27 junho 2006

E ASSIM, ERGUE-SE O LEVIATÃ ...

A escalada da violência veio junto com a ascensão política da esquerda?
Ora, é mera coincidência.


As gangues dos morros do RJ foram adestradas em técnicas de guerrilha urbana pelos “intelectuais de esquerda” presos na Ilha Grande?
Isso também é mera coincidência.
Se hoje são treinadas pelos guerrilheiros angolanos e das FARCs, isso também é apenas uma coincidência.


As FARCs e o PT têm uma estratégia comum traçada nas assembléias do Foro de São Paulo?
Quanta coincidência!


Toda prisão de narcotraficantes ou seqüestradores estrangeiros vêm seguida da imediata formação de um círculo de solidariedade e proteção entre seus correligionários da esquerda local?
Coincidência, é claro.

Se a epidemia de violência urbana cresceu junto com as ONGs de defesa dos direitos dos delinqüentes, alimentadas por poderosas fundações internacionais, quem verá algo mais que uma estúpida coincidência? Que pessoal maldoso, ora bolas...

Acossada pelos ataques da mídia e temerosa de infringir o decálogo politicamente correto, a polícia recua e entrega as cidades ao império dos bandidos, mas, uma vez mais, é pura coincidência.

Todos os teóricos do comunismo ensinam que o fomento de um estado de desordem e anomia é o melhor caminho para concentrar o poder nas mãos de um partido revolucionário, mas, se tudo isso se passa exatamente assim no Brasil, é coincidência, pura coincidência, mera coincidência e nada mais.

As mais evidentes conexões entre atos e resultados, enfim, nada significam.

Tudo é mera coincidência, nada é causa de nada, nada explica nada.

O que explica tudo é o ''capitalismo selvagem'', é a ''desigualdade'', é a ''exclusão social''.

Mesmo o fato de que a criminalidade tenha aumentado justamente nos anos em que, segundo o IBGE, a desigualdade e a exclusão social diminuíram muito, não significa absolutamente nada, pelo simples fato de que é um fato, pois ninguém quer saber de fatos. Só o que vale é o fetiche teórico da luta de classes, que permite estabelecer relações infalíveis de causa e efeito sem a menor necessidade de consulta à execrável realidade, reacionária como ela só.

Com base nessa premissa, hoje amplamente aceita como dogma incontestável por todo o ensino universitário nacional, qualquer agente revolucionário, com ou sem treinamento em Cuba, está apto a explorar o desespero geral e utilizar as promessas mesmas de restauração da ordem pública como instrumento para gerar novos fatores de insegurança e aumentar um pouco mais o poder do “salvador da pátria”.

O truque é simples: basta confundir o fato brutalmente concreto da criminalidade com o conceito abstrato das suas causas sociais hipotéticas - quanto mais remotas, melhor - e condicionar a eliminação do primeiro à erradicação das segundas.

Isso adia formidavelmente a punição dos criminosos e ainda garante, nesse ínterim, inumeráveis vantagens para aquele que os protege.


Assim, numa versão canhestra da realidade, “Marcola” seria uma “vítima social” de um perverso sistema excludente de oportunidades que somente “o messias” (o líder esquerdista) poderá resolver, através de sua “divina sabedoria e bondade” para com os menos favorecidos; algo que “jamais fora feito nos últimos 500 anos”.

Qualquer cidadão comum no pleno uso dos seus neurônios sabe que a criminalidade se elimina prendendo os criminosos, e em todos os níveis.

Mas um intelectual ativista tem razões que a própria razão desconhece. Ele demonstrará, por a mais b sobre y, dividido pela integral de x e subtraído do logaritmo da p. q. p., que quem compra armas no Líbano para trocá-las por toneladas de cocaína das FARCs não são traficantes milionários, mas pobres garotos excluídos, vítimas da desigualdade.

Tendo demonstrado essa “sublime equação”, ele proclamará que só reacionários simplistas podem achar que crime é caso de polícia. Já as pessoas inteligentes como ele, ao contrário, entendem que tudo são problemas sociais e que, no fim das contas, é preciso liberar mais não sei quantos bilhões de reais para clubes esportivos, compra de computadores – também denominada “inclusão digital”, escolas de dança ou capoeira, salões de manicure, praças “cívicas” e centros de doutrinação marxista que atacarão o mal nas suas raízes mais profundas.

Quando tudo isso não funcionar de maneira alguma, como fatalmente acontecerá, este lhes dirá com ar de pungente modéstia que, de fato, eram só paliativos beneméritos, pois o que falta mesmo é acabar de vez com o “maldito capitalismo selvagem”.

E o povão, atônito e exausto de tanto não entender nada, poderá acabar lhe dando razão.

Apenas mais uma, dentre as incontáveis “coincidências” que nos afligem e que nos levam à triste constatação que, na verdade, estamos diante do próprio Leviatã.

26 junho 2006

LÁ VEM MUSIQUINHA ...
(O jingle "Lulalá")

Não adianta tentarem me calar
Interessante. Ele demorou 2 anos para falar com a imprensa e só abre a boca para dizer que não sabe de nada.


Nunca ninguém vai abafar a minha voz
O que é uma pena, porque essa é a voz do retrocesso e do estelionato político.

Quando o povo quer, ninguém domina
Típico discurso populista e demagógico. Quem disse que o povo quer continuar a ser governado por uma “quadrilha”? Quem é ele para saber o que o povo quer, se só se lembrou do povo agora e sempre permaneceu ao lado dos ricos, privilegiando-os?

O mundo se ilumina, nós por ele e ele por nós
O mundo se ilumina, nós por ele e ele por nós

Nunca vi nada mais ridículo. O que quer dizer essa bobagem? Só vi um lado, o povo pagando os impostos mais altos do mundo, para ter nada em troca. Ô povo bobo! Do jeitinho que ele gosta.

O Brasil quer seguir em frente
Quer mesmo, pena que o governo petista atrapalha.

Com o primeiro homem do povo presidente
Homem do povo de mentira, só até a festa da posse, porque depois revelou sua verdadeira face e mostrou que, na realidade, sempre foi, e ainda é, homem de José Dirceu, Henrique Meirelles, Marcos Valério, “nosso Delúbio”, Silvinho, Okamoto, Ideli, Ângela, e muitos, muitos outros.

Ele sabe governar com o coração
Sim, porém seu coração é duro como o de todo esquerdista e só visa a implantação da ditadura marxista (ao estilo de Castro) usando os miseráveis que nele acreditam para se manter no poder.

E governa pra todos com justiça e união
É verdade, desde que esse “todos” pertença à companheirada mensaleira ou à elite banqueira.

É o primeiro presidente que tem a alma do povo
Pode ter nascido com ela, mas esta alma morreu há muito tempo. A alma do povo é honesta, trabalhadora e leal. Não se confunde com a dele.

Que tem a cara da gente
Ah! Mas não tem mesmo. A cara da gente é limpa, de carne e osso. A dele é de pau.

São milhões de Lulas povoando este Brasil
Deus nos livre! Se um só provocou esse desastre moral e administrativo, milhões dele representariam o inferno dantesco.

Homens e mulheres noite e dia a lutar
Sim, somos milhões a lutar. Pena que este governo roubou o fruto da nossa luta e do nosso trabalho em proveito próprio.

Por um país justo e independente
E as ações dele vão de encontro a esse desejo, porque o quer é um país de miseráveis, dependentes das esmolas governamentais.

Onde o presidente é povo
Não é, nunca foi. Sempre fingiu ser, mas não engana ninguém.

E o povo é presidente
Se fosse, ele não estaria mais onde está.

Por um país justo e independente
Onde o presidente é povo
E o povo é presidente
Mentiras, como sempre, mentiras.

Nós estamos aqui de novo...
Que pena! Vá embora logo, livre o país desta mistificação.

[Coro]: Cantando!
Eu diria que o coro dos brasileiros honestos chora

Um sonho novo...
Um pesadelo que já dura quatro anos

[Coro]: Pra sonhar!
Apenas os companheiros vermelhos sonham, enquanto país vive um pesadelo de mentiras e corrupção.

Nós estamos aqui de novo...
Ai meu Deus, o país não merece, nem quer esse retorno.

[Coro]: Lutando!
E roubando...

A esperança não se cansa...
A esperança que tivemos e que se cansou sim

[Coro]: De gritar:
De pedir

[Coro]: É Lula de novo, com a força do povo!
Lula, por favor, volte para o seu ninho, vá viver com a força das cobras, das hienas, das dançarinas e dos amigos pagantes. Deixe o nosso país voltar à realidade.

Por: SARAMAR

21 junho 2006

RESISTIR É PRECISO

A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE
Por: ARNALDO JABOR





O que foi que nos aconteceu?
No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, "explicáveis" demais. Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola.

A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira.
Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada, broxa.

Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes , as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz.
Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata.

Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão na bunda. A verdade se encolhe, humilhada, num canto.

E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de "povo", consegue
transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações "falsas", sua condição de cúmplice e comandante em "vítima". E a população ignorante engole tudo.

Como é possível isso?
Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF. Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização. Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo. Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito...

Está havendo uma desmoralização do pensamento.
Deprimo-me: "Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?".
A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo . A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais aos fatos!
Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações.

No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística,
grotesca mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do
país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.

Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI
dos Correios e o parecer do procurador-geral da República. São verdade cristalinas, com sol a pino. E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de "gafe". Lulo-petistas clamam: "Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode
ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT? Como ousaram ser honestos?".

Sempre que a verdade eclode, reagem. Quando um juiz condena rápido, é chamado de "exibicionista". Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de "finesse" do governo de FHC, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando...

Mas agora é diferente. As palavras estão sendo esvaziadas de sentido.
Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para coonestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma novi-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se
consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o populismo e o simplismo. Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em "a favor" do povo e "contra", recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual.

Teremos o "sim" e o "não", teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição mundo x Brasil, nacional x internacional.

A esquematização dos conceitos, o empobrecimento da linguagem visa à formação de um novo ethos político no país, que favoreça o voluntarismo e legitime o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois.

Assim como vivemos (por sorte...) há três anos sem governo algum, apenas voando ao vento da bonança financeira mundial, só espero que a consolidação da economia brasileira resista ao cerco político-ideológico de dogmas boçais e impeça a desconstrução antidemocrática. As coisas são mais democráticas que os homens.

Alguns otimistas dizem: "Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de verdades!".
Não creio. Vamos ficar viciados na mentira corrente, vamos falar por antônimos. Ficaremos mais cínicos, mais egoístas, mais burros.

O Lula reeleito será a prova de que os delitos compensaram. A mentira
será verdade, e a novi-língua estará consagrada.

Comentário do blog:
Um excelente texto do Jabor, contudo para reflexão e, a partir dele: reação.
Esta é a minha determinação!

17 junho 2006

AUSÊNCIA TEMPORÁRIA


Aos meus prezados amigos e leitores.

Considerando determinados problemas burocráticos que estarão, doravante, absorvendo meu tempo e dedicação, solicito devida vênia e compreensão para minha ausência, a qual rogo que seja temporária.


Apresento minhas escusas e agradeço antecipadamente a compreensão de todos.

12 junho 2006

A ESCALADA DO “NOVO” TOTALITARISMO



O tema da DOMINAÇÃO é um segmento do campo da ordem humana; pensadores gregos do século V a.C. já pesquisavam o fenômeno, questionando sua origem natural.

Até então, desde os primórdios da convivência em sociedade, a ordem advinha dos Deuses, cabendo aos sacerdotes e pitonisas interpretarem as leis divinas – os oráculos - e transmiti-las ao povo.

Sólon e Clístenes propõem uma nova forma de organização da cidade – Atenas – baseada na isonomia dos cidadãos, ou seja, cada um representando um voto e a Ágora como a assembléia de todos os cidadãos, o lugar onde a ordem era anunciada após serem os fatos sociais analisados pelos eleitos; dessa forma evoluiu a cidade na construção da ordem social, deixando de ser um fenômeno da natureza, que advinha dos Deuses através dos sacerdotes e pitonisas, passando a ser estabelecida pelos próprios homens.

Daí que durante toda a evolução da sociedade a dominação do homem pelo homem sempre foi o eixo de guerras e conquistas, escravidão e barbárie, e até o maniqueísmo entre o workfare state e o welfare state se insere nesse contexto.

O século XX têm registrados inúmeros casos de dominação em todo mundo, por conta de regimes totalitários das mais variadas correntes políticas e ideológicas, assim como no Brasil do Estado Novo e do Regime Militar, apenas para exemplificar com os mais recentes. A História é uma grande aliada, quando se pretende entender determinados fenômenos sociais.
Hodiernamente temos muitas evidências de que estamos à beira de mais um regime totalitário, o que já se tornou algo endêmico em nossa sociedade, assim citaremos algumas.

A primeira evidência é a morte da pessoa jurídica do homem, e ela se consumou na pretensão dos promotores do referendo de outubro de 2005, que nulificava o direito inalienável da pessoa humana à legítima defesa da sua própria vida.

Nenhum Estado vivenciando os níveis de insegurança pública vigentes no Brasil tem o direito de privar a sua cidadania não-criminosa da possibilidade de aquisição e uso de arma de defesa pessoal, a menos que forneça a cada cidadão um guarda-costas armado. Mais evidente, ainda, é a natureza genocida desta proibição, porque atinge seletivamente um grupo de nacionais, eis que ressalva discriminatoriamente o direito de defesa, negado à população em geral, aos grupos mais privilegiados, entre os quais os altos funcionários do Estado e as classes economicamente abastadas, às quais se reserva o direito de contratar e utilizar-se de segurança privada armada. Este factóide não foi aceito pela população.

A segunda evidência é a morte da pessoa moral da cidadania, a qual não se dá, apenas, pela sujeição formal do indivíduo honesto e cumpridor da lei à mercê do Estado opressor; mas, principalmente, pela condenação moral de toda e qualquer reação possível de sua parte, até o ponto de se atribuir a esta a responsabilidade pela violência intrínseca e o eventual desfecho fatal de sua insubordinação, como se viu nos ataques do PCC no estado de São Paulo.

É trágica, a pretensão dessa condição à nova sociedade subjugada. Emula a figura de cidadãos desprovidos de iniciativa e capacidade de reação, diante de algo que lhes parece tão poderoso e onipresente que o inviabiliza individualmente; mas que ao fim, talvez, implore o “tiro de misericórdia”, capaz de lhe resolver a dor, a qual, neste caso, será tão somente um reflexo da consciência recalcitrante.

Não obstante, ainda isso não é suficiente: o último estágio da dominação só será atingido quando, até mesmo esse derradeiro gesto de humanidade, possa ser exorcizado. A terceira evidência do totalitarismo, como então se deixará conhecer, é a morte da individualidade do ser humano. É a anulação de todas as suas diferenças, pela emulação do espírito de massa, amorfa, ressentida e truculenta, pronta para ser utilizada como pára-choque da história ou bucha de canhão. Isso que, só se torna possível pela aniquilação do seu espírito crítico, da sua capacidade de ver e de reagir contra essa sujeição radical, até o ponto de, afinal, vir a desejá-la.

Foi como agiu Hitler perante a criação das Maternidades Lebensborn e da Juventude Hitlerista.




“O primeiro passo essencial no caminho do domínio total é matar a pessoa jurídica do homem. (...) Por um lado, isso foi conseguido quando certas categorias de pessoas foram excluídas da proteção da lei...O próximo passo decisivo do preparo de cadáveres vivos é matar a pessoa moral do homem. (...) O mais terrível triunfo do terror totalitário foi evitar que a pessoa moral pudesse refugiar-se no individualismo, e tornar as decisões da consciência questionáveis e equívocas. (...) Pela criação de condições em que a consciência deixa de ser adequada e fazer o bem se torna inteiramente impossível, a cumplicidade conscientemente organizada de todos os homens nos crimes dos regimes totalitários é estendida às vítimas e, assim, torna-se realmente total. (...) Depois da morte da pessoa moral e da aniquilação da pessoa jurídica, a destruição da individualidade é quase sempre bem-sucedida. É possível que se descubram leis da psicologia de massa que expliquem por que milhões de seres humanos se deixaram levar, sem resistência, às câmaras de gás, embora essas leis nada venham a explicar senão a destruição da individualidade. Mais importante é o fato de que os que eram condenados individualmente quase nunca tentaram levar consigo um dos seus carrascos...” [1]


É o que move a máquina da propaganda oficial num Estado impregnado pelo espírito totalitário.

É quando, ao invés da austeridade da publicidade oficial, necessária à transparência dos atos de autoridade, se promove a opacidade do poder e se pauta a agenda pública na produção de factóides.
Na sua esteira, se sonegam informações relevantes e se manipula cinicamente as estatísticas convenientes à sustentação do poder pela sua própria necessidade de auto-afirmação.

Tendo assim empacotado a coerência sinistra das suas certezas, o totalitarismo exige ainda, da cidadania, a sua conivência incondicional pela blindagem massiva, quase sempre plebiscitária, do sentido que pretende imprimir à história o cunho legítimo de suas sinistras ações.

Já assistimos esta etapa recentemente na Venezuela.

A lição dos fatos, que nos legou o Século XX, ensina que, uma vez posta em funcionamento, a engrenagem do poder totalitário não se desmonta, senão num mar de sangue, suor e lágrimas.
Por maior que seja a defasagem entre o seu discurso e a realidade, a sua lógica tende a reforçar-se; por maior que seja a consciência dos seus próprios crimes, os totalitários e a sociedade, que lhes é submetida, tendem a justificar-se por suas próprias intenções; por mais cínicos que sejam os seus argumentos, e por mais factóide que seja a sua governança, é sempre catastrófica a expectativa da sua decomposição natural ou da sua combustão espontânea.
Elas não ocorrem antes de se haver esgotado, em genocídio, o combustível do seu desvairo.

O Brasil defronta, presentemente, sinais inequívocos da escalada política de um projeto de poder totalitário.

A traição da democracia, no esquema de corrupção que se instalou no Parlamento e na cumplicidade de um Judiciário leniente, representa um estágio avançado da política conduzida pelo séqüito do poder que se instalou no Governo Federal:


“a destruição revolucionária da ordem político-institucional burguesa, pressionando-a por dentro e de cima, pela via da representação parlamentar e da ocupação de governos estaduais e municipais, e ao mesmo tempo por fora e de baixo, por obra da hegemonia que detêm, através da militância, sobre a participação política popular.” [2]


[1],[2]- ARENDT, Hannah: Origens do Totalitarismo. São Paulo, Companhia das Letras, 3ª ed., 1998.

09 junho 2006

ESTAMOS PREPARADOS ?



O maquiavelismo do Partido dos Trabalhadores, submetendo a ética dos homens comuns à estética do seu projeto de poder, é um vetor da síndrome patológico-criminológica, através da qual o governo Lula promoveu a demolição do Estado Democrático de Direito em nosso país.

A bem da verdade, cunhou a trajetória política do PT, desde a instrumentalização partidária do movimento sindical, até a emulação da violência como princípio válido de ascensão social, à margem da lei e da Constituição – a mesma que os seus representantes nunca assinaram.

Demarca agora uma nova etapa da sua escalada, que é a consolidação do partido hegemonista no poder de Estado:

(a) imediatamente, pela corrupção e o descrédito das instituições democráticas; mas

(b) essencialmente, pela derrocada da força moral da cidadania, onde reside a sua capacidade de resistência civil.

A corrupção do "valerioduto" não é, pois, mais do que uma versão white collar do crime organizado, sobre cujo sucesso e impunidade o Partido dos Trabalhadores construiu a sua força política no campo e na cidade.

Se antes, o PT fazia questão de se destacar dos demais, como um partido impoluto - e suas lideranças reivindicavam a “inatacabilidade” da sua biografia política, como aval da sua investidura ao poder de Estado - tratam hoje de descartar-se dessa promessa incômoda. A palavra de ordem, agora, é a eliminação das diferenças.
Tudo, aliás, muito transparente – para mais uma vez contradizer o escriba da ‘caixa preta’ - tanto nas falas do Presidente Luiz Inácio, como na proteção e nos afagos que distribui aos seus seguidores e ao seu partido, mesmo quando surpreendidos no ilícito.
Resumindo, até se poderia parafraseá-lo, no latim que desconhece e repete fora de contexto: – Somos todos humanos... e, como já dizia Terêncio há dois mil anos: “nihil humanum me alienum est”.

Assim, pois, não conhecem limites e nada do que é humano lhes é estranho, ou os assombra, ou os contém. Dois testemunhos recentes traduzem o sentido dessa constatação trágica, no estágio atual da escalada totalitária no Brasil.

1º:
“A desfaçatez, o uso sistemático da mentira, o empenho em desqualificar qualquer denúncia, nada disso constitui novidade no comportamento do governo Lula. Chegou-se nos últimos dias, entretanto, a níveis inéditos de degradação ética, de violência institucional e de afronta às normas da convivência democrática. (...) Seria o caso de qualificá-la como um crime de Estado, não fosse, talvez, excessiva indulgência chamar de "Estado" o esquema de intimidação oficial que assume o proscênio no momento.” (EDITORIAL DA FOLHA DE SÃO PAULO: 26/03/2006)

2º:
"Odeio Lula porque faz uma glamourização da ignorância, contra o que tenho lutado a vida toda. Num país carente de conhecimento, ele não pode ter esse procedimento. É um imbecil, um idiota, um ignorante.(...) Sabe-se agora que quem tinha razão era a Regina Duarte [quando foi à TV em 2002 dizer que tinha "medo" de Lula]. A Paloma falou besteira, né?” (LIMA DUARTE: declarações à Folha de São Paulo de 26/03/2006, referindo-se ao depoimento de sua neta, Paloma Duarte, que criticou na TV o "medo" da colega).

São essas vozes e outras tantas – Cristiane Torloni, Jô Soares, Caetano Veloso, Carlos Verezza, Daniela Mercury, Raimundo Fágner – e seu impacto político no desmantelamento do governo Lula, que nos leva a uma reflexão: será que foi estabelecida uma premissa teórica de uma nova segmentação da sociedade brasileira, pela qual se decreta a existência de um fosso intransponível, entre a cidadania ética e a sua representação política?

Será que o cidadão comum, o verdadeiramente ético, jamais poderá exercer um cargo político se não fizer um “pacto com o diabo”?

Ressurge das cinzas segregacionistas do partido impoluto, e da sua contradição pela indiscriminação do partido corrupto, tal como uma "Fênix do Mensalão", a síntese do “novo moralismo petista”.

Contraditório em si mesmo, pela tentativa de legitimação dos factóides que o antecederam, mas ainda mais virulento nos seus efeitos deletérios. Dá forma e conteúdo ao ressentimento popular contra a política e os políticos, mas num estágio mais avançado da escalada totalitária.

Apropria-se indebitamente, para a sua sustentação teórica, do pensamento libertário dos pais da democracia constitucional. Mas seu disfarce é pouco convincente. Não esconde à decifração da análise, o genoma do seu hibridismo grotesco.

Parafraseando P. J. Proudhon, os novos petistas estão prontos a dizer que ‘a representação política é um roubo’. E logo se aprestam a conciliar essa vertente do pensamento socialista, no institucionalismo do seu impiedoso crítico, Karl Marx.

Menoscabam, sobre o seu desassossego, que ‘a democracia que temos é a origem e a razão de todas as corrupções’.

Mas, como todo híbrido, essa combinação potencializa aspectos, na composição das suas cepas de origem. Neste caso, é a expressão contemporânea, do que há de pior na passagem do socialismo romântico ao realismo comunista: a nulificação das virtudes cívicas como condição essencial da política, ou, a defesa da corrupção sistêmica como meio para obtenção da perpetuação no poder – seu fim.

O recente episódio da depredação das dependências da Câmara dos Deputados pelo “braço armado” do PT – o MLST (tratado por Lula como: “meu exército”); é a prova inequívoca daquilo que temíamos e deveremos esperar e enfrentar doravante – a guerrilha urbana.

Daí a pergunta: estamos preparados ?

08 junho 2006

O ESCÁRNIO

Por: MIGUEL REALE JÚNIOR

Em um ASSOMO de arrogância o presidente Lula, falando aos moradores de palafitas em Manaus, pediu aos seus adversários que aprendam a perder, a ser derrotados.
Pediu, ainda, para aprenderem que a sabedoria do ser humano não está na quantidade de anos na escola, mas "na capacidade do sentimento, de sua consciência e de seu coração".

Pediu mais:

"Quero que coloquem CPI na televisão todo dia, que coloquem as torturas que eles fizeram com muita gente lá. Quero que o povo veja".


Lula, como Collor, pisoteou sobre o que nos resta de sentimento de dignidade, ferido pela lamentável prática do mensalão.


O presidente conseguiu, contrariamente ao que diz, não traduzir o sentimento que perpassa pela maioria dos brasileiros, induzido em erro, como está, pela vantagem na intenção de votos revelada pelos institutos de pesquisa. Há uma indignação em estado de repouso diante da deslavada corrupção de seu governo, que pode aflorar a qualquer instante. Lula, como Collor, desafiou o senso de honestidade do povo, dos humildes aos ricos, e pisoteou sobre o que nos resta de sentimento de dignidade, ferido pela lamentável prática do mensalão, que comprometeu por inteiro o jogo democrático.

Com arrogância própria da segurança filha da certeza da impunidade, o presidente desafiou:

"Coloquem CPI na televisão todo dia, que coloquem as torturas que eles fizeram com muita gente lá".

Os seus íntimos companheiros de governo, uma vez apontados por ele como traidores, mas elogiados ao saírem dos cargos mais elevados da República, e depois réus em ações criminais, agora se transmudam em vítimas de "tortura".

Pela CPI dos Correios, desfilaram os fatos mais chocantes de uma corrupção que se transformou em forma do exercício do poder, visando a perpetuá-lo pela via da compra de consciências. A farsa presidencial foi contínua: ora afirmou que pretendia que se investigassem os fatos, ora, com a liberação de verbas para emendas parlamentares, buscou diretamente retirar assinaturas de deputados para, impedir a continuidade da CPI dos Correios. Desafia agora a que se mostrem as
cenas da CPI, na repetida tática da desqualificação de todas as circunstâncias desabonadoras, tentando empulhar as pessoas ao transformar uma investigação séria, base da denúncia do Ministério Público, em prática de tortura.

Vale-se o presidente da artimanha de vitimizar os companheiros, corruptores e corruptos, seus ministros próximos e altos dirigentes do seu partido, que fizeram da democracia a arte de governar por meio da corrupção do Congresso.
Só um conivente e beneficiário do sujo sistema implantado poderia agora, montado nas pesquisas de opinião, querer enganar a Nação, ao travestir os réus em vítimas de "tortura", com a ousadia própria dos impunes. Esquece-se o presidente que a impunidade será possivelmente breve.

A população pode ser recordada, por exemplo, do testemunho da secretária Fernanda Karina Sommagio, que indicou ter havido inexplicáveis saques de valores elevados de agências do Banco Rural, transportados em carro forte para suítes de hotéis em Brasília, onde eram distribuídos para parlamentares ou seus assessores. Deve a população ser lembrada das revelações feitas na CPI acerca dos saques em agência de um banco em shopping de Brasília, freqüentada por assessores parlamentares às vésperas de votações de interesse do governo no Congresso.

Cumpre recordar que a CPI mostrou ter Marcos Valério acompanhado diretores do BMG, dias depois de empréstimo fictício feito pelo banco ao PT, em reunião com então chefe do Casa Civil, José Dirceu, tendo o BMG se tornado o agente financeiro do crédito consignado aos
aposentados.

Os 17 milhões de aposentados receberam carta pessoal do presidente Lula sugerindo que se servissem desse crédito consignado, apenas operado pelo BMG. Deve-se rememorar a quebra do sigilo do caseiro Francenildo, a mando do poderoso ministro da Fazenda, acobertada por outros membros do governo, ocupando o ministro durante esses dias, no Palácio do Planalto, a sala vizinha à do presidente da Nação.

Cumpre trazer à tona a cena dos governistas, inclusive o presidente, que para a imprensa apenas sorriam e diziam "esperem", logo após as revelações do caseiro, certos de que uma "novidade" comprometeria a grave acusação de Francenildo. Essas lembranças mostram que a impunidade, existente na Câmara ao absolver os deputados mensaleiros, pode, ao final, não ser festejada como foi no discurso de Manaus.

A irresponsável dança das palavras presidenciais foi mais aviltante que a dança lúgubre da deputada Ângela Guadagnin: atingiu a inteligência e a hombridade dos brasileiros.




N.R. Apenas para não nos esquecermos, haja vista sermos constantemente, enquanto eleitores, qualificados como "memória curta" .

05 junho 2006

"MUY AMIGO..."

Segunda, 5 de junho de 2006, 16h07 Atualizada às 17h17
Venezuela promove treinamento contra invasão


Soldados venezuelanos fizeram nesta segunda-feira uma simulação de invasão estrangeira em La Guaira. O presidente Hugo Chávez assegurou na semana passada, durante sua visita a Quito, no Equador, que o país está se preparando para uma "guerra de resistência" ante à possibilidade de um ataque dos Estados Unidos.
A Venezuela recebeu no sábado um carregamento de 30 mil fuzis russos, semanas depois de Washington ter proibido a venda de armas norte-americanas para Caracas, devido a preocupações com os laços do presidente Hugo Chávez com Cuba e Irã. O país afirma que os rifles AK103 Kalashnikov - os primeiros de um lote de 100 mil - e os 25 milhões de balas são parte dos esforços para modernizar seu Exército, mas o governo norte-americano opõe-se à compra de armas, pois acredita que isso pode desestabilizar a região.

[...]


Em discurso improvisado(pra “variar”) durante abertura de encontro de cúpula em Ciudad Guayana, na amazônia venezuelana, Lula disse que o Brasil não aceitará "difamações" e "insinuações" contra o presidente da Venezuela.
Lula disse a Chávez, diante do presidente Álvaro Uribe (Colômbia) e do premiê José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha), que a Venezuela tem o "direito" de ser um país "soberano".

"Quero dizer ao Chávez que não tenho nenhuma dúvida em afirmar [...] que não aceitamos difamação contra companheiros, não aceitamos insinuações contra companheiros. A Venezuela tem o direito de ser um país soberano, de tomar as suas decisões."

(Redação TERRA)




É este maluco o "grande líder democrata" idolatrado por Lula?
Se for, a lembrança retrocede àquele personagem humorístico interpretado por Jô Soares, cuja fala era, invariavelmente, concluída com a expressão:

“Muy amigo....”

04 junho 2006

LIDERANÇA OU DOMINAÇÃO -
FENÔMENOS SOCIAIS CÍCLICOS

O fato social, hodiernamente no país representado pelo embuste e pela enganação, é tão antigo quanto o surgimento do Homem na face da Terra.

No livro de Gênesis, 4.8, [...] “Caim disse então a Abel, seu irmão: - ‘Vamos ao campo’. Logo que chegaram ao campo, Caim atirou-se sobre seu irmão e matou-o.”

Na ausência do ordenamento jurídico, nos sistemas sociais tribais dos primórdios da civilização, relegava-se ao exílio, ao afastamento do meio social, aqueles que praticassem atos lesivos ao senso comum de ordem, desde o início da vida em sociedade o Homem quer afastar de si aqueles semelhantes considerados nocivos.

Esses renegados, condenados a perambular pelo mundo, sem identidade familiar, sem tribo, mas ainda seres sociais, não raro encontravam-se e se associavam. O Homem é gregário. Suas vicissitudes os aproximavam, ao mesmo tempo os embruteciam. Revolta, indignação e vingança são sentimentos que os unem e os organizam – constituem verdadeiros “exércitos de rejeitados sociais”.

Antigas lendas dão conta das invasões de aldeias pelas hordas constituídas pelos filhos renegados, que ao voltarem praticavam o parricídio, o rapto e o estupro e, na ausência do ordenamento jurídico, imperava a lei do mais forte, a dominação pela força física, pela brutalidade, a submissão dos mais fracos, a escravização, enfim, o império da barbárie.

Nesse contexto, segundo o historiador romano Tito Lívio, um grupo renegado de habitantes de Albalonga, seguidores de seus príncipes etruscos, veio a se estabelecer numa região da península itálica rodeada por sete colinas.
A esse grupo juntaram-se os latinos e, no ano de 753 a.C., já sob o império de Rômulo, são traçadas no chão as linhas sobre as quais seriam erguidas as fortificações que circundariam as colinas, onde se ergueria a cidade de Roma. Rômulo, que se intitulava o preferido dos deuses, matou seu irmão gêmeo Remo, pois este discordava de seus planos de dominação pela brutalidade. Sozinho, arquitetou um plano de expansão do seu império dentro do qual incluiu, e executou, o Rapto das Sabinas, mulheres dos sabinos, uma tribo vizinha, as quais foram levadas para Roma a fim de procriarem e assim expandir a jovem cidade.

A dominação , fenômeno que vertebra as ações sociais, confere a Roma e seus “cesares” um poder contra o qual pareceria impossível opor-se. Seguem-se séculos de conquistas, lutas, imposições. O povo de Roma acredita na legitimidade do poder do “César” e a sua cultura transcende seus limites territoriais.

A única maneira de haver uma mudança nessas relações sociais, conforme nos ensinaria Max Weber à frente, seria pelo surgimento de um ídolo, que pela liderança carismática viesse a corroer a dominação tradicional de Roma.
E ela veio.
O grande problema da liderança carismática, e nesse caso estamos nos referindo àquela exercida por Jesus, é que sendo toda fundada na pessoa, o que ocorrerá com o Estado quando o ídolo morrer?


Para Weber, num primeiro momento, ocorrerá uma crise naquele meio social, a seguir a sociedade tenderá para a rotinização, e a liderança legada poderá se tornar tradicional ou racional-legal, porém não mais retornará à modelagem anterior, de dominação carismática, haja vista a ausência do ídolo.

Dessa forma podemos entender a ascensão e queda do império romano.

Com o mesmo entendimento, num salto milenar na história do Homem, podemos enxergar que o líder carismático só se manterá no poder se contar com alguma legitimidade na população ou parte dela (através de um pleito, por exemplo), ou ainda, se contar com algum reconhecimento por parte de seus opositores, de políticos ou da imprensa; o que se assemelha a uma soturna cumplicidade .

Acontece que impostores não conseguem liderar nações, líderes não se sustentam com factóides, apenas se tornam ídolos com “pés de barro”; tampouco embusteiros e mentirosos, mesmo que a reboque de campanhas publicitárias miliardárias que negaceiem sua sorrelfa, dando-lhes belo invólucro, e consigam fazer com que obtenham um aparente e efêmero sucesso, mas, para logo a seguir, serem desmascarados pelas burundangas que proferem e pelas trapaças que realizam.

A situação que vivenciamos, de 2003 para cá, lembra uma frase proferida por determinado “líder populista”: “o problema de você pregar uma mentira, é que depois você tem que contar outra e depois outra e no final acaba esquecendo daquela primeira e se atrapalha”.

Quanta “sabedoria”...

02 junho 2006

A INCOERÊNCIA DO "DISCURÇO"

Sexta, 2 de junho de 2006, 19h12 Atualizada às 19h51

Alckmin compara Lula a personagem humorístico




O pré-candidato do PSDB à Presidência Geraldo Alckmin divulgou uma nota de repúdio às declarações feitas nesta sexta-feira por Lula sobre o descaso com a educação em São Paulo. Segundo ele, o presidente "precisa parar com o seu estilo Rolando Lero habitual, principalmente no debate da educação, que é um assunto extremamente sério."


Rolando Lero era um personagem do programa humorístico A Escolhinha do Professor Raimundo, da TV Globo, interpretado pelo ator Rogério Cardoso. A marca do personagem era tentar "enrolar" o professor Raimundo (Chico Anísio), pois Rolando Lero nunca sabia responder aos questionamentos do professor.


Lula afirmou, em discurso a uma platéia de jovens recém-contratados pela Petrobras, que foi "premeditado" o abandono da ensino público no Estado. De acordo com Lula, todo o sistema público universitário gera em São Paulo entre 91 mil e 98 mil vagas, reunindo USP, Unicamp e as federais, e apenas o ProUni oferece 64 mil vagas no Estado.


Na nota do pré-candidato tucano, Alckmin rebate dizendo que o petista "nunca sabe e nunca vê o que acontece ao seu redor, precisa se informar sobre os dados da educação pública em São Paulo." "No Estado, 98,5% das crianças entre 7 e 14 estão na escola, 86,9% dos jovens entre 15 e 17 anos estão matriculados, aumentamos a carga horária de 5 para 6 horas no período diurno e de quatro para cinco no período noturno." , afirma a nota.


Redação Terra




É realmente engraçado: com que “autoridade” o Macunaíma Gump pode tratar de um assunto como EDUCAÇÃO ?

Qual exemplo ele teria à oferecer aos jovens estudantes do país?

Fala sério, né?

01 junho 2006

PEGA NA MENTIRA...


Quarta, 31 de maio de 2006.
Tarso nega que Lula tenha oferecido vice ao PMDB

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, negou nesta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha oferecido a vaga de vice ao PMDB na chapa presidencial do PT para as próximas eleições. A informação havia partido do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, que se reuniu com Lula pela manhã.

"Não houve oferecimento de vice, até porque não era uma reunião partidária. Isso é uma questão que os partidos têm que decidir", disse Tarso.

Em entrevista pouco depois da reunião com o presidente, Quércia disse que Lula, além de oferecer a vaga de vice, ainda afirmou que gostaria que o PMDB fosse aliado dos petistas em São Paulo. "O presidente nos comunicou a intenção de fazer uma aliança, onde a vice-presidência seria do PMDB", afirmou Quércia.

Tarso esclareceu que o encontro teve como objetivo uma aproximação com o ex-governador e que, na reunião, Lula apenas comentou que o PMDB teria toda a força política para indicar o vice caso optasse pela coligação.

Redação Terra

Quarta, 31 de maio de 2006
Lula propõe formalmente a Quércia aliança com PMDB

Maria Clara Cabral
Direto de Brasília

Em encontro com o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia o presidente Luiz Inacio Lula da Silva propôs hoje, formalmente, uma coligação nacional entre o PT e o PMDB.

Lula propôs a Quércia que sua legenda indique o candidato à vice na chapa. Lula disse ainda que gostaria que o PMDB fosse aliado dos petistas em São Paulo. (leia...)




Quem é o mentiroso?

Uma “prenda” para aquele que acertar!