindo, não sem padecimento pessoal, o papel missionário que a consciência política e a formação católica me impunham. Emitia opiniões num tempo em que não ser petista já constituía pecado grave e combater o PT era caso de excomunhão. Enfrentava apenas idéias, mas me tornei objeto da velha tática stalinista da difamação e das agressões pessoais. A carteirinha do PT era o oitavo e o mais efetivo dos sacramentos e negar que assim fosse constituía insuportável sacrilégio.
O Partido dos Trabalhadores se exibia como estuário de toda virtude nacional. No leque ideológico, só havia pecado a leste do PT, que cumpria, com furores de Torquemada, o papel de grande inquisidor das heresias políticas desalinhadas da beata esquerda tupiniquim.
E eu, do alto de minhas surradas tamancas, ousava dizer que não era bem assim.
Para zilhões de brasileiros, o PT e seus correlatos eram tudo. Encarnavam a decência, a inteligência acadêmica e a consequente solução para todos os problemas. Eram a locomotiva capaz de levar a classe operária ao paraíso. Havia invasões, atos criminosos, quebra-quebras. Distribuíam-se, a esmo, injúrias e difamações. Mas a moral revolucionária, para ser salvadora, não pode dar bola a pequenos valores burgueses do Estado de Direito. Ali estava, por fim, o partido da sociedade de massa, do Brasil urbano, opondo-se às práticas rasteiras e corruptas das elites rurais que costumeiramente cabresteavam, com pequenos favores, o miserável eleitorado dos grotões.
De tudo isso eu me lembro.

E agora, olho para as pesquisas de opinião e vejo que é exatamente ali, nos grotões, à custa de farta distribuição de donativos, “bolsas”, vales e sacolões que Lula se entrincheira para o pleito de outubro.
A força da gravidade, inclemente, traz para baixo tudo que foi cuspido para o alto. A decência não resistiu ao menor contato com o pragmatismo. A inteligência não pariu um único projeto para o Brasil
.


Impôs-se o império da mentira.

Operário não viaja nem como pingente no vagão para o paraíso, que trafega lotado de banqueiros. E quem viver, verá: o sucesso petista na eleição presidencial depende do mais subalterno, desinformado e corruptível dos eleitores – aquele que pode ser comprado com favores oficiais. "

Publicação: A Razão / Segunda-feira, 10 de abril de 2006.
(grifo nosso)





Nós estamos hoje à beira desse abismo. O atual estágio da crise político-institucional sinaliza para a aproximação de um ponto de não-retorno, em que a insanidade domina a consciência histórica e a irracionalidade tende a prevalecer. Será esta a nova sociedade brasileira, transformada pelo “lullismo”?

É importante prevenir-se, pois, como esse desfecho se costura nos equívocos e nas lacunas de um enorme desconjunto de intenções e decisões, flagrantemente malévolas, às vezes sob o manto ingênuo do “assistencialismo” ou simplesmente, e cinicamente, a justificar os meios pelo fim, tecendo a rede da sua inexorabilidade.

Talvez assim, pela análise mais atenta de uns, pelo comportamento mais conseqüente de outros, enfim, pelo envolvimento mais cidadão de todos nós que participamos desse cotidiano e sofremos as suas conseqüências, seja ainda possível romper a blindagem da bandalheira, chamar a mentira pelo seu próprio nome, caixa 2 de crime e não de “recursos não contabilizados”, “mensalão” não é um “pequeno erro” mas corrupção mesmo, peculato, concussão, improbidade administrativa, responsabilidade, tráfico de influências, lavagem de dinheiro, criminosos não podem ser “perdoados”, não só porque não pecaram apenas, mas cometeram crimes, mas principalmente porque quem perdoa é DEUS, assim mesmo diante de um arrependimento fervoroso, o que parece não ser o caso, além do que a Divindade não está aqui na Terra, tampouco no Brasil e muito menos em Brasília.

Em suma, eles têm que ser presos mesmo. Se não agirmos assim não se deterá a fatalidade da catástrofe, o caos social.

Caso contrário, a prevalecer o oposto, resta-nos perguntar a nós mesmos: estamos velhos, anacrônicos ou obsoletos?

Se estivermos, corremos o risco de sermos descartados.

23 abril 2006

A PRODUÇÃO DA VERDADE NO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO



Diante de tantos crimes, aquilo que se tornou comum no país, ao invés de exceção, transformou-se em regra, praticados por todos os segmentos da sociedade – do maior dignitário ao pé-de-chinelo, da caneta ao fuzil, dos gabinetes ao campo, do colarinho branco a foice – oportuno se faz esclarecer como se processa este que deveria ser o excepcional, o eventual, o casual, enfim a exceção e nunca o cotidiano, o contumaz, o renitente, ou a regra – O CRIME - este sim, a aberração, mas ao contrário, a honestidade é que espanta e sobressai. O probo é a “raça ameaçada de extinção”, enquanto o aldravão é seu “predador”.

No Brasil, as formas de produção da verdade (ainda) previstas no Código de Processo Penal são:

  • o inquérito policial

  • o processo judicial

  • o tribunal do júri


A Lei 9099/95 introduz os Juizados Especiais Criminais no processo penal brasileiro, como mais uma forma de produção da verdade.
Cada um possui estilos próprios e distintos.
No inquérito policial, de natureza inquisitorial, sem contraditório, a produção da verdade surge de um procedimento onde o Estado, representado por um Delegado de Polícia, tem o poder de reunir provas, inquirir testemunhas e buscar elementos de convicção que venham a apontar um acusado. Este, quando identificado, é inquirido sem contradita, valendo-se a autoridade policial de métodos formais e informais para obtenção da verdade, a qual neste caso assume a figura de CONFISSÃO, pois o pressuposto é o da “não inocência” do acusado. É direito deste acusado calar-se nesta fase processual, assim como também o é ser assistido por advogado, entretanto esta prática – “reservar-se a prestar declarações em juízo” – via de regra é consagrada como pré-confissão pois o pressuposto da inocência já não o abrange. Dessa forma este modelo de produção da verdade – o inquérito policial – muito se assemelha à inquirição-devassa do direito português e da inquisitio do direito canônico, dando margem a práticas desviadas como a tortura – verbal ou física – e as barganhas e negociações para obtenção de uma verdade.

Note-se que no Brasil, ao contrário do sistema anglo-saxão onde se adota o princípio do exame, não se admite a negociação na produção da verdade. Essas práticas, comuns no curso dos inquéritos policiais, não raro influenciam nos seus resultados.

No processo judicial, iniciado a partir do oferecimento da denúncia por um promotor, o réu é interrogado pelo juiz singular, de forma inquisitorial pois as perguntas são formuladas diretamente por este e as respostas são dadas apenas pelo réu, ficando a defesa e a promotoria relegados a condição de assistentes dessa fase processual, formulam questões após a inquirição do juiz e não podem intervir durante aquela fase. Como o inquérito policial foi juntado aos autos do processo, o pressuposto é que o juiz já formula questionamentos com base naquela peça informativa – eivada de práticas enviesadas e canhestras, já vistas anteriormente – que podem levar a respostas contraditórias ou ao silêncio do réu. Nesse ponto há que se considerar duas hipóteses:

a. o réu contradiz seu depoimento prestado à polícia o que poderá gerar subsídios tanto para o promotor quanto para o defensor. No Brasil ninguém é obrigado a incriminar-se, sendo portanto permitido ao réu mentir pois não cometerá perjúrio;
b. o réu opta pelo silêncio e neste caso o conjunto das demais provas dos autos – materiais e testemunhais – falarão por ele, tanto para condená-lo e nem tanto para absolvê-lo pois o princípio da inocência presumida, consagrado na Constituição de 1988, é desprezado pela advertência do juiz quando adverte: “seu silêncio poderá resultar em prejuízo de sua própria defesa”.

Ou seja, não é o Estado que tem de provar a culpa do réu, mas este é que tem de provar sua inocência.
Assim vemos como uma forma de produção da verdade no Brasil – o inquérito policial – pode influenciar o resultado de outra – o processo judicial.

Além disso, ainda no processo judicial, temos três inserções que merecem discussão, por sua paradoxal aparência:

  • a prisão especial – reservada a determinadas “pessoas”, e não a “indivíduos”, que podem se valer do favorecimento para a produção de provas de defesa em detrimento daqueles relegados à “vala comum” – os “indivíduos” ;

  • a competência por prerrogativa de função – inerente a autoridades governamentais, remetendo o processo ao Supremo Tribunal Federal ;

  • a imunidade parlamentar – própria aos membros do poder legislativo, requer concessão deste colegiado para se mover ação penal contra um de seus membros.



Vale dizer que a lei, e neste caso nos referimos a princípios contidos na própria Constituição, ao mesmo tempo em que pregam a igualdade de todos os cidadãos, promovem a desigualdade no tratamento de algumas “personalidades” – é paradoxal.

Discutiremos agora a forma de produção da verdade prevista no Código de Processo Penal brasileiro através do Tribunal do Júri.

Seu estilo, peculiaríssimo, difere do juízo singular no aspecto da formulação da culpa, a qual, neste, não cabe ao juiz mas sim a um corpo de jurados, cabendo ao primeiro, após condenação do réu, estipular a pena. É o tribunal próprio para os crimes dolosos contra a vida.

O réu do Tribunal do Júri é presumivelmente culpado, posto que foi indiciado num inquérito policial, denunciado por um promotor, processado criminalmente, pronunciado por um juiz singular que o submeteu a competência do júri, lançando seu nome no “rol dos culpados” , cabendo agora a este réu provar sua inocência. A presunção é de culpa e não de inocência pois quem já trilhou essa longa jornada não deve ser “completamente inocente”.

Em segundo lugar o resultado pode ser influenciado pelo próprio formalismo do júri brasileiro, onde os 7 jurados não tem acesso aos autos, deles tomando conhecimento através da leitura de suas peças pelo juiz, e tendo que deliberar em separado conforme suas consciências, sem espaço para comunicação com seus pares, o que pode levar a interpretações equivocadas por inúmeras razões.

O modelo de júri norte-americano, dentre outros aspectos, difere do brasileiro neste detalhe pois os jurados, em número de 12, trocam informações e formulam um consenso, tomam uma decisão única, pela culpa ou inocência do réu. No Brasil cada jurado exprime seu voto, e a decisão final surge da maioria ou da unanimidade.

Por derradeiro, a persuasão oriunda dos debates entre o Promotor de Justiça e o Defensor, realizados de forma teatral e não consignados graficamente, onde o desempenho e o marketing são preponderantes na formulação de uma verdade, a mesma será “comprada” por aqueles incumbidos de julgar o réu. Assim, se o defensor for muito bom – podemos, in casu, associar a qualidade do causídico ao preço de seus honorários – grande chance terá o réu de ser absolvido.

Por outro lado, um “despossuído” que venha a valer-se da Defensoria gratuita, em princípio, terá chance menor de absolvição.

O Tribunal do Júri é a representação moderna do sistema da prova legal, onde quem vence a prova está com a razão e os fatos são irrelevantes, o que valem são sua representação diante de um corpo de jurados, onde aquele que vence a disputatio ( promotor ou advogado ) está com a verdade, ou seja, conquista-a pela disputa.


Finalmente, a produção da verdade no processo penal brasileiro a partir da Lei 9099/95, recai na criação dos Juizados Especiais Criminais sob os princípios da oralidade, simplicidade, informalidade, celeridade, economia processual, conciliação e transação.

Daí decorre a figura do juiz como “interpretador da lei” e não mais, e apenas, como “boca inanimada da lei”.

A maioria dos conflitos é resolvida nas etapas de conciliação ou de transação penal e a pena pode ser transmutada em prestação de serviços comunitários, o que representa, indubitavelmente, um avanço na aplicação da norma penal com o rompimento de paradigmas até então instituídos, haja vista o caráter medieval do encarceramento do indivíduo como forma de punição.

O estado, ao privar a liberdade nas condições do sistema prisional brasileiro, comete a segunda maior violação ao Direito Individual do Ser Humano como “remédio social” – é uma prática no mínimo paradoxal.

Mas a transmutação da pena é a forma mais moderna de punição e o instituto dos Juizados Especiais são o maior avanço no sentido da produção da verdade no sistema judicial brasileiro.

A transmutação da pena é tema para inúmeros debates e teses de doutorado, mas inegavelmente é algo que o quanto antes terá de ser equacionado, haja vista que o encarceramento de criminosos – mormente aqui no Brasil – está se tornando algo inviável, sob diversos ângulos, principalmente o da elevação da demanda, infelizmente.

21 abril 2006

GESTO SUGESTIVO




Tentando imitar um gesto realizado por Getúlio Vargas há 50 anos, o "nosso" Macunaíma Gump lambuzou sua mão esquerda com petróleo na inauguração da plataforma P-50 da PETROBRÁS, na bacia de Campos/RJ.
Não satisfeito com a ignomínia do gesto, espalmou a mão lambuzada no macacão de um funcionário, deixando nele “sua marca”.

A PETROBRÁS alcança, este ano, um objetivo buscado desde a sua inauguração em 1953 – a auto suficiência em petróleo: ou seja, nossos poços produzem a quantidade do mineral suficiente para a demanda interna, o que não significa necessariamente que seja esta a finalidade e destino do produto.

Quanto ao gesto do supremo mandatário: nada mais sugestivo com relação aos escândalos do seu governo.

Voto Nulo: a palavra oficial do TSE


Finalmente o esclarecimento sobre o assunto mais polêmico dos últimos tempos - o VOTO NULO.


artigo 224 do Código Eleitoral:
"Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do País nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais, ou do Município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações, e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias".


Para quem ainda tem alguma dúvida, recomendo a leitura do artigo em: http://www.srparlamentar.blogger.com.br/votonulo.html

20 abril 2006

INVASÃO "OFICIAL"


Um grupo de aproximadamente 150 pessoas do MST invadiu, no último dia 10, o prédio da Prefeitura de General Carneiro, no Paraná, utilizando um carro que tem patrocínio da Petrobrás.

Os manifestantes ocuparam todos os departamentos do edifício.
Segundo Edmilson Eloy Gauer, o veículo era do Projeto Iguatu, selecionado em 2004 pela Petrobras, que tem como função formar e capacitar famílias para o desenvolvimento agrícola.

O carro teria sido utilizado inclusive para carragemento de botijões de gás para serem utilizados na cozinha improvisada montada pelos integrantes do MST dentro do prédio da Prefeitura.

O prefeito do município, Joares Vicente Martins Ferreira, criticou a empresa estatal. "Esperamos que eles se retratem. Possuímos um projeto de uma Unidade de Triagem e Compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos, procuramos por mais de três vezes a Petrobras para conseguirmos apoio e nem sequer fomos recebidos e agora verifico um veículo, justamente com o patrocínio da Petrobras, sendo utilizado para a invasão do Prédio Municipal", afirma o Prefeito.

Agência Terra



Como diria nossa amiga GUSTA: "ô raça..."

18 abril 2006

A NEO CENSURA



Eu já quase havia me esquecido daqueles “certificados” emitidos pela Divisão de Censura de Diversões Públicas do Departamento de Polícia Federal que apareciam na tela daquela “INVICTUS” preta e branca que tínhamos como principal móvel da sala de estar.

Posteriormente substituída pela “moderníssima” PHILCO Máscara Negra (numa alusão ao samba de Zé Keti)– que vinha com um acessório semelhante aos filtros de radiação que se utiliza em monitores de vídeo atualmente – continuava a exibir aqueles verdadeiros símbolos da intervenção do governo sobre a arte e a cultura que apareciam na tela como “requisitos essenciais” para a posterior exibição do programa ou filme.

Mas estamos tratando da história, e estes são fatos pretéritos que a Constituição cidadã de 1988 logrou expurgar do nosso cotidiano.

Intempestivamente surge uma reedição da censura, em plena vigência da Constituição cidadã e na Era da Informação, cujo lócus mais visível está na Internet.
A seguir estão reproduzidos comentários que foram “censurados e removidos” do site www.e-agora.org.br quando se tentou hipotecar solidariedade à nossa amiga SARAMAR que lá sofrera a censura, logo ela, reconhecidamente uma pessoa incapaz de escrever algo ofensivo, indecoroso ou de caráter discriminatório que pudesse ensejar quaisquer atos punitivos contra si, senão por sofrer uma odiosa reedição da “censura ideológica”.


"Aos editores:
há tempo deixei de comentar os artigos aqui postados.
As razões que me levaram a abandonar este veículo de comunicação se impuseram pela censura ideológica e pelas grosserias de alguns participantes sectários que não respeitam opiniões divergentes, o que por excelência demonstra sua falta de argumentos.
Retorno neste dia tão somente para protestar e hipotecar solidariedade a uma pessoa que jamais deveria receber o tratamento destriçante deste portal, não só pela sua importante atuação enquanto cidadã, como pela leveza, gentileza e bom humor de seus comentários, os quais jamais poderiam ser encarados como ofensivos ou contrários a "regras", sejam lá estas quais forem.
Eu, como já não mais freqüento o site, não estou nem aí para o que pensem e digam, mas aquele (ou aqueles) que censuraram a SARAMAR carregarão a mácula de seu ato discricionário discriminante, pois não possuem estatura intelectual e moral mínimas para contradita argumentação."
Enviado por Alexandre em 16/04/06 21:33

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Sei que Saramar foi vetada por ter feito comentários contra os tais vestidinhos, em 2002 o Brasil criou um deusinho que acabou com a moral e a ética deste país. Vocês estão querendo criar outro?
Rose
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A censura neste espaço já está trilhando o sombrio caminho que víamos na década de 70. Ontem (16/04)deixei aqui um protesto, contundente, porém educado e o mesmo foi suprimido. Da mesma forma a leitora ROSE também sofreu tal censura, ao solidarizar-se com a SARAMAR - a qual devotávamos o nosso apoio por também haver sido inexplicavelmente censurada neste portal. A única razão que talvez possa explicar tal atitude dos editores (censores), deva ser o fato de não aceitarem as críticas feitas por ela ao episódio dos 400 vestidos da Sra Lu Alckmin, o que denota um sectarismo e uma aversão ao choque de idéias e ao contraditório, o que infelizmente contaminou este espaço.
Mas se não encontramos aqui mais uma arena para o debate, nenhum problema: estaremos na blogosfera, em nossos blogs e nos demais que resistem a este odioso projeto de censura e perseguição aos que se insurgem contra o atual "regime".
É lamentável que pessoas esclarecidas e cultas como Augusto de Franco e Eduardo Graeff compactuem com tais atitudes, pois antes de tais episódios eu os considerava referência em análise política.
Fiquem à vontade para cercear mais esta manifestação.

Alexandre (http://outrasletras.blogspot.com)
17/04/06



Ao expormos os textos acima, ao mesmo tempo em que exortamos aqueles que conhecem os escritores e comentaristas censurados, alertamos para o devido cuidado que todos devem ter, doravante, diante do que se transformou o nosso país.

Só nos resta resistir, e orar, para que não cheguemos ao extremo de termos também aqui o tal do “excesso de democracia” que se diz haver na Venezuela.




Imagem: www.memoriacinebr.com.br/

16 abril 2006

A BOMBA D'ÁGUA


Um homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede.
Eis que ele chegou a uma cabana velha, quase caindo aos pedaços.
Encontrou uma sombra onde se acomodou, fugindo do sol desértico.
Olhando ao redor, viu uma velha bomba de água, bem enferrujada.
Ele se arrastou até a bomba, agarrou a manivela e começou a bombear, a bombear, a bombear sem parar.
Nada aconteceu.
Desapontado, caiu prostrado, para trás.
Logo notou que ao seu lado havia uma velha garrafa. E, na garrafa tinha um recado que dizia: "Meu amigo, você precisa primeiro preparar a bomba derramando sobre ela toda água desta garrafa. Depois, faça o favor de encher a garrafa outra vez, para o próximo viajante."

O homem arrancou a rolha da garrafa e constatou que ela estava quase cheia!

De repente, o dilema.

Se bebesse aquela água, poderia sobreviver. Mas, se despejasse a água na velha bomba enferrujada e ela não funcionasse morreria de sede. O que fazer?
Despejar a água na velha bomba e esperar a água fresca ou beber a água da velha garrafa e desprezar a mensagem?

Com relutância, o homem resolveu despejar toda a água na bomba.
Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear e a bombear.
A velha bomba d’água pôs-se a ranger e a chiar sem fim.
De repente, surgiu um fiozinho de água, depois um pequeno fluxo e, finalmente, a água jorrou com abundância!
O homem, aliviado, matou a sede com água fresca e cristalina e depois
voltou a encher a garrafa para o próximo viajante.

Encheu a garrafa até o gargalo, arrolhou e acrescentou a nota: "Creia, funciona. Você precisa dar toda a água antes de ter de volta."

Nós podemos extrair várias lições desta história.

Quantas vezes temos medo de iniciar um novo projeto, pois este demandará um enorme investimento de tempo, recursos, preparo e conhecimento?
Quem teme o desconhecido, ou se sentiu inseguro na hora da decisão?
Quantos ficam parados satisfazendo-se com pequenos resultados, quando poderiam conquistar significativas vitórias?
Quantos se satisfazem com a esmola, ao invés de buscarem a fonte de renda?
Quantos esperam receber o peixe e nunca tentaram ou foram estimulados a pescar?
Aproveitando o tema predileto do Presidente da República: num estádio de futebol quantos são aqueles que apenas VÊEM as coisas acontecerem e quantos são aqueles que FAZEM as coisas acontecerem?

E você?

De qual lado está?

O que falta para despejar esta garrafa de água velha que você guarda e está prestes a beber e trocá-la pela possibilidade de conseguir água fresca em abundância de uma nova fonte?

14 abril 2006

OLHA A ELEIÇÃO AÍ, GENTE !

Estamos em ano eleitoral e temos candidatos que já iniciaram suas campanhas, enquanto outros ainda nem foram escolhidos por seus partidos e há ainda aquele que jamais deixou de fazer campanha, sendo portanto candidato à re-eleição.

O blog, encarnando seu estilo crítico-político, resolveu abdicar, temporariamente apenas, do “espancamento político” ao atual governo para engrenar na “campanha”, haja vista ser o tema principal daqui por diante.

Sendo assim, e considerando, a existência de apenas um dos candidatos em plena “campanha eleitoral de fato”, haja vista que a “de direito” só se iniciará no 2º semestre, resolveu-se elencar os “aspectos positivos” e “negativos” do atual governo, oferecendo aos eleitores a oportunidade de fazer uma boa opção em 1º de outubro.


REALIZAÇÕES DO ATUAL GOVERNO (ASPECTOS POSITIVOS):
1) a menor taxa de crescimento (2,3%) da América do Sul e a segunda menor das Américas (só ganhando do Haiti); taxa de crescimento esta menor que a de todos os países emergentes e metade da média mundial ;

2) taxa de crescimento 47% menor que nos primeiros anos do governo FHC e igual a média dos oito anos do governo FHC (levando-se em comparação que FHC enfrentou 5 crises internacionais - México, Ásia, Rússia, 11 de setembro e Argentina);

3) lucro dos bancos em 3 anos do governo lula (44,12 bilhões) maior do que todo o lucro dos bancos em 8 anos do governo FHC (35,9 bilhões)!;

4) a dívida interna superou o valor de 1 trilhão de reais;

5) a maior taxa de juros reais do planeta, o que explica a festa dos bancos;

6) a carga tributária cresceu em mais 3 pontos percentuais do PIB, sufocando as empresas;

7) a explosão dos gastos públicos – na comparação entre os últimos três anos do governo Fernando Henrique Cardoso com os primeiros três anos de Lula em valores corrigidos pelo IPCA, a soma de gastos de Lula dispara;

8) a safra agrícola em toneladas de grãos reduziu-se entre 2004 e 2005;

9) os gastos suntuários do Palácio do Planalto dispararam, dobrando em relação ao período FHC. os cartões corporativos da presidência fazem a festa do presidente e sua entourage;

10) a febre aftosa voltando com força total;

11) taxa de câmbio mais valorizada do que na época do Gustavo Franco, gerando importações de luxo e perda para o setor agropecuário;

12) o lucro das empresas estatais, tão comemorado, está sendo desviado para financiar o superávit primário;

13) o investimento em estradas caiu ao nível mínimo levando a chamada “operação tapa-buracos” a se tornar o maior programa de contratação de empresas sem licitação desde a era Collor;

14) a renda per capita cresceu meros 0,8% em 2005;

15) os empregos criados estão longe dos 10 milhões prometidos na campanha de 2002;

16) os gastos em publicidade em dois meses de 2006 cresceram mais de 60%;

17) os investimentos em infra-estrutura foram praticamente zero;

18) a criminalidade cresceu assustadoramente;

19) o governo usando o programa “bolsa família” unicamente como campanha política: o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal-arcebispo D. Geraldo Magella Agnelo, afirmou que o bolsa família é um programa assistencialista - "quem está com fome deve receber seu alimento, mas não ficar assim, sendo estimulado a não fazer nada, ganhando r$ 60, r$ 80 por mês.Que se dê trabalho para todos" - disse, assinalando que com os programas como o bolsa família são "politicalha" para ganhar votos - "é claro que não os posso louvar".

20) o Presidente pensa que é o maior estadista do mundo, vive passeando no seu brinquedinho - aerolulla;

21) diz que não sabe nada do que está acontecendo no seu governo, nem mesmo no PT, mas “perdoa” os infratores e diz que cometeram “pequenos erros”;

22) fecha os olhos para as invasões brutais do MST, e continua distribuindo verbas ao movimento;

23) promoveu, através de Palocci, a farsa da quitação da dívida com o FMI - o Brasil eliminou empréstimos em dólares, a juros baratos de 6 a 7 % a.a. e os trocou por outros em reais, com juros exorbitantes de 18% a.a.

24) a correção das aposentadorias será de 3%.

Mais ainda:
o filho do presidente, Fábio Lulinha, de biólogo passou a grande empresário ganhando 15 milhões de presente da Telemar - o maior "case" de sucesso empresarial já visto no mundo;

e os deputados mensaleiros continuam recebendo a proteção do PT e são "perdoados" no Congresso, o que aliado ao silêncio do presidente aumenta a impunidade.


AGORA AS SAFADEZAS, ALDRAVICES, LADINAGENS, MARACUTAIAS E ESPERTEZAS DO ATUAL GOVERNO (OU ASPECTOS NEGATIVOS):

1) Correios
2) IRB
3) Portugal - Telecom
4) Leão & Leão (República de Ribeirão)
5) Celso Daniel com morte de 7 testemunhas (até agora)
6) InterBrazil
7) Cartões de crédito corporativos da presidência
8) Farra com o fundo partidário
9) Daniel Dantas
10) Toninho da Barcelona
11) Toninho de Campinas
12) Duda Mendonça
13) Mensalão e mensaleiros
14) Waldomiro Diniz
15) Fundos de pensão e o Marcelo Sereno
16) Luiz Gushiken
17) Gilberto Carvalho
18) Juscelino Dourado
19) José Dirceu
20) o “nosso” Delúbio
21) Roberto Teixeira
22) Bebedeiras do presidente
23) Aerolula
24) FARC
25) Baltazar (armas RJ)
26) Osasco
27) Foro de São Paulo
28) ONG Ágora
29) Miro Teixeira
30) INSS RJ
31) Palocci 1 e Palocci 2 e por último Palocci 3 na mansão dos negócios e do prazer
32) Furnas
33) Paulo Okamoto e SEBRAE
34) Cueca dos dólares e João Adalberto
35) Firma do Lulinha
36) Citibank
37) Luís Favre, aliás Felipe Belisario, contas no Caribe, esquema da Martaxa, emprego no Duda 3 Severino
39) Jeany Mary Corner
40) Casa da Moeda e seu presidente
41) Ciro Gomes e seu secretário
42) Passeio da cadelinha Michelle em carro oficial
43) Passeio da Benedita da Silva em Buenos Aires
44) Trevisan
45) Manuel Dutra
46) Glenio Guedes
47) Anderson Adauto
48) Paulo Pimenta e o seu dossiê fajuto
49) Pororoca
50) David Messer
51) Boa idéia: Lulalá
52) Passeio de Boeing dos filhos do Lula
53) Marta e o esquema do lixo em São Paulo
54) Esquema do lixo em todas as demais prefeituras (Ribeirão, Matão...)
55) Esquema do Bingo
56) Esquema dos ônibus nas prefeituras do PT
57) Grana ilegal para o MST, UNE, UBES
58) FAT
59) BMG e o crédito consignado
60) Rogério Buratti
61) José Mentor e o abafa da CPI do Banestado
62) Acordo com o Maluf
63) Dinheiro do BNDES para O Globo
64) Reforma do apê do Gilberto Gil
65) Fundos exclusivos
66) Plataformas, gás natural da Petrobrás
67) Jacó Bittar
68) Marcos Valério, Banco Rural, valerioduto, embaixador em Portugal
69) Aloisio Mecadante e o caixa 2
70) Olívio Dutra e o Bingo/Bicho no RS
71) Blindagem da bandalheira
72) Professor Luizinho e o Cohiba nas festas do Gran Bittar
73) Madeireiras do Pará, corrupção no IBMA e a Senadora Ana Júlia Carepa “de Pau”
74) Greenhalg, caso celso Daniel, caso Lubeca, indenizações milionárias
75) Hugo Werle e a madeira do MT
76) Roberto Marques, amigo do Zé Dirceu
77) Silvinho e seu Land Rover
78) José Genoíno, o “avalista”
79) Najun Turner
80) Caso dos vampiros da saúde (Humberto Costa)
81) Outdoors da Ideli Salvatti em SC
82) Henrique Pizzolato
83) Luiz Gonzaga da Silva (Gegê), (acusado de homicídio 84) Ivan Guimarães e o Banco Popular
85) Estrela vermelha nos jardins do Alvorada
86) Morte por fome dos indiozinhos de Dourados (MS)
87) Festa com dinheiro público para comemorar a expulsão da Heloisa Helena
88) Compra do aptº da ex-esposa do Dirceu
89) Intervenção ilegal na Saúde do RJ
90) Os R$ 300.000 dos advogados do “nosso” Delúbio e os honorários do Aristides Junqueira
91) Medalha Rio Branco para o Çivirino (essa dói no coração!)
92) Suspensão dos benefícios dos velhinhos acima de 80 pelo Berzoini
93) Dinheiro para a transoceânica no Peru e corte de verbas do Rodoanel de SP
94) Superfaturamento de contratos de patrocínio do esporte pelo BB
95) Caixa 2 de Tocantins e Márcia Barbosa
96) Uso indevido da CIDE dos combustíveis
97) Compra de votos no 1o turno da eleição para presidente do PT
98) Propina de Taiwan para a campanha do Lula
99) Compra do PL de José Alencar por 10 milhões e no quarto ao lado do Lula.
100) Jóias presenteadas da D. Marisa Letícia
101)Financiamento pelo BNDES de obras faraônicas na .....VENEZUELA !
102) Compra de votos para eleição do Presidente da Câmara – Aldo “Saci”
103) Quebra de sigilo do caseiro Francenildo por ordem do Ministro da Fazenda estando ele dentro do Palácio do Planalto.






Em tempo: qualquer uma das listas poderá aumentar em "realizações" até 31 de dezembro.

09 abril 2006

A ESCALADA DA DOMINAÇÃO TOTALITÁRIA



O tema da DOMINAÇÃO é um segmento do campo da ordem humana; pensadores gregos do século V a.C. já pesquisavam o fenômeno, questionando sua origem natural.
Até então, desde os primórdios da convivência em sociedade, a ordem advinha dos Deuses, cabendo aos sacerdotes e pitonisas interpretarem as leis divinas – os oráculos - e transmiti-las ao povo.

Sólon e Clístenes propõem uma nova forma de organização da cidade – Atenas – baseada na isonomia dos cidadãos, ou seja, cada um representando um voto e a Ágora como a assembléia de todos os cidadãos, o lugar onde a ordem era anunciada após serem os fatos sociais analisados pelos eleitos; dessa forma evoluiu a cidade na construção da ordem social, deixando de ser um fenômeno da natureza, que advinha dos Deuses através dos sacerdotes e pitonisas, passando a ser estabelecida pelos próprios homens.

Daí que durante toda a evolução da sociedade a dominação do homem pelo homem sempre foi o eixo de guerras e conquistas, escravidão e barbárie, e até o maniqueísmo entre o workfare state e o wellfare state se insere nesse contexto.

O século XX têm registrados inúmeros casos de dominação em todo mundo, por conta de regimes totalitários das mais variadas correntes políticas e ideológicas, assim como no Brasil do Estado Novo e do Regime Militar, apenas para exemplificar com os mais recentes.

Hodiernamente temos algumas evidências de que estamos à beira de mais um regime totalitário, o que já se tornou algo endêmico em nossa sociedade.

A primeira evidência é a morte da pessoa jurídica do homem, e ela se consumou na pretensão dos promotores do referendo de outubro de 2005 que nulificava o direito inalienável da pessoa humana à legítima defesa da sua própria vida.
Nenhum Estado vivenciando os níveis de insegurança pública vigentes no Brasil tem o direito de privar a sua cidadania não-criminosa da possibilidade de aquisição e uso de arma de defesa pessoal, a menos que forneça a cada cidadão um guarda-costas armado.

Mais evidente, ainda, é a natureza genocida desta proibição, porque atinge seletivamente um grupo de nacionais, eis que ressalva discriminatoriamente o direito de defesa, negado à população em geral, aos grupos mais privilegiados, entre os quais os altos funcionários do Estado e as classes economicamente abastadas, às quais se reserva o direito de contratar e utilizar-se de segurança privada armada. Este factóide não foi acatado pela população.


A segunda evidência é a morte da pessoa moral da cidadania, a qual não se dá, apenas, pela sujeição formal do indivíduo honesto e cumpridor da lei à mercê do Estado opressor; mas, principalmente, pela condenação moral de toda e qualquer reação possível de sua parte, até o ponto de se atribuir a esta, a responsabilidade pela violência intrínseca e o eventual desfecho fatal de sua insubordinação. É trágica, a pretensão dessa condição à nova sociedade subjugada. Emula a figura de cidadãos desprovidos de iniciativa e capacidade de reação, diante de algo que lhes parece tão poderoso e onipresente que o inviabiliza individualmente; mas que ao fim, talvez, implore o “tiro de misericórdia”, capaz de lhe resolver a dor, a qual, neste caso, será tão somente um reflexo da consciência recalcitrante. Não obstante, ainda isso não é suficiente: o último estágio da dominação só será atingido quando, até mesmo esse derradeiro gesto de humanidade, possa ser exorcizado.


A terceira evidência do totalitarismo, como então se deixará conhecer, é a morte da individualidade do ser humano. É a anulação de todas as suas diferenças, pela emulação do espírito de massa, amorfa, ressentida e truculenta, pronta para ser utilizada como "pára-choque da história" ou "bucha de canhão". Isso que, só se torna possível pela aniquilação do seu espírito crítico, da sua capacidade de ver e de reagir contra essa sujeição radical, até o ponto de, afinal, vir a desejá-la.
Foi como agiu Hitler perante a criação das Maternidades Lebensborn e da Juventude Hitlerista.

“O primeiro passo essencial no caminho do domínio total é matar a pessoa jurídica do homem. (...) Por um lado, isso foi conseguido quando certas categorias de pessoas foram excluídas da proteção da lei...O próximo passo decisivo do preparo de cadáveres vivos é matar a pessoa moral do homem. (...) O mais terrível triunfo do terror totalitário foi evitar que a pessoa moral pudesse refugiar-se no individualismo, e tornar as decisões da consciência questionáveis e equívocas. (...) Pela criação de condições em que a consciência deixa de ser adequada e fazer o bem se torna inteiramente impossível, a cumplicidade conscientemente organizada de todos os homens nos crimes dos regimes totalitários é estendida às vítimas e, assim, torna-se realmente total. (...) Depois da morte da pessoa moral e da aniquilação da pessoa jurídica, a destruição da individualidade é quase sempre bem-sucedida. É possível que se descubram leis da psicologia de massa que expliquem por que milhões de seres humanos se deixaram levar, sem resistência, às câmaras de gás, embora essas leis nada venham a explicar senão a destruição da individualidade. Mais importante é o fato de que os que eram condenados individualmente quase nunca tentaram levar consigo um dos seus carrascos...” [1]




É o que move a máquina da propaganda oficial num Estado impregnado pelo espírito totalitário. É quando, ao invés da austeridade da publicidade oficial, necessária à transparência dos atos de autoridade, se promove a opacidade do poder e se pauta a agenda pública na produção de factóides. Na sua esteira, se sonegam informações relevantes e se manipula cinicamente as estatísticas convenientes à sustentação do poder pela sua própria necessidade de auto-afirmação. Tendo assim empacotado a coerência sinistra das suas certezas, o totalitarismo exige ainda, da cidadania, a sua conivência incondicional pela blindagem massiva, quase sempre plebiscitária, do sentido que pretende imprimir à história o cunho legítimo de suas sinistras ações. Já assistimos esta etapa recentemente na Venezuela.

A lição dos fatos, que nos legou o Século XX, ensina que, uma vez posta em funcionamento, a engrenagem do poder totalitário não se desmonta, senão num mar de sangue, suor e lágrimas. Por maior que seja a defasagem entre o seu discurso e a realidade, a sua lógica tende a reforçar-se; por maior que seja a consciência dos seus próprios crimes, os totalitários e a sociedade, que lhes é submetida, tendem a justificar-se por suas próprias intenções; por mais cínicos que sejam os seus argumentos, e por mais factóide que seja a sua governança, é sempre catastrófica a expectativa da sua decomposição natural ou da sua combustão espontânea. Elas não ocorrem antes de se haver esgotado, em genocídio, o combustível do seu desvairo.

O Brasil defronta, presentemente, sinais inequívocos da escalada política de um projeto de poder totalitário. A traição da democracia, no esquema de corrupção que se instalou no Parlamento e na cumplicidade de um Judiciário leniente, representa um estágio avançado da política conduzida pelo séqüito do poder que se instalou no Governo Federal:


“a destruição revolucionária da ordem político-institucional burguesa, pressionando-a por dentro e de cima, pela via da representação parlamentar e da ocupação de governos estaduais e municipais, e ao mesmo tempo por fora e de baixo, por obra da hegemonia que detêm, através da militância, sobre a participação política popular.” [2]





[1],[2]- ARENDT, Hannah: Origens do Totalitarismo. São Paulo, Companhia das Letras, 3ª ed., 1998.

07 abril 2006

O QUE ESTÁ FALTANDO, HEIN?



Em ordem inversa vamos expor os motivos que fundamentam um processo político de impeachment:

1. o Ministro da Fazenda, dentro do Palácio do Planalto, determina ao Presidente da Caixa Econômica Federal que este quebre o sigilo bancário de um cidadão. Fato consumado, os documentos são entregues à autoridade coatora, na sua residência e à noite, e na presença de dois assessores diretos do Ministro da Justiça.

2. publicado o extrato bancário do cidadão na mídia, e após as inúmeras denúncias do flagrante crime praticado, o Presidente da Caixa Econômica Federal “instaura” uma sindicância com prazo de 15 dias para “apurar” a responsabilidade que era dele mesmo.

3. o relatório final da CPMI dos Correios comprova a existência do maior esquema de corrupção de parlamentares e a maior gatunagem de dinheiro público desviado de empresas estatais jamais visto na história da república, tudo com “provas cabais”, como exigem as “vestais da ética e da moralidade públicas”.

4. a CPI dos Bingos possui provas suficientes, documentais e testemunhais, que já ensejariam a abertura de processos criminais de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, contrabando, peculato, concussão, responsabilidade, ameaça e homicídio, caso tais provas sejam remetidas para o Ministério Público.

5. o publicitário Duda Mendonça declarou, em novembro de 2005, ter recebido numa conta bancária no exterior vários milhões de dólares, como pagamento da campanha eleitoral do PT, o que tornaria nula a eleição dos candidatos financiados por estes recursos, dentre eles o próprio Presidente da República, bem como o partido teria que ter seu registro cassado. As investigações posteriores levadas a efeito pela subcomissão da CPMI dos Correios comprovou tais movimentações.


Muitos mais existem, mas fiquemos apenas nestes – que não são poucos e nem pequenos – para fundamentar o processo.

Mas disto tudo emerge um questionamento – grave – e da resposta dependerá o futuro da democracia no Brasil: sendo o processo de impeachment um processo eminentemente político, onde o denunciado teria todas as chances de se defender perante a nação à qual serve, cujo resultado poderia ser – IMPEDIMENTO ou ABSOLVIÇÃO.

Sendo assim, qual o problema de se iniciar o processo? Por quê o próprio Lula não requer sua submissão ao processo. Não seria ele o maior interessado em esclarecer seus eleitores e calar de vez esta “direita raivosa e denuncista”, “estas elites reacionárias”?
Não seria esta a atitude esperada de uma pessoa que se diz honrada, cuja moral foi o “único legado de sua mãe que nasceu analfabeta”?

Qual é o problema?

O quê está faltando, hein?

06 abril 2006

O INÍCIO DO FIM



Há tempos assistimos a desconstrução das bases do Estado Democrático, levada a efeito pelo PT.

Tudo faz parte do projeto de perpetuação no poder que visa a instalação de um Estado Totalitário, e isso eles estão conseguindo, pois o povo se volta contra o Parlamento e contra o Judiciário neste momento, enquanto o supremo mandatário é preservado de forma indecente pela “oposição” pusilânime e conivente.

Caso reeleito, "NoveDedos" e sua gang se acharão com “respaldo popular” para extinguir estas duas instituições ou encabrestá-las definitivamente, a exemplo do ocorrido na Venezuela.

Não podemos cair em mais esta armadilha petralha - a demolição dos alicerces da democracia pela via da corrupção de seus membros.

Estamos assistindo ao “início do fim”.

05 abril 2006

"ISTO É UMA VERGONHA !"




O plenário da Câmara dos Deputados absolveu nesta quarta-feira o deputado João Paulo Cunha com 256 votos rejeitando o relatório do deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que recomendava a perda de mandato. Foram 209 votos a favor do relatório, 7 votos brancos, nove abstenções e 2 votos nulos. No total, votaram 483 deputados.
Terra Notícias



A emblemática frase da lavra do jornalista Bóris Casoy nunca foi tão apropriada.
O espetáculo proporcionado esta noite pela câmara dos dePUTAdos só serviu para tornar ainda mais amargo um dia que o Brasil já acordou de luto – pela morte do querido Carequinha.

ADEUS, BOM MENINO !


George Savalla Gomes, o palhaço Carequinha, morreu na madrugada desta quarta-feira em sua casa no Rio de Janeiro, informou o Hospital de Clínicas de São Gonçalo. A causa da morte foi infarto agudo do miocárdio.

"George Savalla Gomes nasceu em 18 de julho de 1915 em Carangola, Minas Gerais. Filho de artistas circenses, Carequinha cresceu conhecendo a rotina do circo e aos 12 anos se tornou palhaço. No início, suas apresentações eram realizadas no Circo Peruano, de sua família. Depois ele fazia seus números no Circo Ocidental, mas foi sozinho que Carequinha fez sua fama. Ele realizava apresentações diárias em eventos e festas de aniversário. Carequinha ficou conhecido como o "palhaço dos presidentes", por ter seu talento reconhecido por diversos governantes, como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e presidentes do tempo da ditadura militar, para os quais ele se apresentou. "Eu ajudava a quebrar o gelo", comentou uma vez o palhaço. Carreira Em 1951, Carequinha estreou na TV Tupi no comando do programa Variedades Tupi, depois chamado de Circo Bombril. Ele permaneceu 16 anos à frente da atração e foi o primeiro a receber crianças num estúdio de TV. Carequinha então trabalhou na TV Piratini, TV Curitiba, TV Itacolomi e TV Rádio Clube. Na TV Globo, ele fez uma participação especial na novela Três Marias, na década de 80. Em 1983, Carequinha estreou o programa O Circo Alegre na TV Manchete. Assessorado pela diretora Marlene Mattos, ele treinou Xuxa para o início de sua carreira como apresentadora infantil. Em 2001, Carequinha estreou como "aluno" da Escolinha do Professor Raimundo. Sua última participação na TV foi na minissérie Hoje é Dia de Maria 2, no final de 2005. No rádio, Carequinha participou dos programas Barbosa Júnior e César de Alencar, ambos em emissoras do Rio de Janeiro. Nesta época ele começou a gravar canções infantis e chegou a vender mais de 2 milhões de cópias de seu CD em 1962. Carequinha também fez cinema. Entre seus filmes estão “Sai de Baixo”, “Com Jeito Vai”, “Sherlock de Araque” e “O Palhaço, o que é” ?.
Redação Terra


O blog solidariza-se com os familiares do nosso insuperável e inesquecível “Carequinha” – um ícone de todas as gerações deste país.

Estamos de LUTO, e o Brasil muito triste e saudoso com a perda do comediante.

04 abril 2006

CRIME! CRIME! CRIME!



Quem se lembra daquele pesquisador da UFRJ, entrevistado no final do ano passado, que desancava o Presidente da PETROBRÁS e o Governo pela utilização política da maior estatal brasileira no apoio a Evo Morales, quando investimentos da ordem de R$ 1,5 bi eram aplicados na Bolívia sem as indispensáveis garantias contratuais para o Brasil?

Na época, me recordo bem, o ilustrado cientista político alertava a nação para os riscos que a empresa corria ao injetar vultosa quantia num país que atravessava um momento eleitoral delicado, onde a vitória do “líder cocaleiro” era bem previsível, entretanto suas políticas mais do que imprevisíveis, demandando cautela para uma empresa do porte da nossa PETROBRÁS.

Contudo este professor foi negaceado não só pelo Presidente da estatal como por lideranças do governo, foi ridicularizado e o assunto caiu no esquecimento.

Agora o Presidente Evo Morales anuncia, aqui em Belo Horizonte, que todas as jazidas do país pertencem ao povo boliviano (nada mais justo) e que as multinacionais que lá construíram (PETROBRÁS e o consórcio TBG – Gasoduto Bolívia-Brasil) e investiram serão “sócias” de seu governo – minoritárias, é claro – e que ninguém “é dono de nada, a não ser o povo boliviano”. E o nosso “dinheirinho” foi para o “buraquinho” (no diminutivo apenas para rimar).

É impressionante como este (des)governo se utiliza daquilo que é público de forma particularizada. Eles devem pensar – e pensam – que as empresas estatais “lhes pertence”; acredito sinceramente que o “nosso iletrado mandatário” realmente pensa assim, o que não o isenta do crime, obviamente. Para ele o que é PÚBLICO pertence ao governo, ou pior, pertence a ele, quando na verdade a definição de PÚBLICO é aquilo que é de todos – do povo brasileiro. Mas se o Presidente “acha” que pode utilizar de forma particular e partidária as empresas públicas, o mesmo não se pode dizer dos técnicos e executivos que a dirigem. Eles JAMAIS deveriam expor este patrimônio do povo brasileiro ao opróbrio, são conscientes disso.

O caso boliviano não é único. Também na Venezuela – o país do “excesso de democracia” – a PETROBRÁS amargará mais prejuízos, pois recente decreto do “cumpanhêro Chavez” retirou o controle acionário das multinacionais, tornando-as acionistas minoritárias da PDVSA que detém o monopólio da exploração do petróleo e do gás.

E agora? E o gasoduto que a PETROBRÁS investiu e que corre o sério risco de ficar uma parte soterrada e a outra no papel?
É inadmissível que isso ocorra em pleno século XXI, em plena “era da informação”.

Será que estamos todos anestesiados?


Isto é CRIME! É CRIME! É CRIME!

02 abril 2006

AS MAZELAS DO SOCIALISMO


É curioso como no Brasil se formou um campo fértil para as boçalidades e para o atraso político-ideológico por conta das intervenções de intelectuais de visão estreita e enviesada que fermentaram, no rancor e na vingança do exílio, doutrinas canhestras copiadas de medíocres carbonários agarrados em utopias velhas de um século; uns ignorantes que disfarçam a própria estupidez em ideologia.

No Brasil, segundo estes intelectuais , ser “de esquerda” é chic, dá status, enquanto ser “de direita”, capitalista, é tosco, truculento e “feio”.

Vivem uma realidade que já não existe mais, são os “saudosistas da canoa furada”, que “amam” a URSS, a China, a Coréia do Norte e Cuba; entretanto para lá não vão, preferem viver aqui.

Essa gente acha bonito o discurso populista, a retórica, a manifestação das massas, o “povo na rua”, desde que “eles” (povo) lá nas ruas e “eu” aqui da minha cobertura, com meu robe de seda, pantufas nos pés e um scotch “on the rocks” nas mãos.

Não podemos esquecer que com a queda do Muro de Berlim e do império soviético, os socialistas órfãos se viram desesperados atrás de alguma ideologia nova. Alguns viraram simplesmente anti-capitalistas patológicos, procurando qualquer sintoma de “doença” no outro lado para poder “justificar” o fracasso geral, e não só do socialismo.

Nessa cruzada emocional vale tudo, desde mentiras escancaradas até manipulações pérfidas.

Outros acabaram adotando um vermelho desbotado, a tal “terceira via”, muitas vezes apenas uma rota diferente para o mesmo destino: Estado totalitário!


Assim, a social-democracia vai pregando, em nome de nobres fins, sempre o aumento do Estado como meio. As mazelas costumam ser terríveis e são inúmeras, mas aqui vamos procurar mostrar as principais.

Em primeiro lugar, o próprio peso do “Estado benfeitor” recai sobre a sociedade, posto que riqueza não cai do azul. Alguém tem que trabalhar, produzir. Mesmo em nações onde a natureza de fato contribuiu muito, com vastos recursos naturais, o sustento dessa mega burocracia estatal asfixia a iniciativa privada. Os escandinavos seriam um bom exemplo, já que são muitas vezes citados como sucesso irrefutável da social-democracia. Há um grande mito nisso.

Os escandinavos já foram bem mais ricos, em termos relativos, antes do crescimento estatal. Fora isso, possuem muita riqueza natural, como o caso norueguês, onde o petróleo responde por elevado percentual das exportações. Ainda, possuem razoável liberdade econômica, o que garante algum crescimento. Entretanto, o peso tem sido sentido, e reformas liberalizantes, como privatizações de estatais e queda de barreiras protecionistas, têm sido adotadas. São relativamente ricos a despeito do Estado grande, mas não por causa dele.

Não obstante, vemos que a Suécia, por exemplo, tem renda per capita menor que a dos negros americanos, grupo sócio-econômico mais pobre dos Estados Unidos. As nações escandinavas entrariam atrás do estado americano mais pobre em termos de renda per capita.

Mas alguns vão argumentar que o “Estado protetor” fornece quase tudo grátis, e de boa qualidade. Infelizmente, tal afirmação é falsa também.

Quando a coisa aperta, os indivíduos buscam sempre a iniciativa privada, com melhor qualidade. Pagam dobrado pelo serviço. A insatisfação popular com os serviços públicos é crescente por lá, como seria de esperar. O welfare state de tal magnitude é simplesmente insustentável no longo prazo. Hoje, estima-se que quase 40% da população da Dinamarca vive de “esmolas” estatais. Um terço seria de aposentados.

Como para manter o inchado aparato estatal os impostos são astronômicos, há pouco incentivo para produção, e cada vez mais empresas buscam alternativas fora do país. O peso dos parasitas fica absurdo, impossibilitando que cada vez menos hospedeiros possam sustentá-lo. A população praticamente não cresce, a expectativa de vida aumenta, as regalias estatais permitem aposentadorias precoces e bem remuneradas, e a carga tributária inibe o crescimento econômico. Trata-se de uma verdadeira bomba-relógio, um acidente pronto para acontecer. Não é à toa que diversos desses países estão fazendo reformas na previdência. Essa combinação explosiva tem, aos poucos, cobrado seu preço, com baixo crescimento econômico e aumento forte da criminalidade.

Outro reflexo desse modelo social-democrata é o chamado “brain drain”.

Intelectos brilhantes, mentes inovadoras, jovens determinados, acabam todos migrando para um país mais livre, com maior incentivo à produção, com menor intervenção estatal e carga tributária. Os sonhadores bem que gostariam que tais indivíduos fossem altruístas, e colocassem o tal “bem geral” acima do individualismo. Mas como os próprios sonhadores na prática, esses indivíduos são individualistas, e querem o melhor para si.

Não querem “dar duro” para sustentar burocratas. A Inglaterra, nos seus anos sombrios de namoro com o socialismo, sentiu isso na pele, com milhares de jovens migrando para as universidades americanas, e ficando por lá depois. Eis um item terrível para estimular a exportação.

E isso explica porque os socialistas sempre tentaram fechar as portas de saída de suas nações, culpando, ou perseguindo, os “ingratos egoístas” que porventura não queiram ficar no “paraíso”.

Com isso, vem a última mazela a ser abordada: imigração.

Se por um lado o melhor do capital humano foge desse tipo de sistema, buscando ares mais livres, por outro lado temos a atração de gente mais pobre, tentando uma carona na bonança estatal, “almoço grátis” todo mundo quer.
Como o welfare state já é insustentável até mesmo dentro das fronteiras, imagine se as porteiras forem abertas para imigrantes desesperados.

A única conseqüência plausível disso é uma explosão de xenofobia. E de fato, é o que estamos vendo na Europa.

A França vive este momento agora, a Espanha também tem sofrido com este processo. Imigrantes turcos, nigerianos, argelinos e de vários outros países mais pobres, têm tentado “invadir” as nações mais ricas e com amplo serviço de bem-estar social. Claro que isso desperta a revolta dos nativos, pois afinal, o “altruísmo” deles tem limite. A tensão cresce, e a xenofobia aumenta muito.

Os imigrantes que não conseguem emprego acabam como mendigos ou criminosos e não raro se voltam contra o Estado que os acolheu, provocando desordens e destruição. O problema adquire proporções alarmantes, e candidatos claramente xenófobos conquistam milhões de votos.

Culpa do welfare state.

Agora, a título de elucubração, vamos imaginar como estariam essas ricas nações social-democratas, caso tivessem que absorver milhões de imigrantes todos os anos, como os Estados Unidos absorvem. Imaginem se a Suécia tivesse milhares de cubanos entrando lá todo ano. Os EUA criaram mais de 1,5 milhão de empregos por ano nos últimos 15 anos, enquanto a Europa não criou nenhum emprego líquido.

Imagine como estará a Venezuela dentro de mais alguns anos, com o “Mercado do Povo” aniquilando a concorrência, a habitação coletiva aniquilando o direito de propriedade e o petróleo subsidiando o welfare state.


Será este destino que queremos para o Brasil? Vamos prestar atenção nas falas dos candidatos este ano: desconfiem daqueles que se intitularem “pai dos pobres”, ou “dos sem teto”, ou prometerem “ três refeições diárias”, ou “que vai criar 50 milhões de empregos”, “gente como a gente”, “raiz da terra”.
Isso não é ser chic, nem politicamente correto, tampouco ser popular, senão populista – é ser mentiroso, mesmo.

01 abril 2006

DIA DA MENTIRA?

Sábado, 1 de abril de 2006, 12h56
Governo tentou proteger Palocci de escândalo

O governo teria tentado proteger o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci do envolvimento na quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa Santos, que o desmentiu sobre suas visitas a mansão ocupada por assessores da prefeitura de Ribeirão Preto. Segundo a revista Veja, havia a intenção de que o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e sua equipe assumissem a responsabilidade.
Em conversas na residência de Palocci, teria surgido a idéia de oferecer R$ 1 milhão para que um funcionário da Caixa assumisse a culpa pela quebra de sigilo ilegal de Francenildo.
Segundo a reportagem, Mattoso recebeu pessoalmente de Palocci a ordem para quebrar o sigilo do caseiro. No momento em que a determinação foi dada, Palocci estaria em uma sala ao lado do gabinete do presidente Lula.

Redação TERRA




Apesar da data, o fato acima não é mais uma piada e, portanto, não tem graça nenhuma.

BREVE EM CARTAZ !




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